Capítulo 13

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No alto da montanha eu avisto uma cidade enorme, mas pela altura que eu estava ela me parecia pequena. E às vezes eu gosto disso, me parece que estou dominando ela, foi nesse dia que eu percebi que fiquei apaixonada nessas sensações.

Sei disso porque enquanto a minha arma está apontada para esse filho da puta que está na minha frente, eu também gosto dessa visão e ele me parece pequeno, muito pequeno, eu gosto dessa carinha que eles fazem, é como "não me mate, eu tenho filhos pequenos que dependem de mim", mas na hora de se meter onde não se deve eles não pensam nisso.

Tem exatos 6 anos que eu venho observando o Thomaz Martins, tudo que eu descobri hoje foi para alguém maior, digamos que eu não trabalho sozinha nessa jogada, muito pelo contrário. Para ser mais exata, tem mais de vinte pessoas atrás do Martins, inclusive na própria empresa dele.

Tenho certeza que o Martins não é apenas conhecido por ser dono de uma das maiores boates do Brasil, mas sim também porque ele é chefe de uma das maiores máfias do mundo. Inclusive eu tenho certeza que ele não fala sobre isso para ninguém, a não ser para alguns funcionários da boate dele.

Mas eu sei, e isso basta! Inicialmente quando eu comecei a investigar ele, eu achei que seria mais uma investigação normal, mas tudo mudou quando eu me apaixonei por ele. Tudo aconteceu quando o pai dele morreu, e a mãe queria vender a boate, eu tinha uns 17 anos na época, então pedi para alguém de maior comprar e depois eu botava em meu nome. Mas o plano falhou quando a mãe dele disse que não poderia vender a boate mais, o motivo é que o garoto ainda era de menor, e a boate estava no nome dele, então só poderia ser vendido pelo próprio ao atingir maior idade.

Quando eu soube, fiquei vermelha de raiva, como pode? Essa família dificulta tudo, o meu pai mandou matar o pai dele justamente por isso, para que ele soltasse de vez aquela boate. Mas bom, deixa eu explicar a minha fissão por esse local.

Acontece que essa boate serve como um local para reuniões dos chefes da máfia, comigo, comprando ela, provável que eu seria a nova chefe ali, mas não. Não funciona como eu pensava. Funciona da seguinte maneira, eu teria que ter alguma linhagem da máfia, ter sangue nas minhas veias de alguém que participa de alguma família mafiosa.

[...]

Estou observando Martins entrar na sua "boate" junto com um menino, deve ser o Clark, estive estudando ele a algum tempo também, aliás, fui eu que botei liam no caminho de Thomaz. E como eu fiz isso? Não foi nada fácil, mas eu faço tudo pelo dinheiro, por poder, a gente precisa disso para viver, porque quem diz que não, é porque não sabe o que é viver mesmo.

Mas bom, como eu fiz isso? Não foi fácil, mas nada impossível, tem uma amiga do liam que é minha amiga, eu perguntei para ela o que o liam anda fazendo, e ela toda inocente respondeu que ele anda bem mal, porque estava sem um emprego, e não que ele fosse pobre, mas que não gosta de ficar parado. E eu sei também que aquela funcionária do Thomaz não duraria muito também, porque fui eu que coloquei ela lá, quando eu soube que Martins estava precisando de uma funcionária eu rapidamente contratei alguém para ir trabalhar para ele, assim eu poderia observar, sem ser observada.

Resumidamente foi isso, pedi pro secretário do Thomaz pegar o currículo do liam, porque o Bernado, sendo o nome do secretário do Thomaz, trabalha para Carla, minha chefe! Então não foi nada muito difícil, e hoje em dia eu até vejo que foi além do que eu esperava. Acontece que ninguém nunca soube um ponto fraco do Martins, então eu passei dias pensando em como atingi-lo diretamente, de um jeito que eu pudesse puxar o tapete dele, para que não desse tempo dele se equilibrar, e já cair no chão logo.

Fiz isso do meu jeito, e pelo visto está dando certo, até porque o liam é um menino muito doce, cheguei a conhecer ele, mas faz muito tempo, acho até que ele não se recorda disso. O ponto é que, com seu jeito meigo, é possível que ele destrua qualquer barreira do Martins, e aí sim! Será a minha vez de atacar novamente, enquanto isso, liam faz isso para mim.

[...]

Hoje, eu acordei com vontade de discórdia, e eu já sei até o que irei fazer, vou contratar alguém para seduzir o Martins, e irei fazer um telefonema anônimo para o Liam, me passando pela recepção, alegando que o Thomaz quer falar com algo superimportante, relacionado a trabalho. E quando ele chegar, espero que tenha a surpresa de ver a minha cobaia se agarrando com o seu chefinho. Me aguarde Thomaz, espere só até ver que a sua vida gira em torno do que eu quero que aconteça para você. O seu cargo, o liam, sua fama, seu poder, tudo isso porque eu quis, e eu vou tomar um por um.

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meu Chefe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora