Capítulo 30 🐆

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LUNA:

1 MÊS DEPOIS..

Acordo sentindo dor na minha barriga, sinto uma movimentação estranha do filhote, meu corpo está começando a esfriar, sinto calafrios e uma falta de ar grande, como se algo tivesse me sufocando.

É a mesma sensação de um mês atrás, que snake disse que o filhote estava o chamando. Mas essa tá sendo mais intensão.

-- Aaai.. Merda.. -- Mordo os lábios com força.

Sinto um líquido descer pelas minhas pernas, molhando a cama. Olho para os lados, pensando como vou levantar pra descer para ligar lá na clínica.

Skane está pelo mar, ele vem somente de manhã olhar como a gente está.

Tento levantar, mas caio sentada de volta quando sinto outra pontada.

-- Aaai.. Grrr.. -- Rosno alto.

Tiro o lençol das minhas pernas e noto o sangue. Fecho os olhos e deito a cabeça na cabeceira.

Sinto algo subir pela minhas pernas, abro os olhos e vejo a cobra se aproximando. Sua língua estava de fora, seus olhos estavam focados em mim.

-- Ss.. Snake.. Aaa.. -- Ele se abaixa na minha barriga e lambe a mesma.

Passa o rosto e fica ali com ela em cima, e por incrível que pareça, a dor está diminuindo. Sinto somente a contração que já é de costume de uma gravidez.

" Resspire. Fundo. "

Sinto as ondas que ele me manda. Respiro fundo, faço isso umas quatro vezes, até senti o meu corpo começar a ficar mole.

-- Pre..Precisa chamar.. Alguém. -- Falo.

" Ssozinha.. "

Solto um gemido alto, morde os lábios, apertando o lençol. Levanto a perna e faço força para poder o filhote sair.

" Ele esstá. Ssaindo.. --

Diz de frente pra mim, seus olhos estavam no meio das minhas pernas.

Faço mais força, e começo a sentir sair. Ele está muito agitado, mesmo saindo, se mexia dando volta e voltas.

" Cobrass. faz isso. Damoss voltas para ssair. "

Rosno alto, sentindo minhas garras rasgar o lençol. Respiro fundo, quando sinto toda aquela dor sumir, e minha barriga aos poucos se abaixar.

Abro os olhos, assim que não ouço nada. Snake estava olhando para baixo, seus olhos estavam dilatados.

Olho para baixo e fico surpresa com o que vejo. O filhote é moreno, algumas partes do seu corpo contínua escamas amarronzada e amarelada. Ele é cabeludo , seus cabelo é um pouco enrolado, uma mistura de castanho, e um pouco  amarelado.

Assim que abre os olhos, sorrio maravilhada. Seus olhos continua duas cores, um era azul em uma linha fina, como a do snake, enquanto o outro era num tom mel esverdeado, todo dilatado, como se tivesse atento preste a acontecer.

Como nós onças, quando a gente fica em alerta para caçar.

Ele é uma mistura perfeita de nós dois. Gemo de dor, quando me sento direito para pegá-lo.

Fico confusa por ele não chorar ou fazer qualquer outro som. Ele somente olha meu rosto todo, abaixo ele na altura do meu peito, mas lembro que não tinha mais leite.

" Não bebemoss. Leite".

Quando snake fala, o filhote olha para ele e da um gritinho dando um sorrisinho, começando a brincar com o seu pé.

-- O que ele vai comer para ficar alimentando? Ele é híbrido. Consigo sentir a onça dele.. A presença dele é forte. -- Abaixo o olhar, e beijo sua mão quando encosta no meu rosto.

" Grilo, barata ou.. "

-- Não! Snake? -- O encaro espantada.

" Filhotes come isso. "

-- Depois pergunto a victoria o que posso dá a ele, sem ser essas coisas.. Nojentas. -- Faço careta.

Seu corpo começa a mudar, e seu corpo humana sai de cima da cama. Ele saí do quarto. Olho para o meu menino e sorrio, ele é tão lindo.

Vejo snake entrando e com ele, o bruno vem correndo e pula na cama, solto um gemido quando ele acaba batendo o pé na minha barriga.

-- Dicupa, mamãe. -- Se encolhe.

-- Tudo bem, amor. -- Sorrio para ele. -- Olha, o seu irmãozinho. -- Bruno encara ele, e o mesmo estava o encarando todo sério.

Que estranho..

-- Qal é o nominho dele? -- Pergunta passando a mão na cabeça dele, e o filhote da um sorri banguela.

Olho para o snake, ele parece pensar e sorri de lado.

-- Daren. -- Vejo seus olhos brilhar.

-- Ouviu só, pequeno? -- Olho para ele e faço carinho no seu rosto. -- Seu nome é daren, o nosso Daren. --

-- I eu,mamãe? Xou da mamãe o i do papai também? -- Meu pequeno levanta meu rosto para o encarar.

-- É claro que é, meu amor. Sempre. -- Sorrio.

Snake se aproxima de nós e se senta ao meu lado, tomando todo o cuidado para não machucar.

-- Tá melhor? -- Pergunto.

-- Ssim. -- Diz ainda olhando para o filhote.-- Esstava insstável. Por conta dele. -- Aponta.-- Tinha que. Proteger vocêss. Mas me manter. Afasstado, também. -- Olha em meus olhos.

Não falo nada, somente dou um selinho nele e volto minha atenção ao filhote, quando ele resmunga alto.

-- Por quê ele não chorar? Acho que ele tem mais sintomas de cobra, do que de onça. --

-- Mass.. Nóss choramoss. -- Diz. -- Deve sser. Por sser híbrido. -- Da de ombro.

É deve ser...

De uma fugitiva com um filhote, há uma  fêmea com o companheiro, amigos, irmãos e mais um filhote ao meu redor.

Hoje eu posso sorrir, consigo sair meu filhote sem ter medo dos meus pais matar ele, o próprio filhote.

Não preciso ter medo de vê o Jamal pelo caminho, e te receio dele me agarrar por aí e me arrastar pra algum lugar.

Me sinto segura, me sento protegida ao lado dos meus amigos e companheiro..

Snake pode até ser distante, calado, grosseiro com os outros, mas não me vejo sem ele, sem o meu companheiro, meu macho..

Não preciso mais..

Correr...

Fugir..

Sobreviver..

Proteger..

Hoje eu tenho tudo que sempre quis, e pretendo que continue assim.

Sinto a língua do snake no meu pescoço, sorrio e olho para ele.

-- Te amo, meu macho.. -- Olho para os  três homens da minha vida. -- Amo vocês. --

Fim...

Meu macho Onde histórias criam vida. Descubra agora