Capítulo 1

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Em meio do ar frio o acariciando a pele, o sorriso se esgueirou com o cenário caótico em meio da neblina

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Em meio do ar frio o acariciando a pele, o sorriso se esgueirou com o cenário caótico em meio da neblina. Seungho tinha o som das espadas vívido em sua mente como uma canção harmoniosa e familiar, o sorriso se estendia ao que vagou a visão pela ampla janela, as altas montanhas e as montarias chegando com os novos armamentos. Se tivesse tempo, olharia de perto a chegada da guarda real com mais uma leva de soldados a serem aperfeiçoados em treinos incansáveis, mas naquele instante, o olhar se manteve fixo na imagem do que naquele mês apelidou de grande vitória. Não que o pai estivesse orgulhoso de como tudo foi feito, para o próximo na sucessão ao trono, o filho mais velho ainda era um problema. Seungho nasceu sob a luz da lua azul, a data que era visada como o agradecimento aos antigos deuses para a chegada de uma nova era.

O pai, no entanto, via a data com pesar. Após o nascimento do primeiro filho a esposa foi tomada por uma fraqueza que a deixou fraca nos anos que se seguiram, e na visão de um reino tomado pela fé em histórias antigas, eram criados rumores exagerados em torno daquela data. A história perambulou pelos reinos além das montanhas, a história da criança nascida da lua azul, um alfa que para trazer uma nova era, arrancou as forças da própria mãe. Inúmeros contos sobre a alma do príncipe ser o que originava inúmeras crenças dele se transformar em um monstro em campos de batalha. Em parte, Seungho gostava das histórias, cada vez mais acompanhadas de tudo o que sabiam criavam sobre o olhar frio que adquiria quando permanecia na linha de frente.

Um príncipe deveria lutar por seu reino e não se esconder atrás de leituras ou aulas de etiqueta, era o que pensava.

Um sorriso satisfeito se estendia aos lábios, observando pela janela as carruagens e as tropas em armaduras reluzindo ao sol da manhã. Não fazia muito tempo desde o combate, quando as armaduras e espadas foram usadas ao ataque a um reino a oeste, onde o silêncio e a penumbra da noite não prepararam a tropa inimiga de um ataque direto, o silêncio interrompido por lâminas e corpos caindo na terra molhada. Os pingos de chuva como um sublime sinal de céu e terra unidos pela chuva, e céu e terra também no elo de quem vivia ou morria. Os olhos impiedosos do príncipe sobre os adversários, a lâmina perfurando os corpos e o sangue sendo jorrado, os comandos como um pensamento lógico e as montarias vagando entre as ruelas, abatendo os soldados e seguindo adentro. Um aceno e as flechas indo contra os guardas. Seungho certas vezes pensava que se transformava mesmo em um monstro quando entrava em um campo de batalha, e gostava dessa visão, como artesãos o pintavam como o deus da morte, que trazia a escuridão através da lâmina da espada cortando o vento. No entanto, o pai ainda não estava satisfeito, mesmo que já tivessem expandido o território e tomando os inimigos como escravos de guerra.

Podia imaginar o pai, o velho ranzinza ainda no trono, resmungando sobre Seungho sempre voltar das guerras sujo de sangue, jogando a cabeça do alfa supremo de outro reino, a cabeça rolando até o começo dos degraus da escadaria do trono, como um caçador que traz um troféu de caça e ninguém era melhor caçador do que Yoon Seungho.

Claro, o ainda rei não gostava dos extremos que tinha. O filho mais velho sendo visto como uma fera indomável pela sede de sangue, e o filho mais novo, que cismava em se manter como um príncipe enterrado em leituras antigas na cidade de Handong, nas torres onde tinha as aulas burocráticas com o antigo conselho, fora de guerras.

Under the MoonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora