| . . . Capitulo 6

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Capítulo 6
"Último suspiro do trauma"

"Você não pode esquecer quem eu sou, você me conhece"

Narrador

Era fato que, Gyuvin escolheria não visitar seu filho. A notícia tinha chegado em seus ouvidos.

Ruinna tinha pousado na noite anterior e possivelmente já estava na casa de Shen. O medo percorria em seu corpo só de saber que aquela mulher estava no mesmo ambiente que seu filho e seu ex namorado, medo da possibilidade dela fazer o que fez consigo nos outros dois. A dor passeava junto ao seu medo, sufocando-o do jeito mais criminoso que o faria ficar em coma no hospital por falta de oxigênio no cérebro.

As lembranças daquela noite, as dores seguintes depois de processar o que havia acontecido e os choros profundos prendidos em seu peito até embarcar para longe eram seus pesadelos cotidianos.

"Vou ver."

Foi a última coisa que falou antes de desligar a chamada, jogando o celular sobre a mesa do trabalho bufando cansado. Pousou a mão em seu rosto, suspirando contra elas.

Em tão pouco tempo, já havia criado uma dependência emocional no filho, e não sabia como viver sem vê-lo durante essas semanas.

Enfrentaria a mulher ou não?

— O que foi? Essa cara aí não me diz coisa boa – perguntou Donghyuck, se espreguiçando na cadeira felpuda.— Conta pro pai aqui.

— Ruinna chegou.

— Oi? – exasperou, indignado. — Que parada é essa?

— Ela voltou ontem a noite e vai ficar hospedada na casa do Ricky. – Bagunçou os cabelos. — Eu preciso ver meu filho, meu garoto, mas aquela demonia-

— É só não ver. – respondeu como se fosse óbvio, fazendo caras e bocas enquanto estalava a língua no ceu da boca.

— Criei dependência emocional nele. – se arreganhou na cadeira de escritório, olhando para baixo pensativo.

— É foda. – encolheu os ombros, sem poder ajudar muito.

— Vou?

— Ir aonde?

— Na casa deles?

— Vai te fazer bem?

— Não.

— Então não vai, oras. – murmurou, digitando no teclado. — Um dia longe de Yujin não vai te fazer mal.

— Nesse exato momento estou querendo voar na casa deles, segurar meu neném e tirar ele de lá. – pigarreou, tirando pelo de Eumppappa de seu uniforme. — Aish!

— Posso te dar um conselho? – perguntou Lee, parando de teclar os dedos e olhando para o amigo que assentiu. — Faça o que seu coração pedir, o cérebro vai entender e vai reprimir. Mas se sair machucado, não diga que avisei.

Aquilo fez Gyuvin refletir.

Não ia doer, certo?

Uma só única vez, talvez.

Saltou da cadeira, pegando o moletom que estava pendurado na mesma, colocando ele por cima de um braço, arrumando o óculos em seu rosto e pegando o celular em cima da mesa.

𝖣𝗈 𝗒𝗈𝗎 𝗋𝖾𝗆𝖾𝗆𝖻𝖾𝗋?  (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora