Louise é uma típica adolescente do ensino médio que sonha em encontrar um grande amor, mas o destino acaba pregando algumas peças em sua vida quando ela conhece Jimin ao mesmo tempo em que ela se reaproxima de seu vizinho Hobi.
O mundo de Louise vi...
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Hobi está vindo na nossa direção com alguns livros na mão e um lindo sorriso no rosto. Me levanto e começo a acenar animada, mas algo atrás dele chama a minha atenção.
Em meio às pessoas que circulam apressadas, vejo novamente o homem que esbarrei mas cedo na secretaria. Ele passa rapidamente, mas a lembrança daqueles olhos brotam na minha cabeça em um estalo.
Eu sei quem é esse homem!
Como eu não o reconheci imediatamente? Aqueles olhos carregados de ódio atormentaram os meus sonhos por meses! Como eu não o reconheci?
É o pai do Jimin! Ele está com os cabelos raspados e parece que perdeu um pouco de peso, mas sei que é ele.
— Não pode ser! — Falo levando as minhas mãos a boca, assustada e incrédula com o que estou vendo.
— Ise, você está bem? — Ouço Julia perguntar, mas não consigo desviar os olhos daquele homem.
— Ise? — Bebel surge no meu campo de visão. — Você tá bem? Você ficou pálida de repente.
Eu escuto minhas amigas falarem, mas o meu cérebro não consegue processar nenhuma palavra, a única coisa que consigo pensar agora é que Jimin está correndo perigo.
— Onde o Jimin está? — Pergunto desesperada.
— Jimin? Por que tá perguntando dele assim do nada? — Bebel responde confusa.
— É sério! Você sabe onde ele está agora? — Falo seriamente e acho até que minhas palavras saíram um pouco agressivas.
— Não sei, talvez no laboratório. — Bebel responde me olhando com olhos arregalados.
— Me desculpa, mas eu preciso encontrá-lo. — Falo e tento ir embora, mas Julia segura o meu braço.
— Ise? Espera aí! Tá doida menina? Que viagem é essa agora? — Ela fala.
— O pai do Jimin! Aquele homem que eu esbarrei na secretaria é o pai do Jimin! — Respondo apressada me desvencilhando das mãos dela.
— O que? O pai do Jimin está aqui? — Ouço Hobi perguntar, por alguns segundos me esqueci totalmente que ele estava se aproximando.
— Sim! Por isso preciso achá-lo antes que aquele monstro o ache. — Respondo e as minhas pernas se movem automaticamente, correndo apressada em direção aos laboratórios de enfermagem.
Atravesso o campus tão rapidamente que até me surpreendo quando chego nas escadas. Subo os degraus apressada, indo em direção ao local onde sempre o observo de longe. O laboratório de testes patológicos, é onde Jimin passa a maior parte do tempo, mas hoje ele não está aqui.
Confiro todos os cinco laboratórios e a sala de estágio, mas não encontro Jimin em lugar algum. Será que ele não veio a faculdade hoje? Será que ele não veio porque o pai dele o machucou novamente?
Esse último pensamento faz com que o ar desapareça dos meus pulmões e preciso me escorar na parede para recuperar o fôlego.
— Ise? Ise? Ise? — Ouço vozes me chamando e logo em seguida vejo Hobi e minhas amigas correndo na minha direção.
— Ise? O que você tá fazendo? — Hobi pergunta assim que me alcança.
— Você não ouviu? O pai do Jimin está aqui no campus, precisamos avisar a ele. — Respondo.
— Por que você precisa fazer isso? Não é problema seu! — Ouvir essas palavras do Hobi me deixa irritada.
— Por que eu preciso fazer isso? — Repito a pergunta dele incrédula. — Você ouviu a história que a mãe dele contou, não ouviu? Você sabe que o pai dele quase o matou e está me perguntando, por que eu deveria alerta-lo sobre isso? Você tá brincando, né?!
— Não! Não estou brincando! Você não deveria se intrometer nisso, pode ser perigoso. — Ele responde friamente.
— Perigoso? O único que está em perigo é o Jimin. — Respondo indignada.
— Calma gente! Não briguem. — Bebel se intromete.
— Você tem razão, precisamos alerta-lo, mas acho que não vi o Jimin hoje aqui na faculdade. — Bebel diz calmamente.
— Posso tentar conseguir o endereço dele na secretaria, eu acho que o menino da parte da tarde tá afim de mim, acho que ele me faria um favor. — Julia fala.
— Sim! Vamos fazer isso! — Respondo e corremos todos juntos até a secretaria.
— Tá bom! Deixa comigo. — Julia diz assim que chegamos e ela se aproxima do balcão onde o rapaz está sentado.
— Eai Julia! Que bom te ver aqui. — O rapaz diz com um sorriso largo no rosto.
— Oi Rick, vim te pedir um favorzinho. — Julia responde toda dengosa.
— Ah gata, você sabe que eu não posso fazer nada quanto as horas de estágio. — O rapaz responde.
— Fica tranquilo, não é nada disso. Eu só preciso saber o endereço de um aluno.
— O endereço? — O rapaz pergunta um pouco desconfiado.
— É que ele não entregou a parte dele do trabalho e vamos todos tirar zero se não pegarmos isso hoje. Você pode me fazer esse favor? — Julia segura na mão dele com um olhar angelical e o rapaz abre um sorriso bobo.
— Tá bom! Mas ninguém pode ficar sabendo. Qual o nome dele?
— Park Jimin do curso de enfermagem. — Julia diz prontamente.
— Oh! Hoje é o seu dia de sorte, o endereço dele está bem aqui. — O rapaz diz e entrega uma folha de papel a Julia.
— Você costuma ter o endereço dos alunos em cima da mesa? — Julia pergunta.
— Claro que não. — O rapaz responde. — Acontece que o pai dele pediu essa informação hoje mais cedo, acho que ele queria fazer uma surpresa pro filho.
As palavras do rapaz fazem a minha cabeça girar. Era isso que o pai do Jimin estava fazendo aqui mais cedo.
Pego o papel com o endereço das mãos de Julia e quase passo por cima dela para chegar ao balcão.
— Você deu o endereço pra ele? — Pergunto para o rapaz.
— Claro que sim, era o pai dele. — O rapaz responde e antes mesmo que ele terminasse de falar, eu já estava saindo pelas portas de vidro.
Minhas pernas se movem tão rapidamente que em poucos minutos chego a entrada do campus e estou fazendo sinal para um táxi.
— Ise! Espere, não vá até lá! — Hobi tenta me impedir de entrar no táxi. Ele me encara com olhos aflitos e segura meus ombros com força.
Sei que não é justo com ele e que deve ser difícil ver que estou preocupada com o meu ex namorado, mas só de imaginar aquele homem machucando o Jimin novamente, o meu coração quase para.
— Eu sinto muito, mas eu preciso ir até lá..., eu realmente preciso ver que ele está bem. — Respondo e entro no carro logo em seguida.
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