{Capítulo 13}

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*Maiara on*

-Eu e o Fernando estamos voltando pra casa depois de um dia inteiro trabalhando, sinto que isso ajudou bastante ele a esquecer mais o que está acontecendo com a mãe. Amanhã já é véspera de Natal, tenho que resolver tudo da ceia ainda e também tem o aniversário dos gêmeos depois da meia noite. Pegamos férias hoje, ainda bem!

- Hoje é a primeira quimio da Filomena, eu mandei mensagem na Nete, resolvemos algumas coisas, pois quero que Filomena fique o mais confortável possível. Tati já está a caminho da clínica com ela e é pra lá que estamos indo também. Talvez não estamos na melhor roupa para acompanhar uma sessão de quimioterapia, mas se fossemos pra casa, íamos acabar perdendo o início do exame-

Mai: Está nervoso? -Fernando apertava o volante do carro-

Fer: Sim. Mas vai dar tudo certo

Mai: Vai sim, meu amor -Ele segura minha mão e beija. Chegamos na clínica e a Tati e dona Filomena estavam na recepção esperando- Bom dia

Filomena: Bom dia, meus filhos

Fer: Bom dia -Ele da um beijo na testa da mãe-

Tati: Cansados?

Mai: Nada demais

Fer: Quando começa a quimio?

Médico: Bom dia -O médico para ao nosso lado- Para fazer a quimioterapia, é necessário colocar um cateter, ele fica próximo da clavícula e é totalmente implantado. Preferimos ele, pois é melhor para aplicar as medicações, não vai precisar ficar furando seu braço em todas as sessões e também evita manchas no braço, e dor.

Filomena: Certo. Como é feita a implantação?

Médico: Bom, vamos para o centro cirúrgico, lá vai ser aplicada apenas uma anestesia local e em menos de trinta minutos já iniciamos a quimioterapia

Filomena: Entendi. Alguém vai poder me acompanhar?

Médico: Sim, a senhora pode escolher alguém

Mai: Eu posso acompanhá-la. Fernando tem medo de sangue, está nervoso e a Tati está nervosa também

Filomena: É verdade. Vamos então

Mai: Vamos. E vocês dois, fiquem calmos. Vai dar tudo certo -Filomena entrelaçou nossos braços e nós seguimos o médico- Se sente bem?

Filomena: Só estou um pouquinho nervosa, mas é normal

Mai: Sim, está tudo bem. Vai ser rapidinho

-Ela só precisou tirar a blusa e sentar em uma poltrona que era quase uma cama. Fiquei ao lado dela, segurando sua mão. O anestesista veio, conversou com ela, aplicou a medicação local e depois vieram colocar o cateter. Demorou um pouco mais de vinte minutos, eu conversava com Filomena para mantê-la calma-

Médico: Prontinho, podemos ir pra sala de quimioterapia. Como se sente?

Filomena: Até agora, tudo bem. Me ajuda vestir minha blusa, Maiara

Médico: Só não fecha, senhora Maiara

Mai: Ok -Vesti a blusa nela e deixei os botões abertos-

Médico: Me desculpe, mas você é pilota de avião?

Mai: Sou sim

Médico: De qual companhia?

Mai: Latam

Médico: Muito bom! Com todo respeito, sua filha é muito linda, senhora Filomena -Ah, o Fernando ouvindo uma dessa...-

Filomena: Agradeço. Ela é minha nora, filha do coração. Meu filho que está lá fora é o esposo dela

Médico: Entendi. Ele é piloto também, deve ser legal trabalhar juntos

Mai: Muito! -Chegamos até a sala e eu ajudei Filomena a ficar confortável-

Médico: Vou chamar seus filhos -Ele saí-

Filomena: Fernando, ciumento do jeito que é, se ouvir isso surta!

Mai: Pensei o mesmo -Rimos-

Tati: Oi, meninas. Tudo ok por aqui?

Filomena: Está sim, filha. Eu estava um pouco nervosa antes de colocar o cateter, mas a Maiara começou a conversar comigo, falar sobre os gêmeos, sobre viagens que ela fez, várias coisas engraçadas e quando vi, já tinha colocado -O tanto que eu fico emocionada por ver que ajudei-

Tati: Que ótimo, mãe!

Fer: Fico feliz por isso -Ele me abraça e beija o topo da minha cabeça-

Médico: Aqui dentro não pode ficar ninguém com ela, vocês vão pode ficar atrás desse vidro e acompanhar tudo, ela vai ouvir vocês conversando e vai poder conversar também

Tati: Maravilha. Pelo menos você não vai ficar sozinha, mãe

Filomena: Gostei muito. Maiara ainda tem que terminar de contar sobre o primeiro dia dela como dançarina na casa de show

Médico: Dançarina?

Mai: Sim. Mas não me apresento mais

Médico: Uma pena -Eu, Tati e Filomena olhamos para o Fernando, todas juntas-

Fer: Deveria ser mais profissional, principalmente com mulher casada, se quiser conservar todos os dentes na boca -O médico olhou assustado-

Médico: Me desculpe, não falei por mal

Mai: Vem, amor -Puxei o Fernando e nós sentamos no sofá da sala de espera-

-O médico começou a sessão e Filomena estava abraçada com três paninhos, Ravi, Laura e Valentim perfumaram e entregaram pra ela. Eles não podem vim, então falaram que é pra vovó lembrar deles e ser ainda mais corajosa. Terminei a história, contei outras, Fernando e Tati também, e assim se foram duas horas-

-Filomena estava fraca, o que é normal. Ajudamos ela a entrar no carro e Tati levou ela pra casa, eu e o Fernando fomos buscar os gêmeos na escola. Hoje foi o último dia de aula, teve festa, então eles saíram mais cedo. Fomos até a sala deles e eles pularam no nosso colo-

Ravi: Que legal, vocês vieram vestidos de piloto

Laura: Não vou mais dividir vocês com eles

Fer: Não vai, princesa

Mai: Nós fomos na clínica com a vovó Fifi e não deu tempo de trocar de roupa

Laura: Menos mal

Fer: Ciumenta -Ele enche ela de beijos. Despedimos da professora, recebemos bastante elogios deles e fomos para casa-

Valentim: Mamãe, papai -Ele grita e nós abraçamos ele-

Mai: Oi, anjinho

Valentim: Vocês demoraram. A vovó Fifi dormiu

Fer: Nós estávamos com ela, filho. Ela tomou um remédio e precisa dormir, pois ela está se sentindo mal

Mai: Exatamente. Vocês tem que ficar quietos para a vovó descansar

Laura: Boquinha fechada, mamãe -Ela passa os dedinhos na boca, como se tivesse fechando um zíper e os irmãos fazem o mesmo-

Mai: Assim mesmo. Vamos tomar banho agora e vocês podem brincar, assistir um filme, dormir e é isso mesmo que eu vou fazer

Fer: Eu também

-Eu e o Fernando subimos para o nosso quarto, Valentim foi para o quarto dos gêmeos com eles. Tomei banho e enquanto o Fernando tomava banho também, fui vistoriar meus pequenos. Eles já estavam prontos, escolheram o filme e eu coloquei-

Mai: Se precisarem de alguma coisa, pede a Nete, ou a tia Tati, se ela estiver acordada. Se não tiver, podem ir no quarto da mamãe e do papai. Sem correr e sem nenhum barulho

Ravi: Entendemos já

Mai: Ótimo -Fui para o meu quarto e do Fernando, e ele já estava deitado. Deitei ao lado dele e apaguei rapidamente-



















Feliz Natal ❤️

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Dançarina do ventre- Parte dois Onde histórias criam vida. Descubra agora