Capítulo 11

404 47 28
                                    

A manhã viera junto de mais uma lista sobre o que fazer, e não era pequena, não quando Seungho agora estava impedido de voltar aos campos das tropas e por diversas razões

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A manhã viera junto de mais uma lista sobre o que fazer, e não era pequena, não quando Seungho agora estava impedido de voltar aos campos das tropas e por diversas razões. Diante da sala do trono, manteve a postura ao encarar o trono rodeado pelos guardas e logo ao lado do pai, a mãe, em seu lugar um pouco mais baixo, pois ômegas nunca podiam estar acima dos alfas. A uma reunião não poderia ser adiada por mais longos dias, aconteceria em algum momento. Pouco se importou quando o irmão chegou atrasado, vestido com as vestes elegantes mesmo sabendo que não tinha compromissos naquela manhã. Seungho voltou a olhar o rei, com a amargura de saber que mais uma vez, a doença não o arrancou o último sopro de vida.

Embora tivesse de respeitar aquele homem como rei, há muito tempo não o via mais como pai, reprimiu as lembranças vívida sobre o que era ser um Yoon de verdade, o silêncio sendo interrompido por um resmungo do rei, encarando seriamente o filho mais velho. Era evidente, não conseguiria esconder um ômega naquele palácio, mesmo ordenando que os guardas não deixassem qualquer pessoa sequer olhar para dentro do quarto de Nakyum.

— Chegou aos meus ouvidos que o seu hóspede inusitado tem a marca de um procedimento ilegal. — Era a forma certa de ser definido, em teoria todo nascimento deveria ter um médico de apoio, um que fosse formado na capital e não foi o que aconteceu. A cicatriz de Nakyum era grosseira o bastante para denunciar, o médico não sabia o que estava fazendo. O rei encarava Seungho friamente. — Exijo saber a razão pela qual esse ômega de rua ainda está em aposentos reais. Ele não deveria tocar em nada, não sabemos que tipo de doenças pode trazer para a família real. — O rei foi direto, embora o filho mais velho pouco tenha reagido. Não era como se tivesse ignorado a ofensa, mas o rei era conhecido por ser supersticioso ao tentar manter doenças e maldições fora do palácio.

— Ele já foi examinado pelos médicos reais e é mantido limpo. Estou ciente do procedimento ilegal, mas os médicos já concluíram que esse ômega deu à luz a duas crianças, no momento, desaparecidas e possíveis de terem sido levadas pelos bárbaros. — Seungho podia ver o brilho no olhar da mãe, a rainha há muito tempo não via uma criança. Não que não existissem outras, mas toda criança era mantida em sigilo por serem raras, ela abriu os lábios a dizer algo, mas hesitou, olhando discretamente o parceiro. O rei tensionou os ombros com aquelas palavras e o príncipe pode até escutar um resmungo surpreso do irmão mais novo. — Eu sou o pai das crianças. — Manteve o olhar sobre o pai, que o olhava sem reação.

— Sabe o quanto que suja nossa família saber que engravidou um ômega qualquer que achou na rua?

— Ele foi um ômega que salvou minha vida. — Seungho afirmou, sem se deixar levar pela irritação, apenas ajeitando a postura, a cabeça ainda erguida. Se havia uma coisa em que ele era bom, era saber o que falar e quando falar. — O ômega perdeu a família, os pais morreram lutando por estas terras. E mesmo com os horrores da época, ele ainda sobreviveu, intocado até me conhecer. Eu diria que coincidências não ocorrem com facilidade. Ele não é um cortesão ou um mendigo, o sangue da família dele já foi jorrada nas guerras de nosso reino.

Under the MoonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora