Devolva-me o que é meu

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            Era uma noite chuvosa e escura, e Mary estava sozinho na cozinha de casa, preparando um sanduíche. O silêncio era quebrado apenas pelo som das gotas batendo no telhado e no vidro da janela. De repente, um arrepio na nuca, como se alguém estivesse a observando. Lentamente ela se virou e viu uma mão estranha na janela, com dedos longos e unhas afiadas, arranhando o vidro. Era uma mão pálida e ossuda, que parecia pertencer a um cadáver. Soltou um grito enquanto dava um pulo para trás, deixando cair o sanduíche no chão. A mão continuava a raspar o vidro, como se quisesse entrar.

Mary correu para a porta da cozinha, mas estava trancada. Tentei abrir com força, mas não adiantou. Olhando para a janela novamente viu que a mão não estava mais sozinha. Havia um rosto colado no vidro, com olhos vermelhos e sem vida, e uma boca aberta em um sorriso macabro. Era o rosto de um homem que nunca tinha visto antes, mas que me lembrava os personagens dos livros de terror de Stephen King. Ele a olhou com uma expressão de malícia e sussurrou:

-Eu sei o que você fez.

Mary sentiu um calafrio percorrer o seu corpo e se perguntou o que ele queria dizer com aquilo. O que será tinha feito? Não lembrava de nada que pudesse justificar aquela visita horripilante. Ele continuou:

- Eu vim buscar o que é meu.

A pobre menina não entendia o que ele queria dizer com aquilo. O que era dele? Ela não tinha nada que pertencesse a ele. Ele riu e disse:

- Você sabe do que eu estou falando. Você roubou a minha vida.

Ela ficou confusa e assustada. Mary não tinha roubado a vida de ninguém. Era uma pessoa normal, que trabalhava em um escritório e levava uma vida pacata. Ele mentia ou estava louco. Então ele disse:

- Você é o meu clone.

Mary ficou paralisada de medo e surpresa. Como assim era o seu clone? Como isso era possível? Ele explicou:

- Eu era uma escritora famosa, até que você apareceu. Você foi criada em um laboratório secreto, usando o meu DNA. Você foi programada para imitar o meu estilo e escrever os meus livros. Você roubou a minha fama, o meu dinheiro, a minha casa, os meus filhos, tudo o que eu tinha. Você me deixou sem nada, apenas com esta mão deformada, que foi o único pedaço de mim que eles não conseguiram copiar.

Ela não podia acreditar naquilo que ouvia. Era uma loucura sem sentido. Sabia que não era um clone, que era ela mesmo. Tinha a minha própria história, a minha própria personalidade, os meus próprios sonhos, ao menos era assim que se sentia. Mary sabia que não tinha nada a ver com aquela criatura. Ela estava enganada ou delirando. Então ela disse:

- Não adianta negar. Eu sei a verdade. E agora eu vim me vingar.

Ela bateu na janela com força, fazendo o vidro se estilhaçar, entrou na cozinha, arrastando a sua mão mutilada pelo chão, aproximou de Mary, com um olhar de ódio e sede de sangue. Então disse:

- Prepare-se para morrer.

Ela tentou fugir, mas a criatura foi mais rápido. A agarrou pelo pescoço e apertou com força. Mary sentiu o ar faltar nos meus pulmões e a vida escapar dos meus olhos. A última coisa que ouviu: "Adeus, clone". E tudo ficou escuro.

10 Roteiros para Pesadelos: Acabando com suas noites de sonoOnde histórias criam vida. Descubra agora