O jantar entre o casal seguiu de muitos planos para o futuro, decidiram que conversariam com Jenna e Olívia no dia seguinte, depois que elas voltassem da casa do pai. Fariam a mudança de Hope no final de semana, quando as duas não estivessem ocupadas com coisas do trabalho, sábado era o dia perfeito, Josie tiraria férias, com Nadia Pierce como gerente, os negócios iam bem.
Josie limpou os lábios no guardanapo de papel, e empurrou o prato vazio pro lado. Deu um grande gole em seu vinho prestando atenção na namorada em sua frente.
- Você acha que elas vão gostar da idéia?
- Com certeza amor, as meninas te adoram. Esses dias Jenna chegou a perguntar quando você se mudaria de vez para casa.
- Sério? - Josie assentiu. - Bom, eu passo mais tempo com vocês, do que aqui. Gosto de estar com vocês - sorriu exibindo seus dentes branquinhos e alinhados.
- E nós de tê-la em casa, que agora será sua também - lhe roubou um selinho rápido - Posso te fazer uma pergunta amor?
- Todas perguntas que quiser - apertou sua mão em cima da mesa.
- Você tem que parar de ser tão linda assim.
- Eu nasci linda amor, não dá para parar de ser - disse brincalhona arrancando uma risada gostosa da namorada.
- Bobinha. O que aconteceu com os seus pais? Digo os de sangue, sabe?!..
Hope ficou em silêncio e prendeu o lábio inferior entre os dentes. Era algo que tinha acontecido há anos, mas não deixava de ser uma lembrança triste. Por ser a mais velha dos três irmãos, se lembrava perfeitamente de tudo.
- Desculpa em entrar nesse assunto, se não quiser responder tudo bem - fazia um carinho no dorso de sua mão.
- Não, tudo bem compartilhar isso com você - sorriu fraco.
Josie tinha contado sobre seus pais, de como sua mãe Elena Salvatore faleceu depois de viver quatro anos com alzheimer, de seu pai Damon Salvatore, um senhor que era forte e saudável se entregar a depressão depois da morte da mulher, acabou se afundando nas bebidas, e depois de dois anos da morte da mãe, Josie perdeu o pai. Era uma história triste, de uma menina de dezenove anos que enfrentou tudo sozinha, era filha única, assim como seus pais. Nunca conheceu seus avós paternos, e seus avós maternos tinham falecido. A história da jornalista não era tão diferente assim, tinha tido uma infância triste.
- Eu tinha nove anos quando meu pai começou a agredir minha mãe, fisicamente e verbalmente. Na época,morávamos em San Francisco, meu irmão Sebastian tinha cinco, e o Jed três. Cansada de tudo, minha mãe Camille decidiu da um basta em tudo, pois o Niklaus, meu pai, começou a nos agredir também - Hope engoliu em seco, a vontade de chorar a atingiu - Estava chovendo muito, Niklaus tinha saído para buscar mais bebidas e cigarros, foi aí que minha mãe decidiu ir embora, pegamos apenas o necessário. Entramos no carro, a pista estava lisa por causa da chuva. Jed, chorava muito de medo, Camille olhava para trás para acalmá-lo, foi aí que minha mãe perdeu a direção do carro, ele derrapou na pista, e bateu no poste.
- Hope - Josie a olhou assustada, já podia deduzir o que teria acontecido. A jornalista passa a mão no rosto, seu olhar estava fixo em um canto qualquer.
- Jed graças a Deus estava preso em sua cadeirinha, Sebastian e eu com cintos de segurança. Mas minha mãe, ela não estava, ela bateu com a cabeça, os paramédicos chegaram tarde, ela teve morte cerebral.
- Sinto muito - Josie levantou. A mesma se sentou nas pernas da namorada, passou o braço por seus ombros a abraçando fortemente - Meu amor, desculpa por te fazer lembrar disso.
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Colors Of Life - Versão Hosie
أدب الهواةHope Mikaelson no auge de seus trinta e seis anos, aproveitando cada momento que a vida lhe proporciona. Boates, mulheres e muitas bebidas fazem parte de sua rotina nos finais de semana, mas durante a semana se deixava divagar o quão parada a sua vi...