{Capítulo 06}

253 35 54
                                    

*Fernando on*

-Não foi fácil, mas conseguimos conversar e explicar de onde vem os bebês da melhor forma, e eles entenderam bem. Depois fomos assistir filme juntinhos, Maiara pegou algumas coisas para comermos e depois jantamos. As crianças dormiram no sofá e nós levamos eles para o quarto. Fomos para o nosso quarto também e dormimos-

-Acordei no dia seguinte e a Maiara já estava quase pronta, ela estava só de lingerie enquanto amarrava o cabelo, só não fiz nada porque não podemos atrasar e eu me xinguei mentalmente por ter dormido trinta minutos a mais que ela. Ela deu uma voltinha na minha frente e saiu rindo, entrei debaixo do chuveiro gelado pra me acalmar-

-Ajudei ela a arrumar os gêmeos e nós fomos tomar café, a Nete está de volta! Fomos levar os gêmeos na escola e eles insistiram em nos apresentar para os amiguinhos dele, tiramos só uma foto e a professora perguntou se podíamos vim conversar com eles, falamos que ia ver e fomos trabalhar. Conseguimos chegar no aeroporto cinco minutos antes, mas já fomos direto para o avião-

Aeromoça: Bom dia, senhor Fernando -Ela começou trabalhar aqui tem menos de um mês e parece que não sabe que sou casado-

Fer: Bom dia -Ela entrou no avião e a Maiara já estava com um bico enorme-

Mai: Eu devo tá invisível

Fer: Gente mal educada é assim mesmo

Mai: Vagabunda, é isso que ela é! E você ainda responde -Ela entra pra cabine e depois que todos os passageiros entraram, eu sentei ao lado da Maiara. Ela estava séria, mexendo ali e me ignorou-

Fer: Amor -Fiz ela olhar pra mim e ela continuou séria- Eu não tenho culpa e eu respondi por educação

Mai: Pois não deveria, com ela não!

Fer: Você que manda, meu amor -Dou um selinho nela e nós nos apresentamos para o pessoal do vôo-

-Decolamos e eu fiquei boa parte do tempo babando na minha mulher, ela toda séria, comandando o vôo, senti saudade disso. Eu amo tirar foto dela distraída, tirei várias e tentei ao máximo disfarçar-

Mai: Eu estou vendo, Fernando! -Ela me olha-

Fer: Não resisto, preciso registrar o quão privilegiada é minha vista -Ela sorri e me dá um selinho-

-Nosso destino é Curitiba, quase duas horas de viajem. Não demoramos para chegar, aterrissamos e esperamos todos os passageiros descerem. Desci devagar, para esperar pela Maiara, ela esqueceu o celular na cabine. A aeromoça estava descendo também e torceu o pé, segurei ela pelos braços e ela, sem necessidade alguma, agarrou em mim-

Aeromoça: Aí, muito obrigada! Imagina cair dessa altura -Ela respira fundo-

Fer: Ainda bem que não caiu

Aeromoça: Só meu pé que está doendo

Fer: Sinto muito -Eu já tinha soltado ela, mas ela estava segurando meu braço ainda-

Mai: Atrapalho?

Fer: Não, amor. Ela torceu o pé e eu segurei ela, evitando a queda

Aeromoça: Amor?

Mai: Casado comigo há seis anos! Licença aqui -A Maiara tirou a mão dela do meu braço- Melhoras -Segurei a mão dela e beijei seu rosto quando já estávamos descendo- Deveria ter deixado ela cair

Fer: Amor! É uma altura grande

Mai: Falei brincando

Fer: Acredito -Abracei a cintura dela-

Mai: Mulherzinha oferecida, ela que encosta em você de novo, vou quebrar os dedos dela de um por um

Fer: Eu sou só seu, deixa de braveza

Dançarina do ventre- Parte dois Onde histórias criam vida. Descubra agora