Uma semana se passou desde que comecei a trabalhar na casa dos Jeon. Toda noite, antes de fato eu ir descansar, preparo o meu almoço para o dia seguinte. Tenho mantido essa rotina todos os dias. E tem sido tolerável. Eu faço o meu trabalho, sem interagir muito, mas ando quase pisando em ovos quando tenho que cruzar com a governanta naquela casa. As empregadas são muito gentis, mas parecem apavoradas o tempo todo.Jeon JungKook continua na mesma situação, as costas dele parecem piorar cada dia mais e eu não sei o que fazer...falei com a senhora Jeon e ela disse que o médico recomendou que usasse somente aquele óleo de girassol que na minha percepção não tem cheiro de óleo de girassol. Não questionei, não quero ter problemas logo agora que encontrei um emprego.
Eu já peguei a prática nos cuidados de JungKook, então não tem sido tão difícil de cuidar dele, devo admitir, olhando para ele agora em minha frente, ele até parece mais corado.
-Será que você tava precisando de melhores cuidados?--digo em quase um sussurro, sem esperar uma resposta.
Ele estava com os olhos fechados agora, como se estivesse realmente dormindo. Com a palma da minha mão, tirei aquela mecha de cabelo que havia esvoaçado para a frente do olho dele, e nesse mesmo instante, ele abriu os olhos.
-J-JungKook?--o chamei.
Era como se a sensibilidade dele tivesse percebido que eu estava lá, o tocando.
E isso não era para ser possível.
Deixei isso de lado, porque ele não esboçou nenhuma reação quando o chamei pelo nome.
Devo tá ficando maluco...
Seokmin disse que eu devo tá ficando estressado com a nova rotina e devo ficar receoso já que é o meu primeiro paciente em estado vegetativo.
Peguei a minha garrafa térmica para beber água e percebi que ela estava seca.
-Vou pegar água na cozinha...volto já--avisei ao meu paciente.
Enquanto eu andava pelo corredor, ouvi um barulho alto, quase me fazendo saltar, logo após o barulho, um grito. Era um grito desesperado.
-VOCÊS VÃO ME MATAR IGUAL FIZERAM COM ELE AAAAAAAAA.
E eu ouvi outro barulho, mas dessa vez, era da porta se fechando.
-Será que tem um jeito de eu não ficar apavorado nessa casa?--sussurrei.
-O que você disse, rapaz?--a governanta estava atrás de mim.
Meu Deus...
Eu quase pulei ao ouvir a voz daquela mulher.
-N-Nada, e-eu só estava indo pegar água--forcei um sorriso, balançando a garrafa, para que ela talvez entendesse do que eu estava falando.
-Não fique nos corredores querendo bisbilhotar as coisas--ela quase revirou os olhos--você vai se dar muito mal se continuar assim, garoto.
Por que eu tenho mais medo dela do que da senhora Jeon?
Que mulherzinha azeda.
Segui o meu caminho inicial, chegando na cozinha, estava o segurança latagão comendo um oniguiri.
-Bom dia--tentei ser educado, mas não quis dar muita atenção, vai que ele estivesse sempre de lua igual a governanta Ko.
-Pensei que você ia desistir logo desse estágio--ele falou enquanto mastigava.
-Não é um estágio--suspirei--e porquê eu desistiria?
-Porque é sinistro ficar com aquele moleque daquele jeito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
E o vento me levou até você - Jikook
FanficPark Jimin é um enfermeiro recém formado. Grande parte do seu estágio foi em trabalhos domiciliares de pessoas que necessitavam de cuidados mais específicos. Em meio ao desespero por estar desempregado, ele foi chamado para trabalhar na casa da famí...