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🔊Arraste a foto para o lado e leia ouvindo a música sugerida 🎵
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Quinze de julho, é a data que a professora escreve no quadro negro. Essa é a minha última aula do dia e eu deveria estar prestando atenção no que a professora está falando lá na frente, mas eu só consigo pensar que, provavelmente para a professora e para todos os outros alunos, hoje é só mais um dia comum, mas não é verdade.

Há exatamente seis meses, os meus dias deixaram de ser comuns e monótonos, desde que Jimin pediu para namorar comigo.

Nos vemos quase todos os dias. Algumas noites ele janta na minha casa, outras noites vamos ao cinema ou a lanchonete, nenhum dia é igual ao outro, exceto por ser um ritual irmos à praia todas as tardes para que Jimin possa surfar ou para ficarmos nas pedras onde nos beijamos pela primeira vez. Aquele lugar virou o nosso favorito para namorar e planejar o nosso futuro.

É incrível como Jimin me completa, parece que fomos feitos um para o outro, quando não estou com ele, estou pensando nele. Estamos conectados, física e emocionalmente.

Tenho que admitir que a parte física é muito forte..., não chegamos transar ainda, porque não me sinto preparada, mas admito que as vezes passamos dos limites.

Vocês devem achar que sou louca né? No nosso primeiro encontro, eu praticamente me atirei em cima dele e agora que estamos namorando fico me segurando. É um pouco estranho, mas estou tentando manter a promessa que fiz pra minha mãe.

Assim que comecei a namorar com Jimin, ela sentou comigo para aquele papo extremamente constrangedor sobre sexo e ela pediu que eu esperasse pelo menos até chegar aos dezoito anos.

Eu estou tentando..., e tenho que admitir que não está sendo uma tarefa fácil, preciso me esforçar muito às vezes. Jimin é bem compreensivo quanto a isso, apesar de gostar de me provocar, e acreditem..., ele sabe fazer isso muito bem.

As minhas amigas, Julia e Bebel, às vezes sentem um pouco de ciúmes porque agora não passarmos tanto tempo juntas como antes, mas a gente sempre dá um jeito de fazer alguma juntas. Afinal, foram elas que sempre estiveram ao meu lado.

Hoje combinamos de almoçar na minha casa depois do colégio.

Depois que a aula termina, encontro elas no pátio do colégio para irmos juntas para a minha casa.

— Esse lance com Jimin está sério mesmo né amiga? – Julia pergunta olhando para a fotografia que está presa no espelho da minha penteadeira.

É uma fotografia em que estou com Jimin nas pedras, é a minha foto favorita de nós dois, ele está beijando minha bochecha e a felicidade transborda no meu sorriso.

— É mais do que sério, somos almas gêmeas. – Respondo com um sorriso bobo no rosto.

— Humm..., você está tão apaixonada. – Julia me abraça.

— E você já conheceu a família dele? – Bebel pergunta.

— A família inteira não, só a irmãzinha dele. Às vezes ela vai à praia com a gente. — Respondo.

— Ele ainda não te levou na casa dele? – Bebel parece indignada.

— Não... – Respondo cautelosa, pela expressão que minhas amigas estão fazendo, tenho certeza que tem algo errado.

— Por que ele ainda não te levou na casa dele? – Julia se junta a Bebel.

— Eu sei lá..., acho que nunca surgiu uma oportunidade. — Na verdade, eu nunca pensei muito sobre isso.

— Olha Ise, não me leva a mal, mas isso é um pouco estranho. – Julia franze a testa com uma expressão de reprovação no rosto.

— Eu ouvi dizer que a família dele é bem reservada, a mãe dele quase não sai de casa e o pai não costuma conversar com os vizinhos. – Bebel cochicha baixinho, como se não quisesse que ninguém escutasse o que ela está falando, apesar de só estarmos nós três no quarto. – Eu escutei boatos de que os pais deles brigam muito.

— Acho que o pai dele é um pouco distante da família por causa do trabalho..., mas nunca entramos a fundo no assunto. – Eu começo a ficar pensativa, porque Jimin realmente quase não fala nada sobre a família dele. — Acho que ele não gosta muito de falar sobre o pai e eu nunca quis parecer intrometida. — Termino de falar.

— Ise acorda! Você é namorada dele e conhecer a família dele é o mínimo para oficializar uma relação. – Julia protesta. – Se ele leva esse namoro a sério de verdade, por que ainda não te apresentou para a família dele?

— Eu concordo com a Julia. Quando o namoro é sério, o correto é o namorado nos apresentar a família. – Bebel concorda e eu fico calada por alguns instantes pensando em tudo o que elas acabaram de dizer.

Jimin nunca me levou na casa dele e sempre fala muito pouco sobre seus pais. Lembro que ele me disse que às vezes ele não se entende com pai, mas nunca entrou em detalhes.

Por que será que ele nunca me levou pra conhecer os pais dele?

— Acho que ele vai me levar quando estiver pronto. – Respondo tentando me convencer de que isso é verdade.

Quero acreditar que Jimin tem um bom motivo pra isso e também não quero ficar irritada sem antes perguntar a ele.

— E o menino do terceiro ano Bebel? Como estão indo as coisas? – Pergunto para mudarmos de assunto, porque eu realmente não quero por caraminholas na cabeça.

Vou perguntar sobre isso hoje a noite quando estivermos Juntos. Com certeza Jimin vai esclarecer tudo.

— Estamos indo bem. – Bebel responde apesar da expressão desconfiada, ela sabe que eu mudei de assunto de propósito. — Vamos sair hoje de novo.

— Que legal amiga, tomara que vocês comecem a namorar. – Respondo feliz por ela ter aceitado deixar o assunto sobre a família do Jimin de lado.

Julia revira os olhos percebendo o que aconteceu, mas também não insiste no assunto.

Passamos o resto do dia falando sobre meninos, compras, maquiagem e contando nossas experiências com os nossos namorados.  Como sempre, eu não tenho muita coisa pra contar porque tecnicamente ainda sou virgem, mas falo sobre as "brincadeiras"safadas que sempre rola entre nós.

Elas ao contrário de mim, não são mais virgens, então as histórias delas são sempre mais interessantes, por isso eu escuto e aproveito para tirar todas as minhas dúvidas, porque eu não posso falar sobre essas coisas com a minha mãe.

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Obrigada por ler até aqui.

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Continua...

**Música: More (Jhope)

My First LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora