Capítulo 04

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Chuuya voltou para a sua mesa e contou o ocorrido no banheiro. Margaret pediu que não desistisse tão fácil e afirmou que voltariam no dia seguinte.

Logo, os quatro pagaram a conta e saíram do estabelecimento, decidindo fazer um rápido passeio pela cidade.

Mesmo assim, Chuuya não conseguia tirar o moreno da cabeça, estava irritado, ansioso, preocupado e frustrado. Tudo culpa daquele garoto, era o que o ruivo pensava.

Só que, por mais irritante e indiferente que o moreno tentasse parecer, o Nakahara notou algo que poucos notaram.

Quando ficaram próximos e se olharam nos olhos, Chuuya notou seu olhar vazio, o mesmo dos sonhos, tão distante e sem rumo, como se pedisse ajuda, estendesse a mão na esperança de alguém o ajudar. E era nisso em que Chuuya mais pensava. Além da sensação estranha em seu peito, como se fosse uma necessidade de pegar a mão estendida e o ajudar.

—Ruivinho, vai querer um sorvete também? –Albatross perguntou com um leve sorriso, tomando um pouco do próprio sorvete.

—Ah, não, valeu. –Recusou sem prestar muita atenção.

—Quem em sã consciência recusa um sorvete? –Lippmann reclamou com humor e drama. —Tem certeza de que não quer? É só comprar o seu, ué.

—Por que vocês são tão chatos? –Chuuya resmungou, deixando um suspiro escapar e indo comprar um sorvete de chocolate. Algo doce como chocolate poderia acalmar sua mente e sentimentos.

—Chocolate é tão comum. –O loiro apontou decepcionado.

—Choco-Menta também é comum. –O ruivo rebateu com a cara fechada. —E flocos também. –Desviou o olhar para Lippmann que deu um sorriso amarelo.

—Já querem voltar para o hotel ou preferem explorar mais a cidade? –Margaret perguntou, aproximando-se dos três com um suave sorriso. Podem ter vindo com um objetivo específico, mas nada impedia que se divertissem um pouco.

—Quero explorar mais a cidade! –Albatross respondeu animado.

—E para onde gostariam de ir? –Ela indagou curiosa.

—Cinema! Tem um filme de Natal em cartaz que eu quero muito ver! –Lippmann pediu com os olhos brilhando, admirava muito a arte do cinema e teatro, atuação.

—Um filme de Natal? Que tal deixar esse pra véspera ou um pouco antes? –A mais velha sugeriu gentil.

—É, eu acho que é melhor mesmo. –O de cabelo claro concordou, abrindo seu belo sorriso.

—Que tal a gente apenas andar por aí? Se encontrarmos algum lugar legal, entramos, caso contrário, é bom andar pra conhecer as ruas. –Chuuya propôs, tendo em mente que seria realmente útil aprender a andar pelas ruas próximas do hotel, além de poder esbarrar com o garoto moreno, já que o restaurante que ele trabalha fica nessas redondezas.

—Ótima ideia, vamos. –Margaret deu a palavra final, sendo acompanhada pelos adolescentes.

(...)

Finalmente, era domingo. Chuuya era o primeiro dos adolescentes a acordar. Não conseguia aguentar tanta ansiedade, só queria resolver as coisas com o garoto misterioso logo.

Mas ainda teve que esperar até a hora do almoço, para enfim item ao restaurante do dia anterior.

E, assim que chegaram lá, já foi possível ver o jovem trabalhando. Aparentemente, ele trabalhava nos fins de semana (algo raro para jovens).

Garoto Misterioso-SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora