Eu cheguei em casa, depois de mais um dia de escola. Desde meu encontro com Han, se passaram duas semanas, a gente conversa uma vez ou outra, mais já faz mais de cinco dias que não conversamos, e nem nos vimos nesse tempo. A corrida desse final de semana foi cancelado por causa da previsão de chuva que vai ter no dia, tá marcado pra cair uma chuva forte de vento.
Quando cheguei em casa hoje, meu pai já estava em casa, eu até estranhei isso. Mais parece que ele não esperava eu chegar tão rápido. Ele estava com uma toalha enrolada na cintura, enquanto pegava algo na geladeira.
- oi pai- eu falo e ele se vira pra mim, seu olhar transmitia um certo desespero, e eu não entendi muito bem aquilo.
- chegou cedo hoje- ele fala e sorri nervoso.
- pai eu chego todo dia esse mesmo horário- eu falo e cruzo os braços.
- e verdade né?- ele fala e coça a cabeça.
- com que está falando amor?- ouço una voz feminina nas escadas, e vejo uma mulher muito bonita descer as escadas, ela é alta, loira dos olhos azuis, parecia uma modelo, e ela usava um roupão, ela parecia simpática.
Amor? Que caralhos está acontecendo aqui? Eu olho pro meu pai esperando uma explicação, mais ele me olhava desesperado, ele sabe que fez merda, ele sabe bem disso, por que o olhar dele me falava isso, mais ele não diz nada, ele apenas fica calado me olhando com medo. Ele esqueceu minha mãe tão rápido assim?
- fico feliz que está seguindo sua vida pai- eu falo e meus olhos marejam.
Eu dou meia volta e saio por onde entrei, não queria ficar ali, na mesma casa onde vivemos com minha mãe, e onde meu pai acabou de transar com outra, e é horrível pensar nisso, chega a ser nojento. Eu começo a andar sem rumo e sem saber pra onde ir, então eu apenas vou até uma loja de conveniência e compro algumas besteiras pra comer, já que estava com fome. E vou pra uma praça aqui perto e fico sentada no chão encostada em uma árvore enquanto comia alguns salgadinhos que comprei.
- Sophia?- ouço alguém me chamar e eu olho ao redor até ver Han com algumas sacolas na mão.
- ah.... oi!- eu falo e sorri mínimo.
- o que faz aqui?- ele pergunta olhando ao redor.
- bom.... acho que aqui é um lugar público- eu falo e vejo ele ficar sem graça, e sei que falei merda, não precisava ser grossa assim com ele- perdão, estou estressada, só estou dando uma volta- eu falo e ele assente.
- está tudo bem?- ele pergunta.
- está sim, eu só.... sai pra dar uma respirada.
- entendi- ele fala e encara as próprias mãos- quer companhia?- ele pergunta.
- não está com pressa?- eu pergunto apontando para as sacolas em sua mão.
- ah....- ele lembra de algo- eu só tenho que deixar isso em casa, que ir comigo?- ele pergunta e eu olho pra ele, o que ele está fazendo? Por que ele quer tanto se aproximar assim?
- não obrigada, logo tenho que voltar pra casa- eu falo baixo e abro uma latinha de refrigerante.
- se ficar aqui, vai pegar uma chuva forte- ele diz olhando para o céu nublado- vamos!- ele fala vindo até mim e pega minha mão me ajudando a levantar, e não sei por que, mais eu não consegui contestar.
- eu não vou incomodar?- eu pergunto enquanto andávamos em direção ao seu carro chique.
- claro que não, vem!- ele fala e me puxa até o carro.
Ele abre a porta do carro pra mim, e eu fico meio constrangida com seu ato, ninguém nunca fez isso pra mim, ates de eu entrar no carro eu olhei para o céu, e pude ver as nuvens escurar, parece que vai chover muito mesmo. Eu entro no carro e ele logo fecha a porta e dá a volta no carro e entra no mesmo, logo dando partida no carro.
(......)
Não demorou muito e Han estaciona o carro em frente uma mansão. Viemos em silêncio o caminho inteiro, mais não era um silêncio desconfortável, só apenas aproveitamos o silêncio. Quando chegamos pude ver uma casa simples mas que parece ser aconchegante. Han sai do carro e eu faço também. Fico alguns segundo observando a faixada da casa.
- quando vim pra ca, aluguei essa casa por enquanto- ele fala ao meu lado também observando a casa.
- é linda- eu falo e ele sorri.
- você tem que ver por dentro, vamos- ele diz e começa a andar em minha frente mais eu fico parada, e quando ele percebe minha ausência ele para e se vira pra mim.
- o que foi?- ele pergunta.
- pode ir, vou ficar aqui te esperando- eu falo cruzando os braços e ele revira os olhos.
- vamos logo, não vai demorar pra começar a cair uma tempestade- ele fala.
- então eu preciso ir pra casa, antes que essa chuva me prenda aqui- eu falo e pego minha bolsa no carro, e ouço seus passo se aproximar de mim.
- por favor, entra- ele fala baixo e eu olhos em seus olhos- não tem ninguém aqui, e..... te levo embora quando quiser, mais.... entra pelo menos para comer algo- ele fala e eu sorri debochada.
- vai me convencer com comida?- eu pergunto brincalhona- tem chocolate quente? E ótimo para dias chuvosos- eu falo e ele ri de mim.
- tem sim, vamos!- ele fala e pega em minha mão me puxando com ele.
E esse simples ato me fez arrepiar dos pés a cabeça. Segurar sua mão, ou até mesmo tocar em qualquer parte do seu corpo me faz ficar assim, e o pior, é que é assustadoramente bom, sentir isso, sentir esse leve frio na barriga e muito bom. Eu tiro isso da cabeça quando passamos pela enorme porta de madeira, e logo de cara, na entrada tem uma sala com mesa de centro, piso de madeira, sofá de canto, uma poltrona, tapete bege, plantas maravilhosas que tenho certeza que minha mãe amaria. Quadros espalhados pela casa, que pra mim não fazia sentido nenhum as pinturas. Vai entender.....
- vem vou fazer algo pra gente comer- ele diz enquanto andávamos pela casa- por isso fui comprar algumas coisas- ele explica.
- minha mãe adorava cozinhar, ela ja me ensinou algumas coisas- eu falo rindo e lembrando de quando a ajudava a confeitar sobremesas.
- sua mãe.....- ele para de falar e se vira pra mim e percebi que paramos em um corredor pequeno.
- e.... minha mãe faleceu já tem quatro anos, então.... tá tudo bem- eu falo e ele assente meio triste.
- sinto muito- ele diz e eu sorri mínimo.
- tá tudo bem- eu falo e olho pra frente.
- bom.... vem- ele fala e solta minha mão seguindo em frente.
Continua.......
VOCÊ ESTÁ LENDO
♡No ritmo do coração♡
ActionSophia Collins, uma garota simples e filha única, de uma família importante na cidade de San Diego(Califórnia). Seu pai é o delegado mais conhecido da cidade, quanto sua mãe, foi uma enfermeira bem sucedida, que infelizmente faleceu. Sophia adora um...