O quarto de Luna, na mansão que outrora representava o conforto, tornara-se um caleidoscópio de sombras e dor. As paredes ricamente ornamentadas testemunhavam o desenrolar de sua aflição crescente. Cada móvel, cada objeto de luxo, agora destacava-se como testemunha silenciosa do cativeiro ao qual estava submetida.
A noite se instalava como um véu sombrio, e Luna, envolta em seus próprios pensamentos, olhava através das cortinas pesadas que mal permitiam a entrada de luz. O brilho suave das velas conferia ao quarto uma atmosfera opressiva, ressaltando a sensação de confinamento.
A trama intricada da tapeçaria que adornava as paredes contava histórias mudas, mas Luna, sufocada pelo medo, mal conseguia decifrar os padrões intricados. O cheiro de madeira polida e velas perfumadas infiltrava-se pelo quarto, evocando uma mistura desconcertante de riqueza e desespero.
Uma tarde, Luna, com a inquietação se acumulando, decidiu explorar os jardins exuberantes que circundavam a mansão. Cada passo ecoava como um sussurro em meio ao silêncio tenso. A vegetação exuberante, iluminada pelos últimos raios de sol, oferecia uma promessa fugaz de liberdade.
Foi então que ela encontrou Alexander, apoiado sobre uma balaustrada de mármore, delineado pela luz crepuscular. A atmosfera carregada entre eles era acentuada pelo aroma de flores noturnas, que competiam com o perfume inebriante de cigarros e charutos distantes.
"Você deveria ter mais cuidado, Luna. Este não é um lugar para uma dama como você," disse Alexander, seus olhos escuros desafiadores.
Luna sentiu a tensão no ar e, apesar da angústia que a envolvia, não recuou. "Eu não sou uma prisioneira frágil, Alexander. E você não é o único a ter segredos."
A troca de olhares entre eles desencadeou um tumulto de emoções. Determinada a escapar do enredo intricado em que se encontrava, Luna, impulsionada por uma urgência desesperada, tentou romper os laços que a prendiam.
Seus passos eram uma dança silenciosa pelo caminho de pedras, mas a liberdade era fugidia. Alexander, rápido como um predador, interceptou-a antes que pudesse alcançar a liberdade pretendida. Seus olhares se encontraram, e o desespero de Luna foi capturado na dureza do aperto de Alexander.
"Você subestima o perigo, Luna," disse ele, com um olhar penetrante. "É melhor ficar longe do que não compreende."
Desprovida de escolha, Luna foi levada de volta à mansão, onde a porta do quarto se fechou atrás dela com um estrondo, ecoando como um veredito sombrio. A sensação claustrofóbica do quarto tornou-se mais intensa do que nunca, as paredes parecendo comprimir-se sobre ela.
No silêncio tenso, Alexander quebrou a quietude. "Você acha que eu faria isso sem motivo?"
Luna, seus olhos transmitindo uma aflição profunda, respondeu com fervor. "Não sei o que você quer de mim, mas eu não sou um prêmio para ser conquistado!"
Surpreendentemente, Alexander abaixou a guarda por um momento. "Você não entende. Há mais em jogo aqui do que você pode imaginar."
A química entre eles, apesar do contexto adverso, pulsava como um fio invisível, criando uma tensão magnética entre Luna e Alexander. As palavras não ditas flutuavam no ar, tornando a atmosfera eletricamente carregada. A noite avançava, os corações em conflito dançavam na penumbra, e o próximo capítulo prometia desvendar segredos mais profundos e paixões incontroláveis.
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Roubada pelo chefe da máfia
Fanfic"À Sombra da Paixão Proibida" é uma trama envolvente que se desenrola nas entranhas da máfia, onde Luna, uma herdeira relutante, é catapultada para um mundo de perigo e intrigas quando é sequestrada pelo misterioso chefe da máfia, Alessandro. O enre...