Ato IV: a face de um monstro

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François La Rochefoucauld dizia: "O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades

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François La Rochefoucauld dizia: "O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades."

Ela está morta. Aquilo soou na mente de Jisung e ele quase sentiu alívio, mas ao olhar para Minho que se mantinha analítico, soube que o outro agente tinha pensamentos diferentes. Ao sair da cena do crime, depois de muitas análises, reuniram-se para discutir a nova informação.

Aquilo estava matando Jisung de dores de cabeça e ele sentia-se correndo contra o tempo.

- Não, não está. - disse Minho, finalmente, ao ter todos reunidos. - Ela não está morta.

Cada par de olhos focou no Lee.

- Ah... a certidão de óbito diz que ela morreu de overd... - Jeongin começou, contudo, foi interrompido. Hyunjin colocou uma mão discreta no ombro do mais novo, como se o aconselhasse a não contrariar Minho.

- Jisung, você comentou comigo sobre o conteúdo da primeira carta que ela lhe enviou. Poderia repetir aos outros? - Era uma pergunta retórica, é claro.

- Ela basicamente me agradecia e dizia que não gostaria de levar o mesmo nome que seu pai, a quem ela chamou de monstro - articulava, recuperando sua memória de um tempo passado, lembrando-se daquela caligrafia elegante que, agora, o assombrava. - Ela escreveu que se pudesse, recomeçaria de novo...

Todos entenderam o porquê de Minho ter sido tão enfático ao acreditar que ela estava viva.

- Ela foi enterrada? - Questionou Jisung, em uma pífia esperança.

- Não. Cremada. - Hyunjin respondeu, deixando na tela de seu computador os papéis sobre a morte da garota, para que todos observassem as informações e tirassem suas próprias conclusões.

Minho soltou um suspiro, odiando-se por estar certo. Encarava Han. Ele detestava o fato de não poder fazer nada para proteger aquele garoto e constantemente se via perseguindo-o com os olhos, sempre atento a qualquer perigo iminente que ele pudesse enfrentar.

Jisung afundou na cadeira. Felix, ao seu lado, passou um braço por seus ombros e o tranquilizou.

Chris não gostava da impotência de não poder ajudar sua equipe. Muitos diziam que ele parecia um paizão dos outros agentes, mas só ele sabia a pressão que sentia por sua própria consciência para os ver sorrir, mesmo com o trabalho que tinham.

- Fora os pais mortos, Misook tem algum outro familiar vivo? Alguém a quem ela pudesse recorrer e pedir ajuda? - Seungmin questionou aos agentes que ainda vasculhavam informações em seus computadores.

Jeongin digitou rapidamente algo em seu teclado e a resposta veio em segundos:

- Nada, somente parentes distantes com quem ela nunca teve contato.

Causa Mortis: obssesioOnde histórias criam vida. Descubra agora