Cap 2. Sobreviver?

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Emy acorda em uma cama de solteiro, dentro de um quarto pequeno. O quarto no formato de um cubo tem paredes de concreto de qualidade, a cama, um pequeno armário com poucas roupas do lado direito dela, e próximo à porta um criado mudo com uma gaveta. Sem janelas. Agora que a adrenalina passou, ela sente todas as dores dos ferimentos, e está com curativos em cada um deles. É como se ela estivesse recebendo os mesmos danos novamente, a dor realmente é algo que incomoda. Ela se levanta e abre a porta, vendo logo a porta do banheiro, que assim como o quarto fica no fim do corredor, à direita a pequena cozinha e sala da casa. Na sala um sofá vermelho e velho, na frente dele uma pequena tv dos anos 90 no chão, com algumas fitas e o toca fitas do lado. Ela anda um pouco mais, colocando a mão no encosto do sofá, a parte dele. Atrás da tv tem uma tomada a qual a tv está ligada, e a parede com um pouco mais de 3 metros de largura. À esquerda da tv fica a porta de madeira. Na reta da porta fica a última parte dessa casa pequena. Um simples fogão, pouco mais de meio metro à direita um tanque com sabão para lavar roupas, onde tem um saco preto com algumas sujas. na frente do foão, na outra parede, um armário de madeira com duas portas, provavelmente onde ficam as comidas e mantimentos. Grudado na mesma parede do banheiro, fica uma pequena pia, onde tem 1 tijela, 1 prato, poucos talheres, 3 copos e 1 panela média.

Emy - Não parece o lugar onde viveria muita gente.

Ela ouve o som de algo se aproximando da porta. Ela anda para trás com algumas dores, se aproximando da porta do banheiro. Pouco depois a porta, rangendo, é aberta. Ricks volta, com os dois machados nas costas. Com isso ela se acalma, deixando para lá os pensamentos nebulosos. E anda para frente, para se aproximar do Ricks.

Ricks - Já acordou, é? Mas senta no sofá aí. Ele fecha a porta e anda até o armário, ficando perto da Emy que está encostada no sofá. - Faz quase uma semana que cê não fica em pé. Eu troquei seus curativos hoje, acho que dá pra tirar depois, não vai precisar repor mais uma vez. Provavelmente você tá com dor, mas já vai passar. Ricks abre o armário de duas portas, ele está surpreendentemente muito cheio de comida e bebida. E há duas separações, em cima, mantimentos não perecíveis, abaixo, um frigobar. - A região norte tinha bastante coisa.

Emy se senta no sofá, onde cabem duas pessoas.

Emy - Uma semana... Ela observa Ricks mexendo em alguma coisa no armário. Além disso, não é fácil nem para ela perder um amigo de um segundo para o outro. - Era isso que cê tava fazendo então? Pegando coisas pra sobreviver?

Ricks - É. Por aí. Ele pega uma lata de comida com uma mão. — Gosta de comida enlatada? Eu dei uns soros pra você não morrer de anemia, mas comida funciona bem melhor.

Emy - Sim. Gosto, claro.

Ricks pega dois alimentos enlatados, e suas duas colheres. Com a parte da base da colher ele abre ambas as latas. Depois entrega uma para ela, se sentando ao seu lado.

Ricks - Você é jovem né? Tem o que, dezessete?

Emy - dezesseis na verdade.

Ricks - Entendi. E o que aconteceu com você? Ele dá algumas colherada e mastiga rápido, comendo com pressa. — Esses machucados.

Emy - Aquele monstro que você matou. Ele tava atrás de mim.

Ricks - Então, se machucou fugindo dele. Mas por que deu brecha? As pessoas normais não andam por aí de guarda baixa, na verdade, nem andam por aí.

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