Capítulo 7- Aquele que Hope é pega de surpresa

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Com certa dificuldade, Hope se levantou do chão com a outra agarrada em seu corpo. Os beijos não pararam até que Josie estivesse com as costas no colchão com o corpo totalmente exposto. A língua molhada da ruiva passa pela extensão do pescoço magro da Salvatore, suas pernas entrelaçam sua cintura, com os lábios entreabertos, geme o nome da outra sentindo seu corpo entrar em chamas.

As unhas de Josie arranham as costas brancas de Hope, a jornalista estava determinada a dar a melhor noite de seco para a outra. Balançou o quadril chocando suas intimidades, aquilo estava levando ambas a beira da loucura. A mais velha faz uma rápida pausa para se livrar da única peça que cobre seus seios, um pequeno sorriso se contrai em seus lábios quando sente o olhar de desejo de sua parceira.

- Você é mais gostosa do que eu imaginei - soltou Josie prendendo os seios durinhos entre os dedos.

- Então a Srta anda pensando em meu corpo? - sorriu presunçosa - Se tivesse me dito antes, te daria uma prévia - suas sobrancelhas arquearam de uma maneira sexy, muito sexy.

E quando menos esperava, Josie foi penetrada pelos dedos longos da ruiva. Sentiu ir ao céu e voltar. Os dedos habilidosos se mexiam dentro da intimidade melada. Os azuis estavam presos nos castanhos brilhantes da morena abaixo de si. Depositando beijos pela extensão do corpo magro, Hope parou entre as suas pernas sem parar os movimentos de seus dedos, abocanhou a boceta da Salvatore, céus, o gosto era maravilhoso. Depois de se dedicar alguns segundo ali, sentiu o líquido da outra escorrer por seus lábios, lambeu toda boceta sensível, depositou beijos em sua virilha, sorriu beijando carinhosamente os lábios finos que estavam pintados com um belo sorriso.

- Você é perfeita - sussurrou Hope. Imaginou tantas vezes como era o sexo com aquela que estava trocando mensagens a dias. Se antes estava caidinha por ela, agora então nem se comparava. Beijou mais uma vez seus lábios, sugou sua língua descendo suas mãos para o meio de suas pernas.

[...]

Na manhã seguinte as duas tomaram banho juntas, fizeram mais uma rodada de sexo. Os corpos molhados eram demais para as suas cabeças, e quando deram por si já estavam gemendo em quatros paredes, com a água quente caindo contra seus corpos.

- Vou fazer algo para comermos. Sinta-se à vontade, pode pegar qualquer roupa minha - salpica um beijo em seus lábios.

Cantarolando Hope entra em sua cozinha, tinha motivos para estar feliz, e esse motivo tinha nome e sobrenome. Preparou algumas torradas, ovos e bacon, pegou a garrafa de suco, geleia e pegou o café. Colocou tudo em cima da mesa que ficava no canto da cozinha. Prendeu os cabelos úmidos, deixando a pequena tatuagem da nuca à mostra. O moletom que vestia cobria até a metade de suas coxas, do jeito que gostava de ficar em casa, e os pés descalços sentindo o piso fresco tocar seus pés.

- Meu cheiro em você, fica mais gostoso - sussurrou Hope sentindo os braços da outra rodear sua cintura por trás.

- Seu cheiro é maravilhoso - Josie beijou as costas da mais baixa e se afastou. As duas se sentaram em volta da pequena mesa de quatro lugares, uma de frente para a outra. A morena pegou a xícara de café despejando um pouco do líquido preto dentro.

- Dormiu bem? - Hope coloca a xícara nos lábios.

- Sim, muito bem por sinal - sorriu maliciosa - uhm, vejo que continua usando o café que te passei.

- Ele é maravilhoso. Demorei um pouquinho para acertar a quantia, mas consegui - sorriu. Era tão bom ter uma companhia no café da manhã, sem aquele silêncio, e Hope estava feliz por ter a morena ali, era algo que com certeza se acostumaria facilmente.

Depois de algumas xícaras de café, ainda um pouco cansadas das poucas horas dormidas, se sentaram no sofá. Josie estava no meio das pernas da jornalista com as costas em seu peito, e os braços da outra em sua cintura. Na televisão passava um dos episódios da série Lúcifer que a ruiva quase não teve tempo de assistir.

- Seu apartamento é tão silencioso, eu gosto disso - a morena quebrou o silêncio, a mesma olhava tudo em sua volta, como cada detalhe era a cara de Hope.

- O seu não é? - beija sua cabeça

- Meio difícil de se ter silêncio quando tem duas filhas adolescentes gritando o tempo todo. - solta uma risadinha.

Hope ficou em silêncio, filhas, porque Josie não disse isso antes? É um assunto que nunca foi tocado entre elas, um assunto importante por sinal, não que isso fosse mudar algo para a jornalista, mas era algo que envolvia duas adolescentes.

- Tudo bem? - Josie a olhou por cima dos ombros, pois do nada Hope tinha ficado em silêncio.

- Sim. Só que eu não sabia que tinha filhas - sua voz saiu trêmula, céus, porque estava tão nervosa, eram apenas duas adolescentes.

- Eu achei que você sabia. Que sei lá, Lizzie e Penélope comentaram, e eu cheguei a falar das meninas por mensagem.

- Não, elas não me falaram nada. Nem me lembro disso.

- Não usei exatamente a palavras filhas, mas eu pensei que... - a mesma para de falar se afasta da mais velha buscando olhar em seus olhos, Hope parecia ainda mais pálida e um olhar indecifrável - Espere, isso é uma barreira para você?

- Jô, é só... - Hope suspirou passando as unhas na testa.

- Tá, eu entendi. Eu preciso ir para casa - disse se levantando - Não sabia que isso seria um problema para você.

Hope correu atrás da outra que estava caminhando até a porta. Seu corpo entrou na frente da Salvatore, segurou seus ombros fazendo a mesma parar. Entendia a chateação da morena, se fosse mãe também agiria do mesmo jeito, mas não era a intenção da jornalista dar a entender que as filhas de quem estava apaixonada eram uma barreira entre elas.

- Me desculpa, e-eu só fiquei sem reação. Poxa, Jô, fica por favor - Josie analisou a feição da outra, não a culpava por sua reação, para muitas pessoas era difícil se relacionar com alguém que tem filhos.

- Nós já começamos erradas, Hope, nem sabemos nada da vida pessoal uma da outra. E, você precisa pensar se é isso que você realmente quer, pois eu sou uma mulher adulta, com duas filhas, e não quero alguém apenas para ter sexo, e não sei se você pensa como eu, então darei um espaço para você pensar, quando tiver certeza daquilo que quer, sabe onde me procurar. - a morena abriu a porta e saiu.

Hope soltou um longo suspiro, como uma noite perfeita tinha desabado assim?!

- Eu não posso pegar um táxi neste estado - a morena sorriu sem graça quando voltou para dentro do apartamento. A mesma foi até o quarto, pegou sua muda de roupa e se trocou, deixou a blusa na cama depois de inalar o cheiro da outra. - Tchau, obrigada pela noite.

- Tchau - Hope trancou a porta e se jogou no sofá. E de repente seu humor tinha mudado drasticamente.

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