Nos quantos minutos, o Táxi chegou, abrindo o porta-malas sem que eu nada pedisse. Comigo apenas carregava o corpo, pra não mencionar algumas manchas no corpo de sangue que eu agora possuía também. Depositei o corpo da hacker desacordado dentro da bagageira e segui o meu caminho para o lado oposto, de cabeça levantada, quase que orgulhosa de ser aquela "personagem", uma assassina impiedosa.
Assim que comecei a caminhar, de cabeça levantada, fui surpreendida com a travagem brusca de uma SUV preta que decidiu estacionar á minha frente, trancando-me então caminho, e comecei a ouvir um conjunto de passos.
Em menos de nada, fui puxada pelas meus cabelos pretos de forma brutal, ficando com a cara espalmada contra a janela do mesmo. A força com que eu fui agarrada era desumana, fazendo-me ficar totalmente submissa naquele instante, mas não revidei ou retruquei, assim que ouvi o barulho de algo que pareciam ser algemas, foi então que o meu lado sádico subiu ao de cima, fazendo-me lamber o meu lábio inferior, mordendo também pois toda a ação estava aqui a dar-me um frio na espinha.
Mas o meu mundo partiu-se quando ouvi uma voz gélida de uma mulher, que me disse o seguinte:
-Fica quieta, não é como se pudesses fazer muito agora, marginal.
A voz da mulher é distinta, refletindo uma combinação única de autoridade, frieza e calculismo.
O seu tom é firme e controlado, transmitindo uma confiança inabalável para o homem que me sufocava. Cada palavra é proferida com uma precisão meticulosa, sem espaço para ambiguidades. A cadência é deliberada, evidenciando um pensamento estratégico e uma mente analítica, sobretudo determinada.
Sua voz é um instrumento de poder, transmitindo uma sensação de domínio sobre qualquer situação, foi o que eu senti naquela situação.
Quem me prensou ao vidro da carrinha era um homem, um tipo de poucas palavras mas, escusado será dizer que eu nem me consegui debater. De marginal passei a uma tipa com a cara espalmada, aqui me questiono: "quão vergonhoso a situação pode ficar?"
Após esta detenção, viraram-me para eles e eu consegui sentir o olhar do homem que me agarrou a olhar-me de alto a baixo, como se de um pedaço de carne eu me tratasse.
Eu vi 5 engravatados, um perto de mim, 3 um pouco mais distantes e uma mulher.
Ali estava Kamara Blackwell, e vocês perguntam-se: "Como é que eu sei quem é ela? Simples. O meu apartamento tinha televisão."
Para descrever a Kamara, alta, diria na casa dos seus 1, 75 cm com os seus elegantes 63 kg. Ela tem 3 tranças no seu cabelo longas, sendo que 2 são colocadas ao lado, caindo pelos ombros, com metade em loiro e a outra metade em preto, e a terceira, cai por sua vez um ao lado da sua cara. Com os olhos castanho claro, o tom de pele hispânico, um olhar matador, uns brincos também eles em argolas enormes e para a sua indumentária, toda de preto como se a sua vida se tratasse de um constante funeral, blazer, camisa, gravata, calças e por sua vez, os sapatos sociais, tudo preto.
Foi então que a mulher, que terminou o seu cigarro se aproximou de mim, olhando bem fundo nos meus olhos e foi aí que me disse:
-Miúdita, seguramente não és daqui e também seguramente não sabes o que andas a fazer ou com quem te andas a meter, mas, sugiro que fales, direta ao ponto, ou talvez te mostre o que acontece quando uma minorca como tu, que tenta jogar fora da sua liga.
Eu soltei um sorriso, adianta um pouco admirada com a força bruta á qual fui submetida e respondi, sendo um pouco mais tóxica:
-Eu não te vou contar nada, para não falar que a tua abordagem é tão péssima. Tive ex-namorados talvez com melhor capacidade de abordagem do que a tua.
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Quem somos nós?
Science FictionNa tumultuada metrópole futurista de Neo-Orion, onde os arranha-céus tocam os céus e as sombras digitais escondem segredos perigosos, acompanhamos a intrépida protagonista, Nimona, uma mulher de 25 anos, com uma mente afiada, destemida, criada como...