V - O FRUTO PROIBIDO É SEMPRE O MAIS APETECIDO (G!P)

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Acordou ainda antes do raiar do dia, estava se tornando comum Jimin levantar tão cedo e ficar perambulando por seu quarto completamente nua. De sua janela podia ver toda a aldeia, morava com os pais na zona central, onde se concentravam as famílias principais da região. Ela adorava a sensação que dormir sem roupas lhe proporcionava, era quando realmente se sentia à vontade, não tendo que se camuflar sob uma segunda pele. Yu Jimin, como filha caçula do líder, estava se preparando para sua primeira excursão e seria mentira caso não admitisse estar muito nervosa e ansiosa para tal acontecimento. Afinal, tinha dezenove anos e era hora de tornar-se adulta.

Em outro instante a morena poderia estar radiante, mas havia tempos que não esboçava um mínimo sorriso, desagradava-lhe bastante ser tratada como um rapaz ao invés do que via refletida no espelho. Ninguém sabia explicar o motivo dela ter nascido desse jeito, com detalhes femininos da base de seu tronco para cima - uma jovem e bela mulher - e entre as pernas possuía o mesmo órgão genital que um homem. Todos na aldeia sabiam de sua condição insólita, mas mesmo assim ignoravam ao máximo esse fato e a tratavam como um garoto de corpo franzino, branquelo, bom no manejamento de espadas e com leves curvas que começaram a atrair olhares de alguns guerreiros "duvidosos". Isso a assustava, então sempre que podia escapar de suas aulas e treinamentos de batalhas, se embrenhava na floresta à procura de remanso.


- Jimin? - A mãe, Soyeon, entrou cautelosamente não querendo invadir muito sua privacidade. - Ainda é cedo, volte para a cama.


- Mãe, a senhora sabe que não quero fazer isso... - Virou e puxou um pano grosso para cobrir-se, não era tão tímida tendo o olhar de sua mãe sobre seu corpo, mas não parecia de bom tom que a deixasse observando sua ereção matinal. - E mesmo que eu quisesse, estou muito apreensiva com os festejos de hoje à noite e de minha primeira partida amanhã. Eu não quero ir.


- Seu pai e eu conversamos sobre suas excursões e, infelizmente, não pude mudar a mente dele de tê-la ao seu lado daqui por diante. Seu irmão não poderá ir e alguém da família precisa substituí-lo até a próxima temporada.


- Eu sei que preciso carregar o nome da família. Já passamos por esse assunto inúmeras vezes e já aprendi qual o meu lugar, mas...


Sem ter mais o que falar, a mulher saiu do quarto, deixando a filha transtornada enrolando mais ainda o lençol em seu corpo. A branquidão do tecido confundia-se com a pele alva de Jimin, mas não era capaz de esconder o volume de seu membro totalmente ativo e rijo. Ela passou a tranca na porta de madeira, voltou em direção à cama, tirou o lençol e sentou-se. Fechou os olhos e rapidamente a imagem de uma certa garota surgiu-lhe à mente. Lembrando-se perfeitamente de como começara a se apaixonar por aquela loirinha.


Foi numa de suas fugas para o meio do mato. Jimin ouviu uma voz feminina cantando melodiosamente uma música antiga e local. Curiosa como era, resolveu seguir a cantoria e acabou deparando-se com uma aldeã a banhar-se num trecho calmo do rio. Ela conhecia muito bem aquela moça de cabelos longos, lisos e dourados. Minjeong era seu nome, era a filha de um ourives com uma lavadeira. Alguns guerreiros há meses andavam comentando sobre sua beleza, de como era atraente, ainda virgem e nunca sequer havia namorado ou dado moral para algum deles. E, claro, Jimin sabia que a garota de dezenove anos não era para o seu bico, então nunca deu ouvidos aos comentários inescrupulosos, machistas e maliciosos que seu grupo de colegas mantinham todos os dias.

Ciúmes e outros casos de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora