Gabriel Barbosa - RJ
Fico esperando no balcão Alice arrumar suas coisas e assim que organizado tudo, ela vem andando em minha direção. Penso em pegar em sua mão, mas percebo que ela ouviu meus pensamos e da uma recuada e sorri se lado para mim. As vezes acabo esqueço do minha fama e pensou que sou uma pessoa "normal", não que eu não fosse, mas tenho uma vida mais exposta que o normal.
— Desculpa... — sussurro só para ela ouvir. Acredito que ela não queria uma exposição tão grande e eu muito menos. Olhos para os lados e vejo que tem poucas pessoas no estabelecimento e quase não reparam na nossa presença. Apesar da rua ser de grande movimento, hoje ela estava vazia, só havia alguns carros estacionados na via. Abro a porta do carro e dou espaço para ela entrar. Dou meia volta e me acomodo no meu banco — Será que agora eu posso te beijar? — solto no automático, não que eu esteja mentindo.
Ouço uma risada saindo de sua garganta.
— Você é impossível mesmo, Gabriel.
— Isso quer dizer um sim? — arrisco. Ela não responde e se aproxima de mim, colando nossos lábios em um selinho demorado. Ela se afasta de mim e então dou partida, seguindo a rota que ela ia me passando até a escolinha de Mia.
No caminho fomos conversando sobre vários assuntos aleatório e por incrível que parece nossa conversa fluiu de uma maneira surreal. Alice era uma mulher cativante, tinha um sorriso lindo e um beijo delicioso. Eu me sentia atraído por ela, por mais clichê que isso possa soar, ela não era com as outras mulheres. Ela tinha um encanto único.
— Pronto, chegamos. É bem aqui — ela diz tirando o cinto de sua cintura.
— Vai lá, espero vocês duas aqui — pisco para Alice enquanto observo suas bochechas ficarem vermelhas e ela sair do carro.
Enquanto espero, pego meu celular e vejo mensagem do Fábio, meu primo e empresário, dizendo para eu entrar no instagram da Gossip. Pronto, la vem bomba. Só de ouvir esse nome já começo a me estressar, odiava aparecer nesses sites, porque a maioria das coisas que eles postavam eram mentiras.
Abro o instagram e porra, qual a necessidade? Se fosse só eu, menos mal, mas também envolvia a Alice, apesar deles não terem identificado ela. Vejo alguns comentários e torço para que ninguém tivesse achado o instagram dela e para minha felicidade, isso não tinha acontecido. Resolvo deixar isso de lado quando vejo duas loiras sorridentes se aproximando. Alice abre a porta de trás revelando a garotinha loira.
— GABIGOLLLL — ela grita assim que percebe que sou eu e se estica pelo meio do carro para me dar um abraço.
— Tudo bem pequena?
— Sim titio, eu tô muito feliz hoje — ela volta a se sentar no banco de carona — Hoje eu contei para meus coleguinhas que fui tomar sorvete com a mamãe e você. Aí eles perguntaram se eles podiam ir da próxima vez e eu disse que sim.
— Filha! — Alice repreende a filha — O que a mamãe te ensinou sobre fazer essas coisas? O Gabigol é ocupado, não tem tempo para sair com muitas crianças.
— Que nada Alice, eu consigo tirar um tempo para a mulecada. Mia fala para eles que podemos marcar um dia sim.
— EBAAA. Eles vão ficar muito felizes.
Observo de canto o olhar de negação da loira e pouso minha mão em sua coxa enquanto a outra está no volante, sinto seus pelos se arrepiarem e sorrio com isso.
Mia acabou dormindo no caminho e Alice ficou cantando baixinho as músicas que tocavam no carro. Por causa do trânsito do Rio de Janeiro acabamos chegando um pouco tarde em sua casa, o céu ja estava escurecendo.
— Obrigada por hoje, Mia fica toda feliz quando te vê, não para de falar de você um segundo se quer — Alice diz.
— Que nada linda. Sei que você também fica feliz — acaricio sua coxa — Vai no jogo de amanhã?
— Eu nem comprei ingresso, não cabe no meu orçamento — ela diz um pouco chateado e com raiva?
— Não tem problema loira, eu mando pra ti, camarote. Pode chamar tua amiga, aquela doida lá.
— Não precisa Gabriel...
— Eu faço questão, Alice.
— Tudo bem, então. Obrigada, de verdade.
— Depois do jogo quero te levar para jantar, ce' topa? — observo ela pensar um pouco.
— Se você estiver um chato depois do jogo, eu te dou um pé na bunda - dou risada com sua fala - Eu tô falando sério, você já disse que fica chato depois dos jogos.
— Anda me stalkeando, dona Alice? — deixo escapar um sorriso safado.
— Eu tenho uma mini fã sua, não confunda as coisas.
— Ata, vou acreditar.
Subo minha mão, que antes estava em sua coxa, para seu rosto, a puxando para um beijo, mas sou impedindo de continuar por conta uma vozinha sonolenta que se instala no ar.
— Mamãe, já chegamos?
Me afasto de Alice, que tem um semblante divertido no rosto. Ela abre a porta do carro e faço a mesma coisa em seguida, vou em sua direção e a ajudo a pegar Mia no colo, ainda sonolenta.
— Me dá ela aqui, eu subo com vocês.
— Não, preci...
— Nem começa Alice, eu vou levar ela sim. Assim você estraga meu papel de bom moço.
Alice revira os olhos e sorri logo em seguida. Pega suas coisas e fecha a porta do carro e seguimos em direção ao seu apartamento. Assim que chegamos, Alice abre a porta me dando passagem para levar minha até seu quarto, me fazendo lembrar da outra vez que fiz a mesma coisa. Deixo a pequena em sua cama e volto para onde Alice estava. Vou em sua direção e puxo sua cintura, fazendo seu corpo se chocar contra o meu.
A loira passa seus braços pelo meu pescoço e sem esperar mais nada, selo nossos lábios em um beijo, explorávamos cada centímetro de nossas bocas, não havia pressa em nenhuma das partes, queríamos ir de vagar e era isso que iríamos fazer. Acabo finalizando o beijo por falta de ar, mas ainda continuávamos abraçadas e eu poderia ficar ali para o resto da minha vida.
Oi pessoal, desculpa a demora. Estava em semana de provas e foi bem corrido para mim, mas estarei voltando! Obrigada pelas vizualizações 💗
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MELHOR VERSÃO - GABIGOL (pausa)
RomanceAlice Alencar é mãe solteira e trabalha como barista em uma cafeteria no centro do Rio de Janeiro. Faz de tudo ao seu alcance para deixar sua filha feliz, só não contava que o desejo de sua filha iria fazê-la encontrar o amor da sua vida.