Capítulo 10

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Dan encarou a porta, fazia algum tempo que Kyungmin estava ali, batendo

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Dan encarou a porta, fazia algum tempo que Kyungmin estava ali, batendo. Porém, a mente estava confusa sobre o que fazer. Aquele banheiro mal era um lugar seguro naquele instante, ainda estava em um apartamento repleto de câmeras. A partir do momento em que entrou no apartamento foi como condenar a si mesmo. Morava há três anos com alguém que se aproveitou da solidão, de toda a dor que sentiu. Ainda ali, no chão e com as mãos trêmulas. Não tinha a menor ideia do que fazer, tinha de ir embora, mas como? Era doentio, como se todo momento de felicidade e cumplicidade fosse agora sujo. "Como eu não percebi?" pensava. Todo o cuidado e carinho parecia falso agora. Sentia-se estúpido por ter entrado naquele carro no meio da chuva como se o mundo fosse bom e um estranho poderia se tornar um lar de conforto para si. Mas agora pensava em como, em todos aqueles anos, foi ingênuo. Todos os medicamentos, toda a maneira em que Kyungmin o rodeava com palavras dóceis. Por anos, Dan se culpava falando para si mesmo que deveria amá-lo, que era vergonhoso sequer pensar em Jaekyung quando Kyungmin era tão perfeito.

Acontecia que Kyungmin era mesmo o homem perfeito. E essa perfeição era boa demais para ser verdade.

Precisa ir embora, mas para onde? As contas eram conjuntas, ele saberia se gastasse mesmo para comprar uma garrafa de água. A ideia de que os remédios nunca ajudaram e só pioraram, e que jamais sairia da vigilância de Kyungmin era o crescimento de mais um medo. Olhou o frasco. Como sairia dali? Precisava de uma desculpa qualquer para isso, mas era tarde. Apareceu nas câmeras, descobriu sobre elas e logo Kyungmin estaria mais do que ciente disso. Em um ato impensado, Dan pegou o frasco e tentou guardar no mesmo lugar, fechando o armário de remédios. Tinha de ser inteligente se quisesse uma saída, mas as câmeras eram algo que não escaparia. O medo ainda fazia os dedos tremerem, encarou a porta, franzindo o cenho ao que escutou o barulho na fechadura. Claro que Kyungmin tinha alguma chave extra de todo cômodo do apartamento e assim que a porta abriu, foi impossível não se sentir acuado com a presença do namorado. Nunca teve tanto medo assim, nem mesmo com Jaekyung.

— Não tranque a porta, e se você tivesse passado mal? — Sorriu gentilmente, mesmo vendo o estado pálido. O olhar analisava o menor, quase como uma leitura fácil que fazia diariamente. — Você não parece nada bem, huh? É melhor se deitar, vou fazer o seu chá predileto. — Aproximou-se, mas Dan recuou quase automaticamente. Aquilo não passou despercebido por Kyungmin, que afundou as mãos aos bolsos da calça, inclinando-se como se analisasse melhor o rosto pálido de Kim Dan — É a ansiedade de novo? Vou cuidar de você, não se preocupe. As coisas estão ficando em seu devido lugar, hoje eu consegui transferir sua avó, então tudo ficará bem.

— Transferir? — Dan o olhou, sem saber como reagir — Mas por quê? Para onde?

— Concordamos em acabar com todo seu laço com seu antigo chefe, agora sua avó está em um lugar melhor. Será bem tratada, conheço os médicos de lá. — Não dissera um nome, poderia ser em Seoul, ou em qualquer outro lugar. — Venha, se não quer descansar, ao menos pode assistir um pouco de televisão enquanto faço o jantar.

The darkness between You and MeOnde histórias criam vida. Descubra agora