Meu macho

Capítulo 7 🐍

SNAKE:

Acordo com uma movimentação próxima e por impulso da minha cobra, me transformo e enrolo meu corpo na pessoa. Abro os olhos e vejo que é o filhote.

-- Snake! -- Solto ele rapidamente assim que retomo o controle, minha fêmea o pega no colo.

Me afasto um pouco e noto o filhote vermelho, querendo começar a chorar.

-- Tá tudo bem, meu amor. Ele se assustou com você. Não chora, querido.-- Beija o rosto dele que me olha com os olhos marejados.

" Idiota"

Repreendendo minha cobra, que se encolhe ao ver o estado do filhote.

Volto para minha forma humana e me aproximo da fêmea que me encara um pouco brava.

-- Dessculpa. Não. Queria.-- Falo com a cabeça baixa.

-- Tudo bem. Não estou brava com você, mas sim com a sua cobra. -- Diz e sinto ele se encolher mais. -- Ele tem que tomar cuidado. --

-- Ele. Achou que era. Uma. Ameaça. -- Falo e olho para o garotinho. -- Não. Ssentir o. Cheiro de.le. --

Cobras tem um excelente olfato, mas conseguimos sentir mais a vibração. Mas com o garoto, não conseguir sentir.

Também somos " cega ", enchergamos somente sombras, por isso que não notei de primeira que era o filhote se aproximando.

-- Tá, tudo bem. Mas tome cuidado na próxima. -- Diz e beija meu rosto.

-- Ssim. -- Sorrio.

Ouço um resmungo baixo, olho para o filhote e o mesmo me amcarava bravo, rosna ou mia como uma ameaça e coloca o seio da minha fêmea na boca.

Luna da risada e aperta o filhote nele o beijando.

-- Ela também é minha, filhote. -- Mostro minha língua e ele, que assim que vê, solta o peito e se aproxima de mim e a pega apertando.

-- Não amor, isso faz dodói. -- Minha fêmea fala, mas ele não dá muito ouvido e segura a ponta da minha língua, vendo que ela é costada no meio.

Ele deita a cabeça um pouco para o lado, totalmente confuso. Coloca a língua para fora vendo que somos diferentes. Vai até a mãe e abre a boca dela, puxando a língua.

-- Mamãe? -- Olha confuso para ela.

-- Lembra o que falei quando uma pessoa é diferente que a gente? -- Ele confirma.

-- Bunitas também. --

-- Isso mesmo. E o Snake, é diferente. --

-- Issnake. -- Repete sorrindo.

-- Alguém está se.. --

-- Snake? Cara, você tá aqui? Tô sentindo o seu cheiro, mas tá misturado com outro, que é da luna provavelmente. -- O urso fala no andar de baixo. -- Posso subir? Obviamente não né? A luna deve, deve não, ela tá aí com você.. E você vai me jogar da janela de entrar aí. Vou esperar aqui, tá bom? Tá bom. Vou me esconder eu mesmo, já que sei que você não vai. --

Reviro os olhos e sinto a mão da minha fêmea na minha.

-- Seja legal com ele. -- Pede voltando a se deitar com o filhote.

Saio da cama e vou para o banheiro, ligo o chuveiro e começo a tomar o meu banho.

Não tô afim de virar amiguinho de um urso bobo, mas se que minha fêmea gostou dele, o que faz eu querer mais ainda devora- lo, mas sei que minha fêmea vai ficar brava e triste, então vou fazer isso por ela.

Assim que termino, me seco ali mesmo e coloco um short e fico sem blusa mesmo. Me aproximo da caba, dou um beijo na cabeça do filhote e na minha fêmea.

-- Vai aonde assim? -- Me encara de cima a baixo.

-- Urssso. --

-- Sei que você vai com ele vê a questão de ontem, então.. Coloca uma blusa. -- Manda.

Onças ao muito possessivos com o que é deles, território, comida, filhotes e companheiros.

Sorrio de lado e pego uma blusa branca, saio do quarto e desço as escadas.

-- Nossa! Luna marcou você mesmo, o cheiro dela está predominando mais que o seu. -- Diz se levantando, tentando esconder o pote de mel que deu a minha fêmea, e que por sinal ele  estava comendo.

-- Vamos logo. --

-- Não vai comer nadinha? --

-- Anda urso, ou mando você ir embora e volto para minha fêmea e para o filhote. --

-- Você devia sorrir mais, sabia. Sorrir faz bem e não arranca pedaço. -- Mostro a língua. -- Ou não, não tem problema, pode ficar assim sério, ninguém chega perto de nós, nem mesmo as fêmeas.. O que para você é bom, já que a luna não iria gostar nadinha e.. --

-- Cala. A boca. -- Bufo irritado.

Urso chato.

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