capítulo 31

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Atualmente

Tzuyu caminhava no corredor do segundo andar. Ela não sabia o que estava acontecendo com o seu corpo. Um pequeno flash fez em sua mente, seu corpo automaticamente começou a andar pelo o corredor, indo para um quarto afastado.

Estava a noite, suas amigas estavam na sala conversando, tomando um bom vinho e champanhe. Sana estava junto com elas. Tzuyu, enquanto estava lá, tinha dado uma leve trégua. Teve um momento em que a Minatozaki ficou parada, olhando fixamente para o chão, suas bochechas estava começando a ficar com a coloração rosada.

Voltando para a situação narrada anterior. Tzuyu estava um pouco hesitante. Cada vez mais, o corredor ficava com menos luz.

No final do corredor, tinha uma porta de madeira mais escura. Estava empoeirada. Parecia que não iam lá a anos.

Tzuyu abriu a porta. O quarto estava sendo iluminada pela luz da lua. A noite era de lua cheia. O quarto era de cores mais puxadas para o marrom claro e bege. As janelas eram enormes. Mas o que mais chamou atenção da Chou foi; os instrumentos na sala.

Ela franziu cenho. Olhou para trás, antes de fechar a porta, para ver se tinha alguém atrás dela ou não. Tzuyu fechou a porta. A sala tinha um piano e violino. Pinturas medievais sobre artistas conhecidos.

Estantes com livros e disco de músicas.

Ela se aproximou do violino. Sentiu como se ela já o tivesse tocado. Tzuyu não tinha percebido, mas na madeira do instrumento, embaixo das cordas, tinha as iniciais CH.T.

Tzuyu se sentou em um banco de madeira. Ao luz do luar. Posicionou o violino, começou a tocar o violino, uma música que ela nem sabia que existia e muito menos sabia que conseguia tocar um violino.

Ela sentia sua pele se arrepiar a cada nota que ela atingia ao tocar o instrumento. Foi tudo tão rápido. Tzuyu começou a se lembrar de quando tocava. Não era só o violino, o piano também.

A Chou fechou os olhos. Aproveitando da melodia que estava cercando o cômodo. Seus movimentos eram rápidos para fazer a perfeição que era o cover de "Arcade".

Ela se lembrou de quando tocou essa música. Foi a primeira música aperfeiçoada e a primeira que ela conseguiu tocar no violino.

Teve uma época que seus pais era ausentes. O violino e o piano eram suas distração. Um sorriso surgiu nos lábios da Chou quando ela finalizou a musica. Ela se lembrou, não de tudo, mas se lembrou dos últimos anos de sua vida. Lembrou de quando sofreu na mão de Elkie e de seus amigos. O que a deixou mais indignada e frustrada, foi de que, mesmo assim, ela não se lembrou de Sana e de suas amigas, pelo meno, ela lembrou de Mina completamente. As lágrimas caiam de seus olhos. O sorriso foi murchando aos poucos quando as memórias davam um tapa em sua alma, os soluços começaram a sair de sua garganta.

Ela tinha sido enganada por Elkie novamente. Todas aquelas lembranças desastrosas estavam voltando com muita força. Tzuyu se sentia tonta. Sua cabeça latejava. Seus soluços estavam altos. Ela tinha sido tola. Caiu nas graças de Elkie novamente.

Todo o seu sofrimento na época. Agora estava explicado o por que de suas cicatrizes. Todas elas eram por causa daquela maldita mulher.  Sua mão tocou esquerda, tocou levemente em seu braço direito, aonde tinha uma pequena cicatriz.

Mais lembranças. Tzuyu escutava seus próprios gritos de misericórdia. Os risos, e do rosto de Elkie. Aquela mulher sorria ao ver a Chou deitada no chão sujo do beco da escola.

— Como eu pude ser tão tola? — se perguntou com um fio de voz

[...]

— por favor! Parem, isso dói. — a Chou pedia enquanto chorava, ela estava encolhida no chão. Elkie tinha se aproximado da Tawain.

Tzuyu achou que Elkie iria ajuda, que iria fazer tudo aquilo parar de uma vez só. Mas ela estava enganada. Elkie pegou um pedaço de ferro e entregou para um dos garotos.

— Usa isso. É melhor.

Tzuyu se encolheu quando sentiu o garoto bater com o pedaço de ferro. Seus corpos doía. Tudo doía. Ela tampava seu rosto com seus braços, ela torcia para tudo acabar.

[...]

— Aberração! — dizia Eric enquanto chutava no estômago de Tzuyu.

Cada chute, era sangue saindo da boca da Chou.

— Maldita! — ele chutou o rosto de Tzuyu — Por que você não morre, praga ?!?

[...]

Tzuyu abaixou sua cabeça. Deixando as lembranças dominar sua cabeça. Levou suas mãos até seus fios de cabelo, apertando. Ela queria que tudo aquilo acabasse. Doía.

Uma coisa a fez paralisar. A dor tinha passado, todos aquelas coisas tinham ido embora. Como se a paz tinha reinado. Braços ao seu redor. Seu rosto encostado em peitos incrivelmente macios. Seus olhos se arregalaram. Tzuyu olhou para cima, para ver quem era a pessoa que abraçava tão fortemente daquele jeito.

Era Sana.

A japonesa estava sorrindo para Tzuyu. Suas bochechas avermelhadas. Seus olhos quase se fechando por causa das bochechas.

— Você é incrível. — sussurrou, ela fazia uma carícia no cabelo de Tzuyu. Deixando a Chou calma.

Tzuyu abraçou Sana com força. Mesmo que esteja calma, suas lágrimas continuaram descendo. Aquelas memórias até tinham parado de infernizar a Chou, mas Tzuyu se lembrou de tudo o que tinha sofrido.

Ela tinha Sana ao seu lado. Naquele momento, nada mais importava. Se ela tinha a japonesa ao seu lado. Ela tinha vencido o suficiente.

Sana se afastou lentamente. Ergue o rosto de Tzuyu com um toque suave. O rosto da Chou estava avermelhado, seus olhos vermelhos. Secou as lágrimas que desciam pelas bochechas da Taiwanesa.

Fez um carinho com o seu polegar na bochecha de Tzuyu. A Chou puxou Sana mais para si, fazendo a japonesa se sentar em seu colo.

Sana tinha se lembrando da noite anterior, por isso não ficou tão envergonhada ao ver que estava sentada no colo de Tzuyu.

Ela tinha escutado e viu como Tzuyu tocava tão bem o violino. A Chou, antes, nunca tinha falado isso para ela. Sana ficou maravilhada e orgulhosa da Chou quando via ela tocando o instrumento.

Sana selou os seus lábios com o de Tzuyu. Não teve nada de língua ou malícia nisso. Foi algo diferente. Demonstrava tantos sentimentos que é difícil descrever ou de explicar. As duas sentiam aquelas tão famosa, borboletas no estômago. Os lábios macios selados. Sentimentos como o amor nesse selar de lábios.

Foi assim que a Chou percebeu que Sana, era a sua paz e luz  em seu mundo e que sem ela, seu mundo era escuro e cheio de mágoa. 

Eu te amo até o infinito ( G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora