𝐑𝐎𝐘𝐀𝐋 𝐀𝐍𝐃 𝐑𝐄𝐁𝐄𝐋; PARK JIMIN

Capítulo 35 - Euforia

AMBER SUMMER
POINT OF VIEW;

Querer ficar e o mesmo que fugir, e fugir e o mesmo de ser covarde.

Covarde

Foi disso que ele me chamou, de covarde.

O ser humano e disposto de coragem e pervisade naturalmente, é um mecanismo de defesa, mas existem pessoas que tem esse mecanismo mais elevado do que as outras, oque as torna extremamente psicopatas e narcisistas.

Jungkook não vale o chão que pisa, e os sinais dessa tese estavam todos na minha frente, por todos esses anos, desde o início, desde a forma com que ele me abordou na balada, no início de tudo, até mesmo no momento em que ele me drogou e fudemos no corredor.

E eu ainda sou a covarde? Sorri me olhando no espelho do elevador, me sentia nova e restaurada, por ter resolvido os problemas com o Park oque tirou um grande peso da minha alma, e por ter me libertado de Jungkook e suas loucuras.

O chaveiro de pérolas carregava duas únicas chaves e eu sorria feita boba por carregá-las, quando o elevador parou no décimo quinto andar, sai saltitando de felicidade pelos corredores até parar na porta do apartamento 480.

Abri a porta numa euforia que não era minha, sentia que aquele lugar me traria felicidades nunca imagináveis por mim, não sei explicar, era uma felicidade incrível, inacabavel e inexplicável.

O apartamento era médio, paredes brancas prontas para receber quadros e pinturas coloridas, lustres de cristais, dois quartos, três banheiros, uma cozinha e uma sacada.

Sozinha observei o anoitecer de Seul, a capital movimentada, as pessoas desciam dos ônibus, entravam, umas iam trabalhar e outras chegavam do trabalho, exaustas, algumas mulheres que tinham que chegar em casa mesmo exaustas e fazer comida para o marido e filhos, limpar a casa, cuidar se si e dormir, outros eram jovens universitários que iam aos seus cursos, adolescentes uniformizados que estudavam a tarde e ainda estavam na rua conversando com os alunos ou em lojinhas gastando o dinheiro dos pais, artistas de ruas tocando violão, piano e violino, tantos cenários, tantas vidas diferentes, tantas condições físicas, psicológicas e financeiras.

Tantas batalhas diárias, sonhos e objetivos, a maior parte mortos pelo capitalismo, o sistema é cruel, a cidade e uma selva é poucos vão ganhar.

Um suspiro de alívio saiu, eu estava tão segura em um bolha, querendo ou não a minha classe social eram daqueles que exploram os que eu observo agora, os trabalhadores. Sendo injusto ou não, não há nada que eu possa fazer para mudar isso, e um sistema que comanda todos, não uma pessoa só.

[...]

Definitivamente não tenho roupas para ocasiões como estas, nunca trabalhei em um escritório, então quando passei pelo corredor principal todos que lá habitavam me olharam, me sinto adorável, confesso.

ㅡ Bom dia Senhorita Summer ㅡ Simi vem em minha direção, me entregando um café, recuso gentilmente não gosto de café.

ㅡ Bom dia Simi, como vai? ㅡ Tentei parecer simpática no primeiro dia.

ㅡ Estou bem, precisa de ajuda no primeiro dia? 

ㅡ Sim, preciso muito da sua ajuda, não conheço nada aqui.