Capítulo 4 🐆

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LUNA:

Acordo com um peso encima de mim, abro os olhos e noto que tinha voltado para a minha forma humana.

Olho para baixo, da onde estava sentindo o peso e tomo um susto quando vejo uma cobra enorme toda enrolada no meio das minhas pernas, a cabeça dela estava na minha barriga.

Vejo o filhote que tava na sua forma humana também. Ele estava no meio do buraco que a cobra desse enrolando. Ele estava todo espalhado em cima da cobra, com os braços e pernas jogados.

Apesar de está recuosa com essa coisas de companheiros, não quero me afastar desse homem cobra, já me sinto tão ligada a ele.

A forma humana dele é tão.. Grande, seus olhos azuis, seus músculos cheios de tatuagens e...

Saio dos meus pensamentos quando sinto a cobra se mexer. Olho para ele que me encarava.

O vejo se abaixar até a minha parte íntima, que estava coberta pelo lençol, e a cheira, empurrando a cabeça para sentir mais.

Arfo e solto um pequeno gemido, toco sua cabeça e a empurro. Tô sentindo a pulsação entre minhas pernas.

-- Pa- Pare com isso. -- Falo abrindo meus olhos, que nem notei que tinha os fechados. Olho para ele que mostra a língua, parecendo frustrado. -- Não adianta ficar assim. -- Cruzo os braços.

Ele não me dá ouvidos e tenta entrar em baixo do lençol, mas para e olha para trás vendo o filhote em cima dele.

Ele me olha e faz um gesto como se tivesse bufando. Deita de volta na minha barriga, mas um pouco mais para baixo.

Tô começando a entrar  no meu  cio.

-- Faz muito tempo que voltei para ainha forma humana? -- O vejo balançar cabeça que não. -- Algum já veio aqui? -- Ele nega novamente.

Olho para a janela que mostrava o sol que já se fazia presente.

Não sei como será daqui para frente. Meus pais vão vir atrás de mim e me levar de volta ao alfa da matrilha.

Se eu for ficar, terei que arrumar um emprego rápido, tenho que comprar o aparelho de ouvido para o Bruno.

O maior motivo de eu ir "embora" da matrilha,  foi por conta dos meus pais não aceitar o Bruno, só pelo simples fato dele ser surdo de um ouvido e por ter a pelagem escuta.

Ele é o único onça- pintada da matrilha com a pelagem negra, e isso não agradou a muitos.

Meus pais tentou o matar, deixar outros pedradores o matar, mas quando soube disso, corri ao local que eles o deixou e graças a deusa, nada aconteceu com ele.

Bruno têm uma coisa que eu adoro e odeio ao mesmo tempo, tudo que ele vê um pessoa fazendo, ele imita e as vezes isso acaba o machucando.

Me mexo para me sentar e forço meu corpo para cima, tiro a cabeça do meu companheiro.

Ele é pesado.

-- O alfa daqui é bom? -- Olho para a  sucuri.

-- É. O lionn. -- Ouço ele falar, a voz dele fica mais grave nessa forma. -- Sseu. Cheiro me. Deixa agitado. --

-- É. Pelo jeito estou entrando no cio. -- Bufo.

Não gosto disso, sempre que entrava no cio, tinha que me " satisfazer" com o alfa. Mesmo que eu tenha meu companheiro, lembrar do que aconteceu, me deixa nervosa.

A porta é aberta e por ela, entra um homem branquinho e loiro com um pote na mão, tinha cheiro de mel.

-- Bom dia, tudo bem? Meu nome é Bruce, sou o melhor amigo do Snake, o único na verdade. Ele não gosta das pessoas. Trouxe para você, é meu preferido, mel sempre deixa a minha vida mais docinho. -- O urso fala tudo de uma vez e levanta o pote.

-- Obrigada. -- Falo um pouco surpresa pelo jeito falante dele.

-- Posso me aproximar? Se eu pedir ao Snake, ele vai negar e vai ser falta de educação se deixar aqui e você, que está machucada, vir pegar. Os companheiros tem a tendência de ficar agressivos quando outro macho se aproxima das fêmeas deles, ainda mais quando elas nãos são marcadas e..-- Ele para de falar. -- Tô falando muito né? Desculpa, vou parar. -- Fala com a voz baixa e coça a nuca.

Do risada como a muito tempo não dou. Para um urso, ele é bem comunicativo e sorridente.

-- Meu nome é luna, e.. --

-- Luna? Sabia que o seu nome é usado nas.. -- Ele fica vermelho. -- Desculpa, pôde continuar. --

-- Você pôde se aproximar se quiser. --

-- Têm certeza? Nem me aproximei e o Snake tá me encarando como se fosse me devorar. --

Olho para a cobra que realmente encarava o pobre urso que estava quase se tremendo.

-- Pare com isso. -- Falo e tampo os olhos dele. -- Deixe ele. Pôde se aproxima. -- Sorrio.

Ainda com reseio, o urso se aproxima e dá o pote na minha mão.

-- Obrigada. -- Falo e coloco o pôde na mesinha que tinha ao lado. Não sou fã de coisas doces, nenhum felino de grande porte pelo menos é.

-- Se comer e não gostar, pode devolver tá? Não ficarei ofendido. --

Meu macho Onde histórias criam vida. Descubra agora