Em uma terra dominada pela ressurreição dos mortos, a jovem Genevieve Amari se vê sozinha e perdida, após a tragédia que dizimou diversas famílias. Com apenas um colar, uma arma e um boné, ela luta para sobreviver em meio a um mundo destruído.
Os p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
afraid — the neighbourhood
quando eu acordo eu sinto medo, que alguém tenha tomado meu lugar quando eu acordo eu sinto medo, que alguém tenha acabado se tornando eu se tornar eu pode significar apenas sentir medo de respirar e se você me deixar, então terei medo de tudo isso me deixa ansioso, me dá paciência, me acalma deixe-me encarar isso, deixe-me dormir e quando eu acordar deixe-me respirar
'•'
Gen paralisou em choque. Um bebê? Sério?
— Por que não me contou? — Carl quis saber. Gen não soube se ele estava com inveja, ciúmes ou somente chateado por ser o último a saber sobre aquilo. Ela ficou tão em choque que assim como muitos ali presentes nessa discussão, não conseguia falar nada.
— Entre — disse Dale —, vamos ver se você está bem.
De alguma maneira, a forma como o silêncio foi quebrado também quebrou o transe de Gen. Ela olhou em sua volta, após longos minutos olhando para o chão. Seguiu os demais.
Na casa, Gen não conseguia fazer muitos comentários, seu coração batia forte e parecia que ela iria vomitar a qualquer momento. O duro era ela não saber o porquê disso. Ficou do outro lado da sala, ao lado do quarto em que Beth se hospedava, ainda em um estado catatônico. Gen cruzou os braços enquanto observava Carl ao lado de sua mãe, conversando sobre o que o garoto ouviu mais cedo, enquanto Dale e Andrea tratavam de dar uma olhada nos ferimentos de Lori.
Gen se distanciou dali, sem que ninguém percebesse, e foi até o quarto em que Maggie estava, cuidando de sua irmã mais nova.
Gen bateu duas vezes na porta. Maggie não soltou a mão da irmã, e sorriu forçado para Gen quando ela foi entrando de mansinho, com os seus tênis fazendo barulh no assoalho de madeira. Ela se sentou em uma cadeira ao lado de Maggie, próxima à cama em que Beth estava.
— Ei, oi... — Maggie cumprimentou, baixo.
Gen tocou sua pulseira em seu pulso e sorriu.
— Oi... — Olhou para Beth, para o seu olhar sem vida que se fixava em nada além do teto. Apontou levemente para a loira quando perguntou: — Ela vai ficar bem, não é?
Maggie suspirou, dando um sorriso fechado e assentindo.
— Sim, ela vai ficar bem. Só basta esperarmos meu pai chegar. E ele cuidara dela.
