Seungho é o filho mais velho do rei, um alfa conhecido por ser um príncipe impiedoso e um Yoon, a família real acometida por uma maldição há longas gerações que fazem com que todos aqueles que se sentam ao trono acabem com uma morte dolorosa. Há ger...
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Esse capítulo marca uma importante mudança na história.
Nakyum tentou diversas vezes pensar em algum assunto, fechou os lábios, certo de que isso só pioraria as coisas quando Inhun continuou o exame em pleno silêncio. Mesmo com o passar dos dias, nada mudava, o médico continuava a manter a frieza como se o ômega fosse nada além de um paciente. Conversar não melhoraria as coisas, mesmo que o quarto estivesse dominado pelo cheiro de flores frescas e da mesa arrumada com os biscoitos caseiros e o chá quente, ainda o cômodo não parecia confortável como um lar. Olhando discretamente, reprimiu uma risada ao ver a porta entreaberta e ali, as ômegas espiando. Curiosas, esperançosas.
Nakyum endireitou a postura, piscando algumas vezes quando o exame continuou, com o toque leve do médico sobre a barriga que crescia com o passar do tempo. O rosto corou ao olhar a barriga, mordendo o lábio ao pensar que talvez existisse algo errado, Inhun apenas afastou a mão, voltando o olhar para as anotações. Era a primeira gravidez do vilarejo que ia tão longe, era normal que existissem olhares curiosos, mas Inhun parecia um pouco mais sério naquela manhã.
— Precisa continuar em repouso, não sabemos os riscos que pode sofrer. — O doutor suspirou, gesticulando para que o ômega fechasse a camisa, e ajeitando os óculos, voltou às anotações. Erguendo o olhar ao ver um Nakyum preocupado, o que fez o alfa respirar profundamente. — Não é comum um ômega chegar nesse estágio da gestação. Mas a barriga está crescendo mais do que deveria.
— Isso é ruim?
Inhun o olhava seriamente, mesmo irritado com tudo aquilo, tinha de admitir, era atraente ver Nakyum com os cabelos soltos, as roupas mais largas. E o aroma sendo mais doce talvez pela gestação, engoliu em seco, voltando a atenção para os papéis. Mesmo se houvessem tentativas de ignorar, era importante ver como aquela gestação prosseguia, talvez sendo um caso raro naquele vilarejo e talvez, no reino inteiro. Inhun pensou se os registros do caso poderiam o ajudar na Capital, onde poderia ganhar alguma fama por acompanhar um caso que não se via há muito tempo naquelas terras. A ideia o agradava, voltando o olhar para Nakyum, que o olhava apreensivo sobre ser aquilo era uma notícia ruim ou boa. Inhun anotou mentalmente que poderia realmente se aproveitar da raridade do caso para ganhar influência perante os que fariam as provas para serem médicos na Capital.
Abaixando os registros, o médico forçou um sorriso calmo.
— Você é algo raro, sabia? A maioria das ômegas tem um aborto em menos de uma semana, e no melhor dos cenários, aguentam três semanas. — Ele explicava, analisando bem o que dizia — Mas sua barriga é um pouco maior do que o esperado. Não acho que esteja esperando apenas uma criança, Nakyum.
Aquilo era raro. O médico ponderou sobre aquele fato, pois a barriga de Nakyum crescia e percebia que talvez fosse o caso de ser duas crianças, aquilo atiçou sua curiosidade. Ser o médico responsável por acompanhar um caso raro era sua grande chance.
