Capítulo 1- Aquele que Hope analisa uma morena

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Ainda nem era oito da manhã, e Hope começará a pequena bagunça em seu pequeno ateliê construído em um quarto dentro de seu apartamento. A ruiva sorriu misturando algumas cores de tinta na paleta em sua mão. Os fios vermelhos-castanhos naturais, preso em um coque, e alguns fios soltos ali. Os pés descalços, se moviam pelo cômodo bem iluminado. Os olhos azuis analisam cada detalhe daquele desenho, seus lábios carnudos com manteiga de cacau, formam um adorável bico. A mulher de trinta e seis anos solta uma risada contida ao se dar conta que passou o pincel sujo sobre os lábios. A cabeça cairá para o lado, e um sorriso surge ali ao terminar mais um de seus quadros.

- Baby, I don't play

From Miami, causin'trouble in LA Rowdy, Tennessee - Com um sorriso de felicidade, a ruiva acompanhará a canção que tocava na rádio - If don't send for you, best not come for me Jordan, 23

Ao se dar conta do horário, retirou rapidamente a camiseta social duas vezes maior que ela, os botões foram retirados à pressa. O par de óculos que cobria os seus olhos foram deixados de lado assim que entrou dentro do banheiro todo branco bem decorado. Entrou dentro do box, deixando a água quente cair pelo seu corpo. O frio da manhã de Nova Iorque, deixava seu corpo arrepiado, e aquela garoa não era nada agradável. Não se prolongou debaixo da água, e saiu se enrolando em uma toalha.

O corpo foi coberto por uma roupa quente, e nos pés uma de suas botas de cano baixo, gostava de se sentir confortável. Principalmente quando passaria o dia todo resolvendo coisas no trabalho. O cabelo até a cintura, foi jogado para o lado, deixando o mesmo meio bagunçado, e para finalizar o óculos de armadura escura foi posto em seu rosto.

Depois de pegar todos os seus pertences, corre para o elevador, enquanto chama pelo aplicativo um táxi. Dirigir logo de manhã não era sua praia. O percurso até o trabalho foi feito em longos minutos dentro do táxi que cheirava a perfume de limão.

- Obrigada, pode ficar com o troco - entregará uma nota nas mãos do senhor gentil.

Correu rapidamente até o grande prédio. Não tinha o luxo de se atrasar pela terceira vez naquela semana. Graças a sua correria, se equilibrando dentro do pequeno salto conseguiu chegar a tempo dentro de sua pequena sala.

- Bom dia, Hope - a voz de Penélope estava mais animada que o normal. A morena era sempre muito para cima, mas naquela manhã estava diferente. A ruiva juntará as sobrancelhas, analisando a amiga que solta uma risada nada contida.

- Bom dia. Motivos para tantos dentes serem exibidos às nove da manhã - passa os dedos pelos fios sedosos.

- Pelo amor, Hope Mikaelson - Penélope puxa a cadeira se sentando de frente para a outra - Sou apenas uma mulher feliz, não tenho culpa de você ser uma mulher frustrada.

- Uau, você pegou pesado Penélope Park - a mais velha finge indignação, enquanto um sorriso pequeno brinca em seus lábios - Essa marca em seu pescoço diz tudo.

E automaticamente a outra levará as mãos ao lugar marcado - Lizzie, marcando território. Ela cisma que minha secretária é a fim de mim. A mulher é hétero.

- Tá bom. Me diz quantas héteros eu já transei - disse a ruiva de uma maneira convencida. Realmente tinha ficado com muitas mulheres em boates que diziam ser cem por cento héteros, mas no final da noite elas estavam debaixo do corpo suado e nu da ruiva.

- Você tem um ponto. Mas, somos casadas e ela tem que confiar em mim - a morena levanta um dedo.

- Ele confia, mas não confia nessas mulheres. Mas enfim - afunda o corpo em sua cadeira - Muito sexo? Me conte detalhes.

- Meu Deus, pare de ser nojenta - Penélope sorri lhe jogando uma tampinha de caneta - Preciso voltar para o trabalho. Te vejo no final do expediente?

- Sim. Nos vemos depois. Te amo! - a ruiva grita quando a amiga se retira de sua sala.

Passou o dia todo trancada e sua sala revisando documentos. Ainda tinha um arquivo para terminar e enviar para seu chefe. Muitas das vezes se questionava o porquê de estar naquele trabalho, mas se lembrou do salário que era bem gordo, e supre todas as suas necessidades.

No fim do dia, ali estava ela, cansada, mais viva, pronta para tomar um café com sua melhor amiga. Enquanto Penélope dirigia, Hope respondia algumas mensagens em seu celular. Sempre pulava o grupo de família, dali saia nada de interessante. Sempre com aquelas fotos de bom dia com flores e tudo mais, apenas dava um ar da graça quando seu pai lhe perguntava algo por lá.

- Chegamos - a voz carregada de sotaque chama sua atenção. Hope olha em volta, nunca tinha estado ali antes.

- Você me fez atravessar a cidade para vir parar em uma cafeteria comum? - pega sua bolsa se retirando do veículo.

- Pare de ser chata ao menos por um segundo - a voz de Penélope sai divertida, fazendo a outra lhe mostrar o dedo do meio - Aqui eles tem o melhor café. É de uma amiga minha e de Lizzie - explica a morena enquanto entram no local.

A cafeteria tinha uma decoração rústica. Alguns quadros faziam parte da decoração, o que chamou a atenção da ruiva, e se permitiu a sorrir. Acompanhou a amiga até uma mesa de canto. O banco de couro vermelho, e encosto de madeira era confortável. As duas deixam seus pertences de lado, e os celulares em cima da mesa.

Do outro lado do balcão, a mulher de cabelos morenos escuros sorri ao ver a amiga de longe. Pede para uma das funcionárias tomar conta do caixa. Pega um dos menus no balcão, e caminha até a mesa que Penélope está com uma mulher desconhecida por ela.

- Hey! - Josie sorri parando em frente a sua mesa - porque não avisou que viria?

- Decidi vir de última hora - dá um rápido abraço na outra. Hope apenas observa a cena, seus olhos analisam a morena dos pés à cabeça. Não podia deixar de notar a beleza da outra. A calça jeans lavagem, a camiseta de seda e os fios presos em um coque despojado, simples mas não escondia sua beleza. A Mikaelson gostava de apreciar a anatomia feminina.

- Essa é Hope Mikaelson, uma amiga. Hope essa é Josie Salvatore - a ruiva aperta sua mão, enquanto suas bochechas se encostam uma na outra.

- Prazer - disseram em uníssono, ato que fez ambas soltarem uma risadinha.

- Sente-se com a gente - pede Penélope olhando a amiga que se mantém em pé.

- Infelizmente não posso, Pen. Estamos com um funcionário a menos. E isso daqui está uma loucura. - Josie gesticula enquanto fala, e Hope estava adorando aquilo, as mãos pequenas bem cuidadas, unhas bem pintadas em uma cor clara, que combinava perfeitamente com a delicadeza da outra. Balançou a cabeça tentando desviar sua atenção, quando a amiga olhou para si com as sobrancelhas juntas.

Depois de explicar, e dizer que pediria para trazerem o melhor pedido da casa, Josie voltou para o seu lugar de trabalho.

- Sério Hope?

- O que? - a ruiva faz de desentendida enquanto finge olhar algo importante em seu menu - Uhm, eles têm pão de queijo. Uma colega minha brasileira diz que é muito bom.

E assim conseguiu fugir do assunto. Tomaram o café que era especialidade da casa, e de quebra Hope comeu os famosos pão de queijo, que a colega dizia que era muito bom, e realmente tinha adorado. Quando passaram no caixa para pagar a conta, que foi dividido pelas duas, Hope aproveitou para dar uma olhada na morena atrás do caixa.

De uma maneira "discreta" passou os dedos pelos fios vermelhos sedosos, deixando eles caírem para o lado. A armação foi arrumada no rosto, ato que já era uma mania.

Se despediram da Salvatore, o percurso de volta para casa foi feito de conversas paralelas. Agradeceu a amiga pela carona e entrou em seu prédio. A noite já tinha caído, e seus pés estavam gritando por socorro. Tomou um relaxante banho, vestiu um moletom que cobria a metade de suas coxas. E se permitiu jogar em seu sofá confortável, enquanto passava um episódio aleatório de Lúcifer, acabou adormecendo ali mesmo.

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Me desculpem se tiver erro ortográfico, como eu disse, essa é minha primeira fanfic.

Colors Of Life - Versão HosieOnde histórias criam vida. Descubra agora