O que era para ser um momento descontraído entre amigas, se tornou um clima pesado. Utahime desesperadamente tentou se justificar dizendo que não sabia de nada e é claro que ela não sabia, Satoru tem a mania de fazer as coisas sem que os outros saibam. Então era por isso que ele agiu estranho dizendo que tinha assunto a tratar.
Respirei fundo e logo sinto minha mão ser entrelaçada com a de Shoko e a mesma me passar um conforto com olhar.
- Apenas vamos nos divertir e mostrar a ele a grande gostosa que perdeu.
- Tsc - Abri um sorriso diabólico ao notar que as músicas que começaram a serem tocadas eram brasileiras, mais especificamente funk - ele irá se arrepender essa noite.
- Eu já acredito que no final da noite você irá parar na cama dele - Mei Mei deu uma risada se afastando.
Peguei um copo da bandeja e virei de uma só vez, era tequila. Meu corpo esquentou e aos poucos fui entrando no ritmo da música, com Shoko por trás de mim fomos rebolando juntas em sincronia. E nesse momento eu jurei que Sukuna iria passar noites em claro por ter me feito de otária todo esse tempo.
Utahime estava em um canto discutindo com Satoru, Mei Mei dizia algo para Nanami que estava com uma cara emburrada, Ryomen havia sumido da minha vista e isso fez meu estômago revirar pensando na possibilidade dele estar com outra mulher. Não que isso seja algum problema para que eu me preocupasse, mas ainda sim incomodou. Desviei meu olhar para Higuruma e o mesmo me observava com uma mão no bolso e a outra bebericava o que aparentava ser whisky, seus olhos me chamavam a atenção de tão atraentes, droga, eu preciso dar um jeito de tirar uma casquinha desse homem.
Gojo pov;
Desde aquela noite que aconteceu a tempestade, tive um pesadelo com Suguru. Não me lembro exatamente do que se tratava, mas era como se o mesmo me pedisse ajuda.
Sukuna havia se afastado de s/n assim como eu havia planejado, mas a dor de vê-la pelos cantos em uma bolha que ninguém conseguia entrar me fazia questionar o que era certo e o que era errado. Obviamente os crimes que ele havia cometido no mundo feiticeiro não possuíam o mesmo peso que os dos humanos, mas ainda sim eram julgados de maneira severa. Enfim, depois de seis meses sentindo o gosto amargo de ter destruído a felicidade de quem jurei proteger, decidi procura-lo.
Achar Sukuna não foi fácil, mas posso dizer que também não foi difícil. Sabia que ele iria ficar por perto, então eu precisava de um momento que S/n sentisse alguma emoção como saudade, angústia, felicidade... qualquer coisa que me desse um indício de sua presença. Ainda me lembro perfeitamente das dicas que Suguru me passou antes de morrer, uma vez que ela admite os sentimentos que possui pela pessoa, é como se fosse um contrato unilateral firmado por ela em que a mesma passa a sentir tudo que a outra pessoa sente. Porém, tinha um problema, Sukuna não é estupido em deixar transparente suas emoções.
Uma certa noite quando ela era carregada para sua casa com ajuda de Shoko eu escutei ela murmurar que se sentia triste e ao mesmo tempo assustada. Apesar da melhor amiga afirmar que era pela falta dele, a Geto insistiu dizendo que era além disso, um sentimento sem motivo aparente. Foi então que comecei a vasculhar e o encontrei se afastando da casa da mesma.
- Então aqui está você.
- Sai do meu caminho, Gojo. Eu me afastei como você me pediu, não me irrite.
- Preciso que volte.
Desde aquele dia tentei convencê-lo de todas as maneiras a voltar, mas o mesmo dizia não ser um cachorrinho que seguia ordens. Era irritante a forma como ele parecia despreocupado com a situação, mas eu entendia que era ao contrário disso. Sukuna estava doido para voltar para a vida de S/n, disso eu tenho certeza, mas apesar de que eu não fosse mais a sua barreira... A escola seria, principalmente os superiores que estão o caçando.