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Alice Alencar — RJ

Sinto a claridade bater em meu rosto, fazendo com que eu me despertasse. Levo uma de minhas mãos ate meu rosto, mas para o movimento. Tinha uma mão em minha cintura. E eu tinha beijado o dono dessa mão.

Puta merda.

Eu não lembro quando eu peguei no sono e muito mesmo como eu fui parar na mesma cama que o Gabriel Barbosa. Tento me mexer minha cabeça, desencostando do travesseiro, para ver se eu enxergava meu celular em algum lugar desse cômodo e como esperado, nenhum sinal dele. Deito novamente no travesseiro e sinto o braço que esta em minha cintura me apertar mais e uma respiração quente bater no meu pescoço. Me arrepio inteira.

— Bom dia, linda — sussurra no meu pescoço e deixa um beijo molhado no local. Porra. Ele me puxa para mais perto ainda, mas dessa vez ficando com quase todo o corpo encima de mim — Dormiu bem?— se aproxima do meu rosto e da um beijo na minha bochecha.

— Bom dia Gabriel — digo enquanto ele deixa um selinho na minha boca — Eu preciso ir — tento sair de seus braços, mas falho porque o cara tem o dobro da minha força.

— Mas já? — faz um biquinho. Eu dou risada.

— Eu trabalho e tenho uma filha para cuidar...

Gabriel desfaz o bico e me solta se jogando para o outro lado da cama, me levanto da cama e me pego analisando o seu quarto. Cheio de quadros com fotos dele no Flamengo, claro que o quarto do Gabigol não podia ser diferente. Vejo meu celular na cômoda e sigo em sua direção, vejo que não havia nenhuma chamada de Luisa, o que me deixou bastante impressionada. Já se passavam das oitos, então Luisa já deve ter levado minha filha para escola e ter ido trabalhar. Hoje, por algum milagre, tinham me escalado para o turno da tarde. 

Volto meu olhar para cama e observo Gabriel que ja se encontra capotado novamente. Fico impressionada a facilidade dele de dormir tão rápido assim.

Vou para o quarto que tinha deixado minhas roupas e me troco logo em seguida, desço as escadas em silencio, porque ouço algumas pessoas conversando na cozinha. Como eu iria passar por ali sem ser percebida? Eu não sei. Mas quando eu vejo, ja era tarde demais, um rapaz que aparenta ser mais velho que o Gabriel aparece em minha frente.

— Oi? — diz o homem confuso — Quem é voce?

— Alice — era a unica coisa que eu conseguia falar. Estava morrendo de vergonha.

— Ta falando com quem... — uma voz feminina ecoa no local — FABIO — repreende a mulher — A garota esta toda envergonhada. O que voce falou para ela, em rapaz?

— Eu so perguntei quem era ela — faz sinal de rendição com as mãos.

A mulher na minha frente, que eu chuto ser a cozinheira da casa por causa do avental e toca de cabelo, encaminha em minha direção e pega uma das minhas mãos, me levando para a cozinha.

— Senta filha, acabei de preparar um café — diz me levando ate o sofa, o mesmo em que eu e o Gabriel nos beijamos — Você gosta dele amargo ou com açúcar?

— Com um pouco de açúcar, por favor dona... — pauso a frase afim que ela completasse.

— Rose. Pode me chamar de dona Rose — ela sorri para mim e vai ate o balcão pegar uma xicara de café.

— Que cheiro delicioso dona Rose — a voz de Gabriel ecoa pelo local.

— Bom dia Gabriel — ela traz o cafe ate mim — Que educação em menino, deixar uma moça dessa sozinha aqui em casa, onde já se viu? — ela vai ate ele e da um puxão na sua orelha. Sorrio com a cena.

— Ai dona Rose, não precisa disso também — fala e caminha em minha direção. Gabriel fica parado em minha frente e abaixa seu tronco e apoia suas mãos em meus joelhos, fazendo com que seu rosto fique na mesma altura do meu — Saiu sem se despedir em? — diz manhoso.

— Você tinha voltado a dormindo — sussurro — Não queria te acordar. E também eu já estou indo, preciso passar em casa para me arrumar — coloco a xicara na mesinha ao lado do sofá.

— Eu te levo ate a porta — me da um selinho, o que me pega desprevenida — Não precisa ficar vermelha Alice — diz e volta com a postura reta e estica sua mãos para me guiar até a saida. Antes de abrir o porta da sua casa ele me para e coloca suas mãos em minha cintura, dando uma leve apertada — Quando chegar e casa manda mensagem, ok?

— Ok — balanço a cabeca.

Antes de eu sair, Gabriel sela nossas bocas em um selinho demorado e depois deposita alguns beijos em minha bochecha. Nunca na minha vida eu pensei que Gabriel Barbosa era extremamente carinho e eu fico com uma certa inveja, porque eu também queria ser assim. Acho que vou deixar a vida me levar e ver no que dar, se der ruim, deu. Mas que seria uma nova experiência para mim, com certeza seria. Sei que também tenho minha filha no meio de tudo isso, mas por enquanto vou deixar isso apenas entre eu e ele.

⚠️ META: 10 estrelas para o próximo capítulo.

MELHOR VERSÃO - GABIGOL (pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora