Disconnection

28-Um Último

Teresa era um colírio para os olhos, isso é certo.

Aspen particularmente a odiava mais do que a maioria.

Gally arrancou o saco da cabeça da garota ofegante. "É assim que vai ser. Vamos fazer algumas perguntas e você vai nos dizer exatamente o que precisamos saber. Vamos começar de forma simples, onde está o Minho?"

A garota olhou para Thomas, Aspen revirou os olhos ao ouvir isso. "Vocês não pensam seriamente-"

Gally sentou-se rapidamente na frente da garota, bloqueando sua linha de visão. "Não olhe para ele. Por que você está olhando para ele? Olhe para mim. Ele não vai te ajudar. Agora sabemos que você tem Minho no prédio. Onde?" Ele falou severamente.

Ela cedeu, felizmente. “Ele está com os outros detidos. Subnível três.”

"Quantos outros?" Newt questionou calmamente.

"Sim, quantos outros adolescentes você tem torturado?" Aspen falou enquanto inclinava a cabeça para o lado.

"Vinte e oito."

Brenda suspirou: "Posso fazer isso funcionar."

"Não, vocês não entendem. Todo o nível é restrito. V-vocês não podem entrar sem uma identificação com impressão digital."

"É por isso que você vem conosco." Aspen sorriu com as palavras de Thomas, admirando a expressão de desconforto da garota.

"Bem, eu não sei. Não precisamos necessariamente dela." Gally se levantou, segurando uma lâmina na mão enquanto Aspen sorria maliciosamente. "Certo? Nem toda ela. Só precisamos do dedo dela."

"Gally para."

"Por que não? Quero dizer, ela foi implacável conosco, por que não podemos ser implacáveis com ela? Ela sobreviverá." Thomas zombou das palavras de Aspen e Newt lançou-lhe um olhar furioso.

"O quê, você está enjoado? Garanto que ela fez muito pior com Minho."

"Esse não é o plano. Afaste-se." Thomas levantou-se, tirando a lâmina das mãos de Gally. Protegendo a sua namoradinha.

"Não fará diferença." Falando no diabo. "Faça o que quiser comigo. Você ainda não conseguirá passar pela porta da frente. Os sensores irão detectá-lo-"

"Nós sabemos. Estamos marcados." Thomas caminhou até a garota, com a lâmina na mão. "Propriedade da W.C.K.D. Você vai nos ajudar com isso também."

Aspen estremeceu ao segurar um pano na nuca. "A vadia provavelmente gostou disso."

"Definitivamente." Gally respondeu com um sorriso malicioso para esconder sua raiva borbulhante da garota.

Newt avançou lentamente em direção a eles, entregando algumas roupas a cada um deles. Ele se aproximou de Aspen: "Podemos conversar?"

Os dois foram até o telhado onde haviam conversado no dia anterior: "E aí?"

Newt diminuiu a distância entre eles, colando os lábios nos de Aspen com uma ferocidade incomparável. Aspen recuou, com as mãos nos ombros de Newt.

"Eu sei o que você está fazendo, pare. Nós vamos sair dessa, eu prometo."

Ele balançou a cabeça freneticamente, quase chorando. "Não, não vamos. Nós dois estamos infectados, nós dois vamos morrer, Aspen."

Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Aspen enquanto ele pensava em uma vida sem Newt. "Pelo menos não terei que viver sem você." Newt agarrou o antebraço de Aspen, o garoto estremecendo com a ação.

Newt rapidamente puxou a manga, observando as veias escurecidas brotando em seu braço. "Está ficando pior."

"Acredite em mim, eu sei."

Newt não disse mais uma palavra enquanto apoiava a cabeça no ombro do menino, permitindo que Aspen relaxasse sob seu toque.

Newt lentamente estendeu a mão e entrelaçou-a no cabelo do menino, puxando-o através de sua suavidade antes de puxar suavemente um nó. O toque foi suficiente para fazer Aspen praticamente derreter.

Um último ato de carinho antes de tudo virar uma merda, antes de morrer, ele sabia que era isso.

Newt também sabia disso.

Um último amor, para o resto de suas vidas.

Um último beijo, que ele pressionou na bochecha do menino.