2° AMOR

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Eu tomei todos os remédios para dores de cabeça que eu tinha em casa,
A dor não passava,
Desisti.
Peguei um copo de água,
E comecei a escrever sobre tudo que me incomodava.
Me incomodo com a falta de amor,
Com a falta de amor por mim mesma.

Lembrei de quando uma menina pediu socorro,
Nesse dia todo mundo ficou surdo,
Ninguém ouviu,
Só viram dois dias depois,
Os cortes, as dores, a perca.

Primo, eu vi você na pracinha hoje,
Você me abraçou,
Enquanto nós acreditávamos nunca mais nos ver.
Você me viu,
Eu me senti mal
Não sei porquê,
Talvez fosse...
A confusão, a falta, a perca.

Era tudo pesado,
O vestido de cetim parecia de pedra.
Tudo que eu queria,
Era tudo que eu não podia.
E isso pode ser horrível de ouvir,
É pior ainda de sentir.

Eu também não quero ficar reclamando,
Também não quero chorar,
"Fortes são os que choram" dizem eles.
Me autodenomino fraca.
Assumo ser fraca,
Mas eu deixo de chorar,
Pra não machucar quem eu amo.

Primo, era um domingo de tarde,
Eu desabei,
Prometi que não ia chorar,
Quebrei a promessa,
Chorei na segunda, logo no dia seguinte,
E também na terça, quarta, quinta, sexta e sábado,
Todos os dias do mês.

No final,
Uma pessoa confusa me fez tão confusa,
Que sentir algo por alguém pareceu uma confusão.

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