Você ainda vai me amar quando eu não for mais jovem e bonita?
Você ainda vai me amar quando eu não tiver nada além da minha alma dolorida?
Eu sei que você vai, eu sei que você vai, eu sei que você vai
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"Você está quase terminando?", ela choramingou, remexendo-se no colo do professor Lupin, revirando os olhos sonolentos e encostando o rosto no ombro acolchoado do blazer dele.
Ele riu brevemente, "A resposta é a mesma de cinco minutos atrás, boneco", continuando a passar os olhos pelo pergaminho iluminado por velas.
"Hmph", ela exalou profundamente pelo nariz, brincando com os cantos dos bolsos dele, entediada.
"Você não vai encontrar nada aí", ele disse, ainda focado nos papéis e rabiscando a tinta que precisava marcar.
"Não, você está certo, aqui está muito escuro para ver qualquer coisa de qualquer maneira, por que você não faz isso amanhã?", seu tom parecia tão irritado quanto as pontas dos dedos que brincavam com os botões da camisa dele.
"Cuidado com o tom, mocinha", Remus ergueu a sobrancelha, finalmente colocando a pena sobre a mesa enquanto se recostava, examinando o rosto sombrio dela com falsa preocupação.
"Alguém está ficando um pouco rabugento?", seu lábio se projetou de brincadeira, antes de ser retraído em um sorriso malicioso, "Eu só estou brincando... além disso, um homem só pode cometer tantos erros de ortografia em uma noite, e eu tenho certeza que ultrapassei esse limite horas atrás.", ele bocejou, relaxando na cadeira.
"Vem cá"
O reconhecimento que ela ansiava por seu professor a noite toda finalmente chegou. Aconchegando-se a ele, sentindo seu calor contradizendo o metal frio de seu cinto que pressionava sua pele, ela se permitiu entregar-se à felicidade íntima, fechando os olhos.
Depois de alguns momentos atordoados, Remus finalmente desviou seu olhar de admiração da fachada angelical e pacífica dela, de volta à pilha de deveres de casa, recuperando a pena e continuando sua tarefa noturna. A antiga sala estava envolta em escuridão, exceto pela vela brilhante em sua mesa, pingando cera quente em seu suporte de aço. A antiga sala estava silenciosa, exceto pela respiração suave e murmurada dela e pelo arranhão de sua caneta. A sala antiga era o único lugar onde eles poderiam estar tão próximos, escondidos do resto da escola.
À medida que os trabalhos dos alunos eram classificados, restava apenas uma folha de papel envelhecido, a de S/n. O professor Lupin sorriu gentilmente enquanto lia com calma, olhando de volta para a figura caída dela como se estivesse magnetizada, até que mergulhou a pena na tinta de obsidiana pela última vez naquela noite.
'Perfeito como sempre, senhorita S/n, mas me veja depois da aula - acredito que outra sessão de estudo seria benéfica'