Agatha uma menina com 17 anos, que teme a Deus sobre todas as coisas. Mas tem um problema, ela não acredita no amor por causa do casamento do pais dela. Mas como tudo que Deus faz é perfeito, ele vai fazer com que grandes provas de que Ele ainda jun...
A Júlia já tinha ido embora, e me ajudado arrumar a casa. Fiquei assistindo na TV até pegar no sono. É que assistir desenhos infantis me dão sono e nostalgia. Principalmente porque a minha mãe sempre me pegava do sofá, e me colocava na cama. A sensação era única.
Mas agora, eu precisava levantar e lavar o rosto e fazer janta. E o principal e mais importante, o look do culto. Não tô tão animada hoje, porque uma coisa deu errado.
Talvez eu tenha exagerado com o menino que derramou café com leite no meu trabalho. Mas poxa, eu tinha me empemhado. Sou muito perfeccionista, não sei o que fazer quando as cópias saem do meus planos e tenho que fazer as pressas outras coisas.
~ 18:59
Eu só estava um pouco atrasada. O culto começava as 19 horas. Mas a igreja só fica a 3 esquinas daqui. Não é muito longe. Minha tia passou o dia na igreja organizado o congresso das irmãs. E meu tio não vai conseguir chegar a tempo hoje. Infelizmente.
Look:
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Chegando na minha igreja uma boa parte estava cheia de gente. Só que eu não imaginava o quem eu ia encontrar.
Sim, o menino do café com leite.
- amiga. - Julia vem em minha direção.
- a paz do senhor. - digo pasma.
- o que foi? Aconteceu algo? - Julia aqueia as sobrancelhas.
- Não, que nada. - dou um sorriso nervoso.
- ah, você tá estranha. - Julia dá um tapa no meu braço. - vamos sentar?eu guardei um lugar pra você. - ela segura meu braço direito enquanto eu não expresso nenhuma reação.
Tô torcendo pra ele não saber que eu sou daqui.
É óbvio que ficamos trocando olhares durante o culto. Mas eu sempre desviava. Porque esse menino teve que vim justo nessa igreja sendo que tem várias pelo mundo?
Já pensou que horror ele deve tá pensando o quanto eu fui mal educada com ele hoje de manhã. Deve tá planejando contar pra todo mundo que eu sou uma péssima pessoa. Eu não acredito. Top coisas que só acontecem comigo.
- agora, vamos dá a oportunidade pro nosso grupo de louvor adorar ao senhor nesta noite. - diz o pastor.
Sinto que a igreja toda está julgando até minha alma. Se concentra Agatha.
- o grupo de louvor cumprimenta os irmãos com a paz do senhor Jesus amém? - cumprimento a igreja.
- amém. - a igreja responde em coro.
☆☆☆
~ 20:40
- antes de encerrar o culto meus irmãos, e despedir os santos com a bênção de Deus. Quero apresentar o nosso querido jovem Arthur que veio dos Estados Unidos. Este menino é uma benção, e agora vai congregar conosco. - diz o pastor.
Eu juro que senti a minha alma saindo do peito na hora. Mas aí Deus a pegou de volta. Isso só pode ser brincadeira.
- que os irmãos possam vir receber esse rapaz com carinho e cuidado. - O pastor bate palmas. - agora vou dar a bênção.
Eu juro que tudo aquilo parecia um sonho. Alguns dos meus pesadelos eu costumo encarar, mas esse. Esse não é qualquer pesadelo. É o fim.
Uma pausa pra meu drama.
- amiga? - diz Júlia acenando na frente do meus olhos. - terra chama Agatha...Agatha.
- oi? Desculpa, falou algo? - digo olhando pra ela.
- Não vai dar as boas vindas ao membro novo da nossa igreja? - ela me questiona.
- ah, deixa pra outro dia. Tá cheio de pessoas ao redor dele. - tento fugir.
- lógico que não. Todos os jovens já foram dar as boas vindas. Só a gente que não. Ele parece ser um cara legal. Não vai me dizer que sua síndrome de homem atacou denovo. - ela revira os olhos.
- sei la, eu só não quero ir agora. Vamos ter tempo pra isso. - pego a minha bíblia e saio.
Vou em direção a cantina comprar algo pra eu comer. Mas me deparo com o menino lá. Acho que Deus quer que eu peça perdão. Não é possível.
- a paz do senhor. - ele me cumprimenta com um sorriso como se nada tivesse acontecido hoje de manhã.
Ou ele perdoa fácil, ou ele é maluco em conversar comigo.
- paz...do... - travo sem saber porque.
- do senhor? - ele completa sorrindo.
- Isso. - dou um sorriso forçado.
- relaxa, não guardo rancor. - ele solta uma dessas no meio do nada.
- jura? Bom pra você. - sorrio de volta forçadamente.
- Não sabia que teria o privilégio de te encontrar na igreja em que meus pais escolheram pra congregar. - ele tenta puxar assunto.
- chama isso de privilégio? - reviro os olhos. - não sou sua amiga. - saio pra pegar água.
- obrigado pelas boas vindas A. - diz Arthur.
Pera, ele me chamou de "A"? Ele me deu um apelido? É isso? Eu não tô acreditando mesmo nisso.
Pegando o copo pro bebedor a Eloah entra na minha frente sem motivo aparente.
- tudo bem Eloah? - digo forçando um sorriso E querendo meter um tapa na cara dela, a garota é insuportável.
- Eu sim. Mas talvez você não vá estar daqui um tempo. - O jeito que ela fala me assusta. - Eu sei que você foi jogar seu charme pra cima do Arthur, mas vou logo avisando que é melhor você desistir. Não tem como competir comigo. - ela sorri e coloca o copo descartável na minha mão.
Essa garota tem problema, sério.
☆☆☆
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