—Margaret-san? –Kouyou indagou surpresa. —O que faz aqui? –Estava confusa, mas não parecia incomodada em ter a mulher em sua casa.
—Quanto tempo, não é? –A mais velha cumprimentou abrindo os braços e recebendo um abraço rápido.
—Espera, vocês se conhecem? –Chuuya perguntou sem entender nada.
—Sua mãe era amiga da minha filha, mas se afastaram quando minha filha não quis assumir o Alba e fugiu para outra cidade. –Margaret explicou indiferente.
—Sinto muito por não ter dado notícias, aliás. –Kouyou disse, abaixando o olhar. —A última coisa que você ficou sabendo foi... –Desvia o olhar para um retrato em família, olhando em específico o homem falecido.
—Não tem problemas, vejo que Chuuya-kun cresceu bem, quer dizer, se tornou um bom rapaz. –A mais velha se corrigiu ao lembrar que o garoto conseguia ser menor do que si. —Mas vim por um motivo em especial.
—Um motivo especial? –A ruiva repetiu, guiando-os até a sala de estar. —O que aconteceu? E por que Chuuya estava com você?
—Eu meio que... Tive uma sessão com ela. –O garoto revelou envergonhado, achando que seria visto como um esquisito.
—Não sabia que acreditava nessas coisas. –Sua mãe sorriu levemente. —Já tive algumas sessões com ela também, foi como conheci a filha dela. Eram sessões sobre minha vida amorosa. E ela acertou em tudo o que disse.
—Uma pena que a tragédia tenha se concretizado também. –Margaret lamentou, colocando a mão por cima da mão da mais nova.
—Realmente, mas isso só prova que você é boa no que faz. –A ruiva comentou, voltando a olhar para o filho. —O que foi fazer lá? Aposto que não foi por sua vida amorosa.
—Não mesmo, eu queria respostas para alguns sonhos estranhos que ando tendo. –Ele respondeu, um pouco mais seguro agora.
—Sonhos? Você já teve algo assim quando mais novo, dizia sonhar com o garoto com quem você tinha conversado... Naquele dia e que iria mudar para Tokyo. Você dizia que o garotinho tava sempre triste e num lugar escuro, você ficava muito assustado e não queria mais dormir, nem conseguia. Então, os médicos passaram um remédio pra você e, aparentemente, você tinha parado de sonhar com o garoto. –Kouyou contou, puxando uma antiga lembrança do passado de uns 12 anos atrás.
—Eu já tinha sonhado com ele antes? –Chuuya perguntou surpreso, não conseguia lembrar disso, suas memórias daquela época são poucas, psicólogos disseram que seu cérebro meio que bloqueou aquelas memórias por conta da experiência traumática que sofreu ao perder o pai.
—Bom, ele está tendo esses sonhos de novo. Mas acredito ser uma conexão que ele tem com esse garoto. Conseguiram até conversar durante um desses momentos. –A mulher mais velha explicou. —Os sonhos podem ser um sinal de que esse garoto precisa da ajuda do Chuuya-kun.
—Meu Deus, e como podemos ajudar ele? –A ruiva indagou preocupada.
—A única informação que temos é que ele pode estar morando em Tokyo. –Chuuya murmurou. —Acho que deveríamos começar a procurar por lá.
—Tokyo, de novo? E como pretendem encontrar ele? –Sua mãe questionou curiosa.
—Você sabe meus dons, não duvide da minha capacidade. –A mulher mais velha argumentou com um sorriso convencido.
—Mas não posso ir para Tokyo, tenho que trabalhar e Chuuya tem que estudar. –Kouyou lembrou apreensiva.
—Ele pode faltar na última semana antes do recesso, as escolas não costumam se importar muito nessa época. –Margaret disse, parecia ter tudo sob controle.
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Garoto Misterioso-Soukoku
FanfictionChuuya acaba de perder seu pai, fugindo de sua mãe durante o enterro do ente querido, o pequeno Chuuya é consolado por um garoto que apareceu de repente. Mas o garoto se recusava a dizer o próprio nome. Alguns anos depois, esse momento foi perdido e...