THE BABY - Rodrygo Goes

ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ǫᴜɪɴᴢᴇ

segunda, dia de jogo. o estádio estava lotado de brasileiros gritando.

— menina do céu você disse que ia ficar no quarto. — rayssa disse ao me ver.

— eu quis vir assistir, ué.

— pra quem tava quase expulsando a gente do
quarto depois de irmos insistir pra você vir. — ana laura falou.

— o jogo já vai começar?

— logico, você demorou.

os jogadores entraram em campo e logo começou o hino dos dois países. não demorou muito para que acabasse e a partida começasse.

o time de tite encontrou dificuldades para furar o bloqueio suíço desde o início. no primeiro tempo, a única chance foi a finalização de joelho de vini jr após cruzamento de raphinha. na segunda etapa, rodrygo entrou na equipe e a seleção melhorou.

— meu irmãozinho mudando o jogo, coisa linda! — rayssa falou.

foi o "rayo" do real madrid que tabelou com vini jr no lance que acabou nos pés de casemiro: o chute do alívio para o torcedor brasileiro. o chute que quebrou o tabu de nunca ter vencido a suíça em copas do mundo. o chute que classificou a seleção para as oitavas de final com uma rodada de antecedência.

— GOL PORRA, AQUI É BRASIL ! — gritamos junto com a torcida.

— TE AMO RODRYGO, NUNCA TE XINGUEI NA VIDA! — rayssa gritou tentando fazer com que ele escutasse, mas sem sucesso.

o jogo continuou truncado na etapa final, mesmo com a entrada de rodrygo no lugar de paquetá no intervalo e, com 10 minutos, a saída de fred para bruno guimarães entrar. a suíça, inofensiva no primeiro tempo, passou a povoar o campo de defesa brasileiro.

durante o jogo eu comecei a me sentir tonta e passar mal, tentei avisar as meninas mas elas estavam concentradas demais no jogo para escutarem. decidi ignorar, afinal, uma tontura leve não faz mal a ninguém.

eu tentava a todo momento prestar atenção no jogo mas não conseguia, minha cabeça doía e tudo estava girando.

— gente, eu não to bem eu to passando mal. — falei sentando na cadeira e colocando a mão na testa.

— o que você ta sentindo? — laura perguntou preocupada.

— eu to me sentindo tonta, minha cabeça e ta doendo e to com vontade vomitar.

— melhor a gente voltar pro hotel.

— ok. vou pegar as coisas da aurora e você pede um carro. — laura falou enquanto pegava as bolsas.

[...]

— thank you, have a nice day. — rayssa agradeceu ao motorista.

— ainda ta sentindo oque? — laura perguntou.

— as mesmas coisas, só que agora minha cabeça dói mais.

— vamos subir, isso foi o nervosismo do jogo.

entramos no hotel e depois no elevador, rayssa apertou o botão do nosso andar e nåo demorou muito para as portas abrirem. saímos do elevador, logo entramos no meu quarto e me deitei na cama.

— ta se sentindo melhor?

— ainda dói.

— logico que ela ainda ta sentindo dor ne rayssa. tem nem cinco minutos que eu fiz essa pergunta.

— menina você ta estranha, você não fala coisas serías, você só fala zoeira.

— também to estranhando. — falei me contorcendo.