Mudanças

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Muto estava sentado no sofá, sem acreditar na decisão no mínimo maluca que Sanzu tinha tomado. Ele era um garoto com apenas 16 anos, morava com o irmão mais velho, más ele nunca estava em casa, portanto Haruchiyo morava praticamente sozinho.

Ele era muito novo para assumir uma responsabilidade grande como cuidar de uma criança. Mucho tentava convencer ele do contrário, más parecia que a ideia de ser pai, ainda estava bem fresca na cabeça dele.

—Sanzu é muita responsabilidade! E outra, e se o Takeomi descobre isso? Ele vai surtar!

—Takeomi que lute com o surto dele. — disse Sanzu e logo franziu a testa ao sentir S/N puxando o seu cabelo. —Mais que coisa menina, você cismou com a porra do meu cabelo? — ele disse e soltou o seu cabelo da mão dela.

—Cara mesmo assim. Seu irmão mais velho é muito instável, vocês já não tem uma relação "boa", e agora com essa menina morando aqui sem ele saber... ele vai pirar de vez! — alertou Muto.

—Muto, você pode falar o que quiser, e Takeomi também, eu não me importo! Mas fique claro uma coisa aqui, eu não vou mudar de ideia! Já decidi, eu vou cuidar dela e nada vai me fazer pensar do contrário.

—Tudo bem. — disse Muto se levantando do sofá. —O que você vai dizer aos caras da quinta divisão? Que você não pôde comparecer à reunião por causa de uma criança?

—É! Eu não vou esconder a verdade deles e nem de ninguém! — disse Haruchiyo enquanto colocava a bebê no bebê conforto. —Você não precisa se preocupar com nada, eu vou saber equilibrar as coisas. Eu vou continuar cuidando das coisas da Toman, vou estar do seu lado cuidando da quinta divisão e ao mesmo tempo, vou me dedicar a ela. — ele disse e apontou para a criança dormindo.

—O que não entra na minha cabeça é porque você cismou com essa ideia maluca?!

Sanzu sorriu fraco e disse:

—Sabe, quando você nunca teve o que sonhava, e vê alguém em uma situação parecida com a sua, você vai querer fazer algo para deixar aquela pessoa feliz, evitando que ela passe pela mesma coisa que você. — ele disse e acariciou seus próprios ombros e braços. —Eu nunca tive amor e carinho, nem dos meus pais que eu não faço mínima ideia de quem são e muito menos do Take. — ele disse e olhou para S/N com ternura. —Aquela pequena precisa de amor e carinho de alguém. Caso contrário, ela vai sofrer mil vezes mais do que eu. Colocar ela em um orfanato seria uma culpa que eu carregaria para o resto da minha vida. Eu quero pelo menos tentar dar a ela o que eu sempre sonhei em ter, quero dar uma segunda chance para ela. O destino ou alguém me escolheu para cuidar dela, caso contrário ela não teria aparecido aqui na porta de casa. — ele disse e olhou para Mucho. —Não vou desistir dela.

Mucho sentiu seu olho arder e uma lágrima escorreu em seu rosto, era impossível não se emocionar com uma atitude tão bela como a de Sanzu.

—Acho que essa garotinha deu sorte. — disse ele.

—Ela vai ser muito feliz, isso eu garanto a você e para todos. — disse Sanzu. —Más, eu quero ela longe de gangues e de tudo que possa ser perigoso para ela. Não quero S/N envolvida com nada ilegal.

—Fez certo, essas coisas não são boas para ninguém. — ele disse e tocou no ombro do amigo. —Bom, tenho que ir. Se cuide e boa sorte aí com a nova Akashi.

Sanzu sorriu e acompanhou o amigo até a porta e em seguida olhou para S/N.

—É pequena Akashi. Você terá um lar, porém um pouco problemático.

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No final da tarde, quando Sanzu estava na sala dando leite na mamadeira para S/N, Takeomi voltou para a casa depois de uma semana fora, já que estava na Brahman resolvendo coisas da gangue junto com a líder Senju e Wakasa.

A Filha do Haruchiyo (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora