{Capítulo 19}

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*Maiara on*

-Assim que o Fernando foi tomar banho, eu desci pra jantar logo. Estava na maior paz, até ele chegar e nós retomamos a discussão que iniciamos no quarto. Eu desabafei, falei tudo o que estava entalado aqui e ele ainda retrucava, como se a errada fosse eu. Subi pro quarto chorando e me enfiei debaixo das cobertas. Eu estava tremendo de frio e meus ossos parecem que iam quebrar de tanta dor-

Fer: Amor -Ele entra no quarto e vem me abraçar- Me desculpa, por favor. Eu fui um idiota, eu errei, eu deixei você e nossos filhos de lado. Fui um péssimo pai e marido, eu juro nunca mais fazer isso, vocês sempre vão ser prioridade na minha vida. Deixa eu cuidar de você, me perdoa -A dor não estava me deixando prestar atenção em nada-

Mai: Dói tudo, Fernando -Foi a única coisa que consegui falar-

Fer: Você está muito quente, vou te levar pro hospital -Ele vai até o closet e pega um casaco, vestindo em mim. Eu estava com um pijama bem quentinho, então não me preocupei em me trocar. Ele me pega no colo e desce comigo- Mãe, vou levar a Maiara no hospital

Filomena: Pode ir, meu filho. Qualquer coisa me liga

Fer: Você também -Ele me coloca no carro e nós fomos para o hospital. Eu deitei o banco, pra ficar em uma posição melhor- É tudo culpa minha, droga!

Mai: Calma -Apesar da chateação, não quero ele se culpando- Vai ficar tudo bem

-Chegamos no hospital e ele me ajudou a descer do carro. Fernando abraçou minha cintura, me ajudando a sustentar meu corpo e nós caminhamos até a recepção. Fizemos minha ficha e era minha querida irmã que estava trabalhando aqui hoje. Não demorei pra ser chamada até a sala dela-

Mara: O que foi, irmã? -Ela levanta preocupada e me abraça-

Mai: Eu acordei muito mal hoje, sentindo dor de cabeça, coriza, dor no corpo e tive febre alta o dia inteiro

Mara: É um resfriado por conta do clima. Vou passar um soro, vai ser rapidinho e você vai pra casa

Mai: Tudo bem -Ela me examinou direitinho, certificou que não tinha mais algumas coisa e prescreveu alguns remédios-

Mara: Qualquer coisa, pode me ligar

Mai: Certo, eu ligo. Boa noite, irmã

Mara: Boa noite, metade. Eu te amo

Mai: Eu te amo mais -Abracei ela e saí. Fomos até uma sala e eu sentei em uma poltrona até confortável, nada melhor que minha cama nesse momento-

Fer: Tira o casaco pra colocar o soro

Mai: Ah não, tá tão quentinho

Fer: Vai ser rápido -Tirei o casaco e a enfermeira veio com uma agulha enorme, não sei pra que isso-

-Segurei a mão do Fernando e virei o rosto, sentindo uma dorzinha chata. Ela colocou o soro e estava pingando bem rápido. Fernando colocou o casaco por cima dos meus braços, pra mim não ficar com frio-

Mai: Obrigada -Ele sentou do meu lado e segurou minha mão-

-Ficamos ali por longos minutos em silêncio, aos poucos fui sentindo melhora e assim que o soro acabou, fomos pra casa. Já estava todo mundo dormindo, subimos e eu fui direto deitar na minha cama. Senti um alívio enorme! Fernando deitou de frente pra mim e levou sua mão até meu rosto, acariciando-

Fer: Minha mãe conversou comigo, abriu meus olhos e me mostrou que eu estava errado. Você é minha esposa, prioridade na minha vida desde o dia em que nos casamos, tem sido só nós pra todas as dificuldades desde sempre. Minha mãe tem meu pai, um dia eles se vão, nossos filhos não vão ficar sempre com a gente, vão casar, assim como eu e você, e no fim vai ser eu e você pra sempre. Eu errei feio, eu não pensei no quanto estava deixando vocês de lado, não me coloquei no seu lugar e no lugar dos nossos filhos, não percebi a minha ausência. Hoje eu deixei você doente, não me preocupei como deveria e olha o estado que você chegou, eu estou me culpando muito! Talvez, se eu tivesse ficado aqui cuidando de vocês, você estaria bem melhor já. Eu prometo que nunca mais vou fazer isso, que vou voltar a ser o Fernando de antes e nunca mais vou deixar de te dedicar todas as minhas horas. Você me perdoa? -Eu já estava chorando-

Mai: Fico feliz que tenha enxergado seu erro. Eu te perdôo -Abraço ele-

Fer: Eu te amo mais que tudo nesse mundo, Maiara. Você é a melhor coisa que já me aconteceu e eu nunca vou me cansar de dizer essas duas coisas

Mai: Eu também te amo mais que tudo! -Dou um selinho nele e volto pro meu lugar-

Fer: Vamos dormir, você precisa descansar

Mai: Vamos. Boa noite, amor

Fer: Boa noite, minha linda -Ficamos abraçadinhos e eu não tinha me dado conta de quanta falta eu senti disso, não sei como eu estava conseguindo dormir-

*Dia seguinte

-Acordei e o Fernando não estava mais na cama. Fiz minhas higienes e fui procurar ele pela casa, as crianças não estavam no quarto mais, devem estar tocando o terror. Desci pra cozinha e eles estavam tomando café-

Mai: Bom dia

Fer: Bom dia! -Dei um beijo nos nossos filhos e um selinho nele- Se sente melhor?

Mai: Sim, bem melhor

Fer: Que maravilha, meu amor. Estava pensando em sair com as crianças hoje, está bem pra sair?

Mai: Estou. Eles estão loucos para fazer piquenique

Fer: Então vamos fazer. Vou fazer o almoço pra vocês hoje

Mai: Gostei. O papai vai cozinhar pra gente hoje e depois vamos fazer piquenique

Laura: Eu amei demais -Eles correram para abraçar o Fernando e eu fiquei toda bobinha ali olhando-

Ravi: O papai voltou a ser nosso -Eu e o Fernando fomos pegos de surpresa. Meus olhos encheram de lágrimas e eu tive que me segurar pra não chorar, Fernando não estava diferente. Eles sentiram bastante também a ausência do Fernando-

Valentim: Vamos fazer coisas legais

Fer: Vamos sim, meu amores. Me desculpem por ter me afastado, o papai não queria isso. Eu nunca quis deixar vocês e a mamãe triste

Ravi: Tudo bem, papai

Laura: Mas não pode deixar a mamãe triste mais

Fer: Nunca mais, filha! Eu amo vocês demais -Eles três falam juntos "te amamos muito" e o Fernando aperta mais eles nos seus braços-

Mai: Quero invadir esse abraço

Valentim: Vem, mamãe -Me juntei aquele abraço delicioso e eu estava completa ali, não preciso de mais nada-

Fer: Eu te amo -Ele estava com o rosto próximo ao meu e falou baixinho, me fazendo sorrir-

Mai: Eu também te amo -Ele me dar um selinho-




















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Dançarina do ventre- Parte dois Onde histórias criam vida. Descubra agora