Quem somos nós?

Utopia formada - Capítulo II

Saí do bar, esperando na porta do mesmo e foi então que se aproximou um carro luxuoso a mim, vidros escuros, algo dignamente vindo de um filme de agentes secretos ou até mesmo máfia, algo bem "virtuoso", na minha opinião.

O exterior do Taxi Delamain Luxuoso apresenta uma carroceria elegante e curvas suaves, combinadas com detalhes futuristas, numa combinação de branco-pérola, as rodas em dourado e os detalhes futuristas também dourados em si. As luzes LED incorporadas na sua estrutura criam uma iluminação ambiente que varia de acordo com o ambiente, dando ao veículo uma presença marcante nas ruas noturnas da cidade. As janelas são revestidas com um vidro inteligente que pode ajustar a opacidade para garantir a privacidade dos passageiros.

A porta do taxi abriu-se e eu, entrei dentro do mesmo. 

Ao entrar no táxi, fui recebida por um interior luxuoso e high-tech. Os assentos são revestidos com materiais de alta qualidade, eu até diria couro sintético de última geração, que proporcionam conforto supremo. No caso, os assentos eram brancos e com o centro em couro. Não estou a fazer publicidade alguma ao carro, apenas estou a ser detalhista para que vocês tenham a noção do tamanho conforto que é na verdade o taxi. 

O mais assustador foi sem dúvida a sua condução autônoma, ou seja, sem a necessidade de um motorista humano.

Enquanto me ajeitava confortavelmente no banco, sozinha, o taxi começou a falar comigo, dizendo o seguinte:

"O Taxi Delamain Luxuoso prioriza a segurança dos passageiros. Além dos sistemas avançados de condução autônoma, o veículo possui protocolos de segurança robustos para proteger os ocupantes de ameaças externas. As janelas são à prova de balas, e o veículo é equipado com tecnologia anti-hack para garantir que a viagem seja segura e privada. Portanto, comecemos por fazer a sua ficha de cliente, começando de imediato pelo nome."

Eu fiquei sem saber para o que estava realmente a ir. De modo a tornar a viagem agradável, disse o meu nome em voz alta, e denotei que ele estava a fazer a minha ficha, mas no entanto, a tentar correr o meu registo criminal.

Não dei bola para tal, e continuei a alimentar a curiosidade do computador. E foi então que percebi que algo não estava bem, foi quando deu um pop-up no computador que estava na parte de trás do banco, com a minha foto, e com toda a minha informação vital, apagando-se de seguida, explicando-me que eu tinha aderido ao plano de segurança prestigie da empresa Delamain, onde ele se asseguraria da minha segurança enquanto viajava e acima de tudo, caso eu apagasse, ele retornar-me-ia a um local daminha escolha, já predefinido, com direito a uma alteração do mesmo.

Escolhi esse local para ser as traseiras do Holo Haven, pelo menos teria o Hector para cuidar de mim.

No decorrer da viagem, o táxi abriu um compartimento do banco, exibindo uma pistola com um pente de 7 balas, carregada, somente para mim, mas manipulada para eu não apertar o gatilho dentro do carro, de modo a não sujar os bancos e a ferir-me.

Eu peguei na arma, examinando a arma com a minha mão direita, observando os seus detalhes em cinza na região do cano, uns traços que pareciam astecas e a sua textura na pega era rugosa mas no entanto era firme, mas nada de padrão militar como os corporativos usavam. Esta arma era única, uma peça encomendada para a ocasião ou alguma coisa de que se quiseram desfazer, talvez uma relíquia, mas acima de tudo, eu questionava-me o porquê de estarem a dar uma arma a uma marginal.

O tempo que passei naquele carro, que foram os meus mais longos 15 minutos, deu-me tempo para estudar um pouco acerca da Arasaka, os seus propósitos nefastos e até mesmo sobre a missão e concluí que entrar dentro do armazém não seria de todo algo fácil.

Após chegar ao local, saí o carro e o Delamain mandou uma mensagem para o meu telemóvel de que me viria buscar assim que eu ligasse, o que me deixou um pouco mais tranquila pois pelo menos a pé, eu já não estaria ou ficaria.