6. Somos estranhos, até não sermos mais

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"Deixa eu me apresentar, que eu acabei de chegar.
Depois de me escutar, você vai lembrar meu nome.
É que eu sou de um lugar onde o céu molha o chão, céu e chão gruda no pé.
Amarelo, azul e branco."

- Amarelo, azul e branco, ANAVITÓRIA, Rita Lee.

Este capítulo é dedicado a leelegah que nunca desistiu dessa fic e está me ajudando muito com ela. Te adoro amg!
Ass: Killy

 Te adoro amg!Ass: Killy

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Madrugada do dia 14 de setembro

O álcool é engraçado.

Eu não lembro quando comecei a beber, ou o motivo que me levou a ingerir álcool pela primeira vez, mas sei que foi depois dos 18. Uma coisa importante sobre minha personalidade é isso, sabe? Sou uma pessoa que raramente quebra as leis, uma pequena exceção vai apenas para o dia que mandei meu professor de Cálculo 2 me mamar e acabamos parando na delegacia.

Mas em minha humilde defesa o cara era um escroto que tava querendo muito é pica e não tava sabendo pedir.

Mas retornando ao raciocínio aqui, eu aprendi a lidar com a bebida surpreendentemente rápido. Fiquei de porre poucas vezes porque nunca passava do meu limite e extrapolava na dose e, quando o fazia, no máximo ia 'pra cima do Namjoon pra roubar umas bitocas ou dançava que nem o MC Crash fazendo o "Passinho do Romano*".

Situação vergonhosa, eu sei. Contudo, o que estava na minha frente naquele instante ultrapassou todos os parâmetros do que eu podia imaginar num cenário pós-noitada.

Não havia mais resquícios dos sintomas de um porre, não havia mais aquela sensação que eu tive ao entrar na floresta. A dopamina tinha ido de americanas* e o que se fazia presente era sua temida irmã: a adrenalina. E talvez - talvez nada, era exatamente isso - uma pitada de cagaço pelo que eu achava que podia estar acontecendo.

— Mas que porra é essa?! Quer dizer... cara você tá bem?

Ainda estando muito apreensivo, parei pra analisar a situação e vi que um moço estava às margens de um córrego que se fazia ali presente, de bruços pra água. Que, por incrível que pareça, ele estava com a cara mais confusa do que a minha. Contudo, sua expressão não era só de confusão, mas sim de medo.

Medo não, desespero.

Mesmo não estando em suas melhores condições, com roupas rasgadas e uma cara meio suja, dava pra ver que ele era lindo. Sua beleza não era nada comum, seus olhos eram de um verde límpido e até mesmo reluzente, daqueles que não se vê por aí facilmente. Seus cabelos cor de fogo caíam como cascatas pelo seu rosto e passava um pouco da altura de suas orelhas. Eram rebeldes porém ainda alinhados, e uma pele bronzeada como quem passa o dia jogando uma altinha na praia. E o corpo, simplesmente... magnífico. No meu conceito de pessoas perfeitas ele estaria no mesmo patamar que o Namjoon, com todo o respeito.

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