Na frente de um portão de três metros de altura, eu me sentia minúsculo e sufocado dentro daquela camisa social de baixo do sol daquele verão, prestes a fazer uma entrevista de emprego na casa de uma das famílias mais ricas daquele condomínio residencial.-Sou Park Jimin, vim para fazer a entrevista com a senhora Jeon--dei um sorriso amarelo para o segurança da casa.
Se tinha um segurança, era claro que tinha muita coisa de valor dentro daquela casa.
O homem com quase o dobro de minha altura me olhou com uma cara de poucos amigos.
-E você saiu pelo menos do ensino médio, moleque?--perguntou.
Era normal acharem que eu tinha menos idade do que verdadeiramente tenho, e eu fico feliz com isso, sinal que todos os cuidados com a minha pele valem a pena.
-Eu sou formado em enfermagem, moço--forcei um sorriso--tenho vinte e cinco anos.
Ele balançou a cabeça e fez um sinal com ela logo em seguida.
-Pode entrar, vou chamar a senhora Jeon.
Quando o cara gigante, que até então não sei o seu nome, me deixa sozinho, fico pensando em como minha vida seria mais fácil se eu estivesse vivendo com os meus pais.
O estalado dos saltos da mulher de pele extremamente clara me chamou atenção quando se aproximou ao lado do latagão que me atendeu. Meu coração dispara quando a realidade se manifesta, me fazendo sair da minha mini crise existencial.
-Olá, Park--ela sorriu de uma forma suave--você é mais jovem do que imaginei.
-Olá senhora Jeon, é um prazer conhecê-la.
Ela riu rápido.
-Dispenso o senhora--ajustou o relógio dourado no pulso--só temos pouquíssima diferença de idade.
-Tudo bem...
-Sou a Hanseon, vamos entrar!--ela sugeriu, toda empolgada--temos muito o que conversar.
A porta de entrada para a sala era ainda maior do que o portão, dando passagem para um ambiente totalmente luxuoso, que eu só havia visto em filmes e novelas.
-A casa é grande, mas a família nem tanto--ela disse para quebrar o gelo--só moramos eu, mamãe, meu esposo, e meus dois irmãos.
-A casa é enorme--admiti, olhando e virando o pescoço em 180 graus para ver cada detalhe possível.
-Kyungsoo e eu pretendemos em breve dar a esta casa vários herdeiros correndo para todos os lados--eu sorri com a empolgação dela.
Entramos no escritório cheio de estantes rústicas e livros que talvez custassem a minha casa.
-Bem, como eu expliquei brevemente na carta, preciso de um enfermeiro para cuidar do meu irmão--ela abriu a gaveta e tirou uma foto--JungKook está em estado vegetativo há dois anos e nesse período foi difícil manter um enfermeiro que cuidasse bem dele.
Ela me mostrou a foto do rapaz, jovem, parecia tão cheio de vida. É engraçado como nossas vidas podem mudar de uma hora para outra, como uma reviravolta em uma novela das dez.
-As suas atividades teriam que ser apenas cuidar da limpeza higiênica dele, cuidar das medicações que já estão prescritas pelo médico e na alimentação pela sonda--suspirou--eu trabalho com viagens e minha mãe tem depressão, infelizmente não temos como cuidar dele assim.
-Só achei estranho o fato de você ter me enviado uma carta, já que é tão jovem.
-Eu tentei te ligar e dizia que seu número estava indisponível--se explicou--minha conta do e-mail foi recentemente hackeada e eu ainda não tive tempo de criar uma nova ou recupera-la.
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E o vento me levou até você - Jikook
FanfictionPark Jimin é um enfermeiro recém formado. Grande parte do seu estágio foi em trabalhos domiciliares de pessoas que necessitavam de cuidados mais específicos. Em meio ao desespero por estar desempregado, ele foi chamado para trabalhar na casa da famí...