[EM ANDAMENTO] O ano de 2087 nasceu com a promessa de mudanças pela Governança Mundial para a sociedade que convive com a alta tecnologia, mas com a baixa qualidade de vida no cenário devastado pelos efeitos catastróficos da vacina que prometia a cu...
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devaneios por emmagrant
#ogadodele
❗ POSSÍVEIS GATILHOS: USO DE DROGAS INJETÁVEIS
(próxima atualização 30/11)
Ele acabou não indo atrás de Jimin. Ficou deitado no sofá, encarando o teto do apartamento após amassar o desenho que havia encontrado. Seus pensamentos vagavam incessantemente por todas as possibilidades, desde as mais prováveis até as menos plausíveis, sobre como aquele desenho poderia ter sido feito antes mesmo de ver o rosto de Jimin. Nada parecia se encaixar, e o mistério continuava a desafiar sua compreensão.
— Vou dormir que a paranoia passa... — disse, suspirando cansado de tanto pensar.
Agarrou a almofada em formato da sua boneca cabeçuda favorita e, revirando-se de um lado para o outro, não percebeu quando o sono chegou. Embalado pelo som distante do trem de alta velocidade passando no final da rua e pelo zumbido constante do ventilador acima da sua cabeça, ele se entregou ao descanso, buscando alívio no esquecimento temporário dos enigmas que o perturbavam.
Distante da realidade e imerso em uma paisagem dominada por tons de azul, com o resto do cenário em preto e branco, ele se deparou com um pequeno bolinho com cobertura cremosa azulada espalhada pelo chão. Aproximou-se do doce, um sentimento de frustração surgindo ao imaginar que poderia tê-lo comido, mas logo sua atenção foi capturada pelas letras azuis que formavam a palavra "coma-me", derretendo lentamente no chantilly azulado. A trilha encantada das palavras se estendia entre portas de planadores enferrujados, braços de protótipos deteriorados e placas de CPU antigas, levando a um túnel envolto em uma escuridão onde seus olhos não conseguiam mais penetrar.
Sem hesitar, ele seguiu a direção das letras iluminadas, que piscavam como pequenas lâmpadas LED, até que a luz do seu caminho se desfez completamente. Ele se viu sozinho na escuridão silenciosa, imerso na melancolia de um céu que parecia ser consumido pela solidão de um eremita vagando sem rumo.
Foi guiado, sem perceber, para o vazio, afundando em uma queda livre que o devorava, mergulhando no desconhecido. Seus olhos se fecharam com força, preparando-se para o impacto iminente com alguma superfície, mas nada aconteceu. Lentamente, ele os abriu novamente, encontrando-se envolto na calma de tons de lilás que substituíram o azul, destacando-se em um cenário ainda em preto e branco. Alguns passos adiante, o púrpura do tecido acetinado envolvido ao corpo repleto do mistério da epiderme da raposa-vermelha, fez-se presente aos seus estímulos.
A presença majestosa de uma árvore coberta pelos tons inertes de seu sonho opaco apareceu diante dele, o mesmo tipo de vegetação que enfeitava as paredes acinzentadas da Irmandade. Contudo, aqui, a árvore parecia desprovida da vida vibrante que ele lembrava em seu sprawl. O odor doce e familiar começou a dançar em suas narinas, atraindo-o como uma serpente à espreita de sua presa desprevenida. Seu choque foi evidente ao notar que a pessoa sentada em um dos galhos da árvore robusta tinha o mesmo rosto de Jimin. No entanto, havia algo de intensamente diferente em seu semblante; por alguma razão, Jungkook sentiu que não era o mesmo ômega anarquista e rebelde que sempre revirava os olhos e respondia de maneira atravessada.
