Quando as crianças nasceram, os pais brincaram sobre como seria se eles acabassem namorando.
Acho que eles não imaginavam que realmente pudesse acontecer.
Mas Beatriz e Benício não conseguiram fugir.
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Benício.
Escuto algumas batidas na porta marrom escuro do meu apartamento e abro a porta, vendo a menina com o papel em frente ao rosto, sorrio ao ver a cena e solto uma risadinha. Puxei seu corpo para dentro apressadamente, abraçando apertado o corpo magro e puxando a carta para o meu olhar, enchendo a mesma de beijos.
—Posso ler? Posso ler? – pergunto animado, eu concordo.
—Eu já perdi as contas de quantas vezes eu li. Mas eu adoraria te ouvir lendo. – ela me diz e então eu concordo.
Prezada Beatriz.
Parabéns!
Tenho o prazer de informá-lo sobre sua aceitação na Embry-Riddle Aeronautical University! Sua aceitação mostra que sua dedicação acadêmica e caráter são notáveis, o que acreditamos demonstra que você tem um forte potencial de sucesso! Damos as boas-vindas à família Embry-Riddle e estamos emocionados por fazer parte deste momento emocionante em sua vida.
Estamos totalmente comprometidos com o seu sucesso. Além de serem desafiados academicamente, seus alunos desfrutam de uma experiência socialmente gratificante que fornece uma base sólida para o sucesso profissional.
Esperamos falar com você nos próximos meses e não hesite em nos contatar se tiver alguma dúvida.
Sinceramente,
Pablo Alvarez. Diretor de Admissões.
—Yeah! Isso aí! – comemoro com ela em meu colo. — A minha garota é genial! – coloco a folha em cima do balcão com sutileza para não amassar e continuo com ela em meu colo, rodando ela pelo meu apartamento enquanto encho ela de beijos. — Que orgulho! Porra, isso aí amor!
Meus inúmeros beijinhos a fazem ficar vermelha e espero que meu rosto esbanjando felicidade e orgulho a deixem ainda mais orgulhosa de si, porque por mais que isso significasse uma situação difícil para nós como casal, eu jamais deixaria que isso afetasse o meu orgulho que sinto dela, como a minha bia.
—Eu sou a primeira pessoa a saber? – pergunto já imaginando que não, ela ri.
—Bom, nem eu fui a primeira pessoa a saber. Ramon abriu a carta na hora da emoção e aí a minha família leu antes de mim. – dou risada, colocando a menina sentada na bancada.
—Ele é todo daquele jeito dele e no final das contas.. é um bobão. – digo. — E é apaixonado pela irmã dele.
—É. Ele é. – ela sorri largo, um sorriso de amor. — Ele até me disse que vai me mandar duzentos e cinquenta euros por mês.
—Uh.. olha só. Ramon abrindo a mão. – ela ri abertamente com o que eu digo. — Sabia que as vezes nós saímos e ele nunca paga a parte dele na hora? Só depois.
—Sei. – ela diz. — Ele faz isso com o papai e a mamãe também. Mas a mamãe não cobra. – damos risadas juntos e então o celular dela vibra.
