Capítulo 19

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"Por favor, não precisa fazer isso. Seungho, por mim, por favor..."

"É por você que estou fazendo isso".


A vida inteira Nakyum acreditou nos Aikas, em como a irmã contava histórias sobre as antigas tradições, sonhou tantas vezes com o futuro, onde teria a iniciação. Vestiria as vestes cerimoniais e escutaria as orações sagradas para sua benção como ômega, juraria cuidar e proteger a pureza de si mesmo, pois isso era o que um ômega fazia. Algo puro e intocado. Veria nas chamas o sacerdote e líder do vilarejo proferir os juramentos e ver a verdade nas chamas, ao menos era o que o pequeno Nakyum pensou que aconteceria.

Ninguém o contava sobre ele não merecer uma cerimônia. Areum, sua irmã, nunca teve a decência de dizer que o vilarejo desprezava o valor dele como Aika. Jamais teria um alfa, jamais seria considerado um deles. Mesmo assim, certa vez uma anciã dizia ter visto nas chamas que o futuro dele era sombrio e cercado pelas chamas. Nakyum não havia parado para pensar nisso até aquele momento.

Mesmo ferido, Seungho mantinha a postura ereta e o olhar impiedoso. Na certa, o vento da manhã era um pouco mais frio. Não foi uma decisão demorada, nem precisou de um julgamento. O ômega se manteve ao lado, as vestes balançavam ao vento, as várias camadas em branco e a capa em pele de lobo branco. A pele se manteve pálida, erguendo o olhar, seu lugar era abaixo de Seungho. O alfa se manteve firme no altar de madeira sólida, feito em uma colina em uma área afastada, protegida de tudo. Por algum tempo, Nakyum viu aqueles muros altos de pedra e pensou que fazia sentido ali serem os campos escravos, onde prisioneiros eram colocados para a reeducação, aprendendo seus deveres naquele mundo dominado pelos Yoon.

Mas ali era também uma fortaleza usada para outra coisa. Os prisioneiros em questão haviam sido trazidos e Seungho assentiu. O que se seguiu foi algo que Nakyum não teve controle.

Os guardas o guiaram, sempre se mantendo por perto. A carruagem já estava à espera deles e Seungho não explicou muito. O ômega entendia que Yahwa permitiu a fuga de Inhun, o médico que vinha sendo torturado de todas as maneiras possíveis e isso nem mesmo era um crime. Não quando Inhun foi o médico que colocou em perigo a vida de Nakyum e dos herdeiros do reino. Seungho estava no direito de decidir o que aconteceria com ele. Talvez existisse certo arrependimento em não tê-lo executado antes.

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