Campo de Morango

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Eu estava em uma estrada de terra e mato, com muitos morangos no chão, conforme eu ia andando meus pés ficavam sujos dos morangos que eu pisava. Eu estava só com uma toalha em volta da cintura, era de dia ainda, o sol estava bem bonito e tinha várias árvores ao redor.

Continuei andando até encontrar um campo de morango, com uma cama centralizada no centro do campo e Neuvillete, só de toalha também, em cima dela.

Vou me aproximando, me perguntando o que era tudo isso. Chego perto e Neuvillete estava me observando, mas não com os olhos apaixonados da última vez, mas sim com olhos cheios de luxúria, impregnados de vontade, mas sem nenhuma gota de paixão.

Eu chego mais perto da cama e Neuvillete começa a comer um morango que estava na cama, derramando todo o líquido contido dentro dele em sua boca.

Era uma visão bela, porém profana. Sentia que tinha algo errado desde que estava vendo aquela cena. Eu estava nos pés da cama, com a brisa soprando em meu corpo e o sol quente rachando minha pele, vendo aquela imagem bela e luxuosa, ele parecia uma pintura antiga.

Quando eu vou encostar nele tudo fica preto, não vejo mais absolutamente nada por uns dois segundos. Quando a luz volta, a cama está vazia, cheia de algum líquido vermelho (que, honestamente, parecia sangue), o sol antes que rachava minha pele agora estava escondido pelas nuvens. Sinto vergonha, muita vergonha, não sei explicar o motivo, eu só sentia que algo estava errado, ou, pelo menos, iria dar errado.

-Wriothesley, Wriothesley.-Neuvillette diz, me chamando para eu acordar.

Eu ainda estava sonolento, me sento na cama e vejo Neuvillete arrumado, com o celular no bolso e algumas coisas que ele trouxe quando dormiu aqui ontem.

-Estou indo embora, beijos.-Ele diz, me dando um beijo na bochecha para se despedir.

Quando seu rosto sai da minha bochecha eu o puxo de volta, agora nos meus lábios, um beijo profundo e cheio de luxúria, talvez por eu não ter conseguido fazer o que eu queria no sonho, na vida real tinha que compensar de alguma forma.

-Tchau, gosto muito de você.-Digo, por fim, vendo ele dar um sorriso.

Não sei se foi impressão minha, mas o sorriso dele foi um pouco forçado, não sei se ele queria que eu fala-se outra coisa, mas enfim, ele vai embora e me deixa sozinho de novo em minha casa. A próxima visita dele vai ter que compensar o que eu não pude fazer nos meus sonhos.

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