CAP 10

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3 dias se passaram, bem depressa, sem sussurros ou dor.

-•-

Outra noite estava se passando de forma normal. Até a hora de dormir, quando coloquei a cabeça no travesseiro, comecei a sonhar com pessoas em macas, haviam cientistas as testando. Eu nunca tinha visto essas pessoas, suas feições e os barulhos, tudo parecia tão real. Ao ponto de que eu começasse a duvidar se aquilo era um sonho ou uma visão... Aqueles cientistas as cutucavam, era uma tortura, até que um dos médicos em uma sala separada, foi até o lado de um dos pacientes e clicou em alguns botões . Uma máquina foi ligada, e senti a dor mais intensa de toda minha vida. Parecia que eu estava sendo eletrocutada, esfaqueada e sufocada ao mesmo tempo. Comecei a gritar. Gritar com todo o ar de meus pulmões, acordando, como na visão do assassinato de Kelly, aos berros.
   Senti meu corpo mudando de temperatura, ele estava esquentando, comecei a suar, ainda sentindo aquela intensa dor. A última coisa que vi foi uma porta vermelha.
Enquanto eu gritava, mamãe entrou no meu quarto, percebi que Cal também estava aos berros.

- Mel? Filha?? O que há com você?

Ela colocou a mão na minha testa

- Você está fervendo. BEN!!

Ela me pegou no colo e me levou até o quarto do Cal.

- Ben, pega o termômetro, os dois estão fervendo!

Papai revirou as gavetas do meu irmão, pegando um termômetro e colocando no Cal.

- Quanto? *Mamãe gritava preocupada*
- 39,5º !
- Merda! E ela?

Papai colocou o termômetro no meu braço.

- 40,5º ! Vamos levá-los ao hospital.

Tia Mick apareceu na porta.

- O que aconteceu?
- Um pesadelo, e agora estão com febre.

Papai pegou Cal no colo e mamãe me pegou.
Senti outra pontada, gritei novamente, o que preocupava todos os três adultos.
Entramos no carro e todos nós fomos para um hospital, o qual tratou minha febre, mas eu ainda sentia dor, estava melhor, mas meu corpo todo doía muito.
Acabei adormecendo na cama do hospital, ainda com dores no corpo. Ao meu lado estava Cal, acho que tivemos o mesmo sonho, ou parecidos.
  De manhã, meu corpo já não respondia aos meus comandos, eu estava ouvindo tudo que diziam, mas a dor que sentia no corpo era tão forte que prefiro não me mexer. Estavam falando de Cal, sobre seu sistema imunológico fraco e sobre seu câncer . Logo vieram ao meu lado da cama.

- Já o caso dela é estranho, sua ficha médica até ontem era perfeita. Agora de uma noite para outra, ela teve essa febre sem explicação. Não conseguimos achar a fonte dos sintomas, então devemos apenas mantê-la em observação e tratá-los .
- Podemos fazer os exames com ela também? * A voz tensa do meu pai era inegável *
- Claro, já falei com os doutores. *Escutei Saanvi ao seu lado *

Minha mãe tinha saído, e também a médica responsável por mim e Cal, deixando Saanvi e Papai sozinhos. Escutei suas vozes abafadas conversando. Contudo, os sons se abafaram completamente, comecei a suar mais. Minha mente não estava sendo controlada por mim, imagens estranhas se projetaram na minha cabeça em um piscar de olhos .
Comecei a ver as pessoas novamente, elas tinham ferimentos, eu vi os cientistas, suas feições desgraçadas que expressavam maldade, em especial vi uma mulher. Ela estava naquela sala onde havia aquelas máquinas da tortura. Suas roupas E o modo que ela tratava o cientistas indicavam que ela era a chefona do lugar. ela chegou perto da máquina no paciente de hoje cedo, e clicou rapidamente em um botão, fazendo com que a dor intensa começasse e parasse segundos depois.
Aquilo me acordou da visão, fazendo com que eu levantasse rapidamente e consequentemente ficasse sentada na cama, com uma lágrima presa aos olhos, implorei para meu pai e Saanvi:

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