{Capítulo 31}

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*Maiara on*

-O chá revelação da Tati foi lindo! É um menino, o Matteo. Elas fizeram uma brincadeirinha, que eu nem quis participar, mas o destino me fez participar e ainda "ganhar". Acho que vai ser o jeito ter outro herdeiro, tudo está conspirando a favor-

-Fomos pra casa, eu e o Fernando arrumamos os gêmeos e eles dormiram. Tomei banho também e dormi, minhas férias e do Fernando chegaram ao fim, os gêmeos voltam pra escola e o Valentim vai pela primeira vez. Estou super nervosa-

-Levamos as crianças pra escola e os gêmeos foram sem nem olhar pra trás, já estão acostumados. Valentim estava animado também, eu que estava igual uma boba, chorando. Fomos trabalhar e eu fui me distraindo aos poucos. Estávamos esperando os passageiros entrarem, quando chega uma mulher falando com o Fernando-

-Ela chorou, abraçou ele e pelo que ela falou, ela é o amor de infância dele, que planejou fugir com ele e no dia, ele achou ela morta. Fernando ficou assustado, aquilo mexeu com ele e mexeu mais ainda comigo. E se do nada o sentimento reacender? E se ele voltar pra ela? Formou um bolo na minha garganta, mas eu não ia chorar, não agora-

Elisa: Sou eu sim, Fernando! Te procurei tanto. Nós podemos conversar direito?

Fer: Quando nós pousarmos, conversamos no aeroporto

Elisa: Tudo bem -Ela entrou com um sorriso de orelha a orelha e o Fernando me olhou-

Fer: Que loucura, não é?

Mai: É -Entrei e fui para o meu lugar, segundos depois, o Fernando sentou do meu lado-

Fer: Tudo pronto -Não respondi nada, só fiz o que tinha que fazer e decolei-  Que foi?

Mai: Nada

Fer: Ficou chateada pela Elisa?

Mai: Ela é a mulher daquela história, que você me contou na viagem, não é?

Fer: Sim

Mai: Ok

-A confirmação já tive, agora posso sentir medo do meu casamento acabar tendo certeza. Fernando às vezes beijava minha mão, fazia cafuné no meu cabelo, beijava meu rosto e falava que me amava. Eu respondia, mas não crescia conversa, pois eu estava segurando o choro e essa não é a hora pra chorar-

-Cada minuto que passava, aproximávamos mais de Recife e eu não queria isso. Não quero o Fernando falando com aquela assombração, mas não posso fazer nada. Pousamos em Recife e antes de desembarcar, o Fernando me puxou para um beijo-

Fer: Eu te amo e você é a mulher da minha vida -Comecei a chorar, eu tentava secar as lágrimas, mas não adiantava nada- Não chora, bebezinha

Mai: Eu preciso chorar, tirar essa angústia de dentro de mim. Você ficou mexido, não ficou?

Fer: Não no sentido que você imaginou. Estou curioso e querendo saber a verdade, eu já te falei o quanto sofri, quanta merda eu fiz por esse acontecimento

Mai: Então vamos, ela deve estar te esperando -Fomos até uma lanchonete, pois eu estava faminta e também estávamos vendo se conseguíamos ver a mulher-

Elisa: Fernando -Ela estava sentada comendo-

Fer: Leva alguma coisa pra mim comer?

Mai: Claro -Ele foi até a mesa dela e eu comprei sanduíche natural, e suco para nós dois. Cheguei até a mesa e a tal Elisa sorriu- Aqui, Fernando

Elisa: Olá. Prazer, eu sou a Elisa -Ela estende a mão e eu seguro com certa força-

Mai: Maiara Zorzanello -Ela olha para o Fernando e depois volta seu olhar pra mim. Soltei a mão dela e sentei ao lado do Fernando-

Dançarina do ventre- Parte dois Onde histórias criam vida. Descubra agora