Flechas de menos, problemas demais

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Notas da autora:
E finalmente veio aí o segundo capítulo! Está sendo uma delícia escrever essa história, espero que você esteja gostando de acompanhá-la! Se puder, ouça as músicas dedicadas a cada capítulo: elas têm a atmosfera que eu quis trazer para a cena (e muitas vezes podem até conter alguns spoilers do que virá 👀). A música dedicada a este é Homesick, de Wave to Earth (a versão sped up é MUITO boa!). Te desejo uma boa leitura, e cuidado com os cupidos desastrados!

     Dazai e Chuuya estavam sempre discutindo sobre absolutamente qualquer coisa

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Dazai e Chuuya estavam sempre discutindo sobre absolutamente qualquer coisa.

Geralmente, era Chuuya quem falava mais, reclamando sobre o comportamento irresponsável de Dazai e o xingando de todos os palavrões possíveis. Em outras ocasiões, era Dazai quem implicava com o colega e o acusava de ser tão sem graça.

Independente do motivo, eles sempre estavam falando. Brigar, discutir, provocar, não importava: sempre existiam palavras para serem trocadas entre os dois.

Mas, pela primeira vez, tanto Dazai quanto Chuuya ficaram em completo silêncio.

No fundo, eles sabiam que não precisavam dizer nada: os dois tinham plena noção do quão grave era aquela situação.

A regra número 1 dos cupidos era a mais temida por um simples motivo: o cupido que errasse seu alvo seria punido com o pior dos castigos. Perderia seu arco, suas flechas, suas asas e, principalmente, sua imortalidade.

Seria transformado em um humano.

E, para restabelecer o equilíbrio, o humano atingido pelo erro deveria se tornar um cupido.

A ausência de sons externos fazia com que o alarme dentro da cabeça de Dazai disparasse a toda.

Tudo deu errado.

Ele colocou uma mão na testa e começou a recapitular os eventos: ele pegou o arco no chão. Chuuya gritou com ele. Ele mirou perfeitamente no peito de Akutagawa. Atirou na hora errada. Quebrou a regra número 1.

Dazai deu um suspiro.

— É. Realmente me ferrei — começou, subindo no parapeito do prédio. — O jeito é me matar. Adeus, Chuuya.

Chuuya, que até então estava petrificado, arregalou os olhos.

— Do que você está falando!? Não pode se matar.

— A morte vai doer menos.

— Sim, mas você é a porra de um cupido e tem asas.

— Vou me certificar de não batê-las.

Dazai colocou um pé para fora e se preparou para deixar o corpo cair para frente quando sentiu um súbito puxão em uma das asas.

— Não faça isso — Chuuya disse cuidadosamente. Dava para sentir um certo nervosismo na voz dele. — Vamos pensar em algo.

Manual do Cupido para Finais Felizes - uma fanfic shin soukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora