Chuuya e Dazai terminaram o banho e finalmente a chuva havia cessado, mas ainda tinham sinais de que ela voltaria logo logo.
O Nakahara se apressou para se despedir do maior, alegando que precisava voltar para o hotel onde estava ficando.
—Consegue ir sozinho? –Dazai perguntou, conseguindo esconder qualquer preocupação. Chuuya ergueu uma sobrancelha com leve indignação. —Sei lá, vai que você não sabe andar por aí sozinho? Você veio de Yokohama, acho que nunca pisou aqui antes também. –Disse em defesa.
—Na verdade... –Começou, desviando o olhar e enfiando as mãos nos bolsos da blusa. —Quando eu era criança eu acabei vindo pra cá com minha mãe, eu meio que tava te procurando.
—Sério? Já era apaixonado por mim desde essa época? –Questionou brincalhão, decidindo provocar o mais velho para esconder a surpresa e, também, o leve calor que sentiu no coração.
—Apaixonado por você?! Ficou louco?! Jamais. –O menor retrucou exasperado, sentindo o rosto esquentar sutilmente. —Pare de me amolar, eu preciso ir.
—Antes, como última ordem para o meu cachorrinho, já que mal pude brincar com você e combinamos que seria só por hoje, eu quero um beijo de despedida. –O moreno brincou, adorava provocar as pessoas, principalmente as parecidas com Chuuya, e, em especial, o próprio Chuuya. Era engraçado.
—Beijo de despedida?! –Ele repetiu em choque, corando um pouco mais.
—Claro, você tem que me obedecer, lembra? –Mal acabou de falar e foi surpreendido com um leve selar na bochecha, vendo Chuuya faze-lo tendo que ficar nas pontas dos pés.
Rapidamente, o ruivo se afastou envergonhado, mas aposta é aposta. Por outro lado, tudo não passava de uma brincadeira, Dazai não pensou que ele de fato o beijaria. Claro, o beijo que quis pedir foi na boca, mas mesmo assim, não esperava receber nada mais do que um tapa ou um xingamento, talvez até ser ignorado.
Chuuya realmente beijou sua bochecha delicadamente, obedeceu seu pedido.
O moreno quis dizer que era só uma brincadeira e até rir do mais baixo, porém, não conseguia. Foi pego desprevenido e acabou por corar levemente.
—Que droga, por que tá me olhando assim?! Foi você quem mandou! Perdi a aposta, não tinha escolha. –Chuuya disparou as palavras entrando em pânico, estava ficando mais vermelho.
—Claro, tem razão. Só foi pela aposta. –O maior concordou, dando risadas em nervosismo. —Acho melhor ir logo.
—É, eu vou. –Disse simplista, virando de costas e começando a andar para fora da casa de banho. —Até amanhã, então. –Despediu, apenas erguendo a mão e acenando, dando uma rápida e discreta olhada para trás.
—Até amanhã, chibi. –Retribuiu, acenando também e perdendo o ruivo de vista. —Caralh0, ele real me beijou... Na bochecha, mas beijou. –Falou sozinho, passando suavemente os dedos na região onde recebeu o selar.
Logo de cara, Dazai já achou Chuuya atraente. Mas também tinha percebido que já o conhecia.
Queria afastar a todo o custo, por motivos pessoais sérios. Só que falhou nisso, e acabou por passar algumas horas e até tomar banho com o garoto baixinho.
Quando ouviu Chuuya afirmar com tanta sinceridade e sem hesitação ou vergonha alguma de que queria e iria ajudar Dazai, sentiu algo estranho, diferente de tudo que já sentiu antes. Seu coração acelerou naquele momento... E agora também.
Seria possível ele estar gostando de Chuuya da noite para o dia?
Bom, gostando dele ou não, Chuuya tinha algo incomum, era diferente das outras pessoas. E mesmo com aquela personalidade forte e a maneira de se expressar com base na raiva, o Nakahara possui um coração gentil. Isso é nítido.
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Garoto Misterioso-Soukoku
Fiksi PenggemarChuuya acaba de perder seu pai, fugindo de sua mãe durante o enterro do ente querido, o pequeno Chuuya é consolado por um garoto que apareceu de repente. Mas o garoto se recusava a dizer o próprio nome. Alguns anos depois, esse momento foi perdido e...